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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

 



Como espíritos que somos

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

 

A saudade talvez doa muito, mas a esperança precisa ser ainda mais determinada, precisa saber que, em algum lugar, existe o que não está perto por enquanto. E no espírito, todos os momentos, em tantos séculos, estão registrados, os amores vivem, estão em nós e vice-versa. Quando o desapego acontece, o amor e a compreensão respiram fundo e ganham vida.

Quanto mais nos desapegamos, nossos sentidos se restauram e podemos sentir com mais precisa percepção. Não somos de tempo nem lugar algum, somos espíritos e essa é a nossa denominação. Por que, então, prendermo-nos a padrões irreais, a tesouros ilusórios, a outros espíritos... se somos a brisa a caminho da eternidade. Deixemos nossas bagagens mais leves, sem os medos e os sentimentos infelizes. E, quem sabe, quanto antes, possamos valorizar a senhora vida e a nossa verdade.

As dores são o reflexo dos ainda desequilíbrios, da insistente vontade de não querer fazer o que é devido, no entanto o que ainda é só desejo. Todos os caprichos realizados são o passo lento com receio de correr com leveza, são a insegurança de não se sair bem no cotidiano real. Logo, a fantasia começa a criar uma vida... tamanha ilusão.

As tristezas que acometem os seres nada mais são do que o distanciamento do verdadeiro caminho. Quanto mais o espírito se distancia de sua natureza, mais melancólicos seus olhos estão (janelas d’alma). Mas a luz sempre o espera com seus aconchegantes braços abertos; a Bondade Divina é incomparavelmente absoluta. No entanto ainda choramos e enfraquecemo-nos, apenas precisamos compreender mais a respeito de nós mesmos: espíritos. 

Quando puramente buscarmos sobre a nossa criação e história, sobre os nossos grandes significados, começaremos a crescer e essa dor que nos sufoca enfraquecerá, pois o que temos e somos é tão maravilhoso que os amanheceres serão festejos n’alma; os anoiteceres, nossas estrelas felizes.

E quando nos sentirmos mais espíritos (que realmente somos) tudo fará totalmente sentido e as dores de hoje deixarão de existir.                                                                                                                                                                                                                                         

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