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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

 



A Vida no Outro Mundo

 

Cairbar Schutel

 

Parte 4

 

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP). 

Este estudo será publicado neste blog sempre às sextas-feiras.

Cada parte do estudo compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

 

Questões preliminares

 

A. Podemos afirmar que o Espiritismo é tão velho quanto o mundo?

B. Os fenômenos espíritas estão presentes nas páginas da Bíblia?

C. Que fenômenos espíritas podem ser destacados nos textos do Novo Testamento?

 

Texto para leitura

 

45. A Revelação Espírita foi o grande acontecimento do século XIX. Em sua pujante manifestação, ela explica, esclarece, anuncia de maneira inteligente e racional todas as revelações passadas e prevê as revelações do futuro. (A Vida no Outro Mundo – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

46. O Espiritismo parece muito novo; entretanto, em sua essência íntima é tão velho quanto o mundo. Tem sido a alma de todas as crenças, o espírito de todas as religiões que têm embalado a Humanidade. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

47. Desde tempos imemoriais, desde épocas remotíssimas da História, a comunicação com os Espíritos tem sido praticada por homens e mulheres, grande parte dos quais fazia dessa comunicação sua especialidade. Todos os livros sagrados referem-se a aparições e comunicações, quer com Espíritos Superiores, chamados pelos sacerdotes como santos, anjos ou arcanjos, quer com "pecadores" que, do outro lado do túmulo, através do mediunismo, vinham manifestar-se aos seus conhecidos, amigos e parentes que aqui ficaram. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

48. Os Vedas, código religioso aparecido muito antes de Jesus Cristo, afirma a existência dos Espíritos dos antepassados que, em estado visível, acompanhavam certos brâmanes, e acrescenta que "os anacoretas e cenobitas tinham a faculdade de conversar com os mortos". O povo da China, cuja cronologia marca mais de 30.000 anos, nunca deixou de evocar os Espíritos. O missionário Huc fez referência a um grande número de experiências, que tinham por fim a comunicação dos vivos com os mortos. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

49. No Egito, os poderes sacerdotais facultavam-lhes as relações com o Mundo Espiritual, embora naquele tempo as práticas tivessem caracteres misteriosos e sobrenaturais. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

50. As evocações dos mortos eram de tal modo generalizadas na Grécia que, pode-se afirmar, constituíam crença de todo o povo. Todos os templos possuíam mulheres, às quais davam o qualificativo de pitonisas (médiuns) encarregadas dos "oráculos" e de fazerem aparecer Espíritos. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

51. A celebridade do Templo de Delfos, onde os Espíritos, pelos lábios das pítias, proclamavam o "Deus grego", iluminando os mistérios da vida, as existências passadas e futuras, as relações da alma com o corpo, são verdades que aparecem hoje à luz do Espiritismo. Daí a inscrição que se lia no frontão desse Templo: "Conhece-te a ti mesmo". (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

52. Em Roma, na Itália, como na Grécia, as sibilas evocavam os mortos e interrogavam, sem cessar, os Espíritos, e nenhuma empresa importante era decidida sem que se consultassem as sacerdotisas. Os antigos médiuns assim se chamavam: pítias, pitonisas, sibilas, sacerdotisas e quase todos apareciam ou se destacavam entre as mulheres. Viviam isolados nos templos, alguns bebiam água da Fonte de Castália, que diriam dar inspiração, ou mascavam folha de louro, que "provocava, pelo seu aroma, a concentração". (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

53. Além do Santuário de Delfos, destacavam-se o de Júpiter Amon, na Líbia; o de Marte, na Trácia; o de Vulcano, em Heliópolis; o de Esculápio; o de Isis, e muitos outros. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

54. A Bíblia salienta os poderes extraordinários dos sacerdotes faraônicos, e através dessas páginas se desenrolam as cenas espantosas que ocorreram por ocasião da libertação dos israelitas, fenômenos hoje catalogados e explicados racionalmente pelo Espiritismo. Ainda no Velho Testamento, grande repositório de documentos históricos, lemos a narração de fenômenos transcendentes de previsões, sonhos, revelações, profecias, aparições e comunicações de Espíritos, tal como se produzem nos nossos dias. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

55. Além do resplendor do Sinai, fato estupendo que só pode ser resolvido pela Teoria Espírita; além das manifestações que se verificaram na vida de José, filho de Jacó, a quem os Espíritos se mostravam no seu "corpo mágico", todos os profetas maiores e menores – Samuel, Jeremias, Malaquias, Jó, Isaías, Ezequiel, Daniel –, mantinham estreitas relações com os Espíritos de várias categorias. Esdras, sob o ditado de um Espírito, reconstituiu a Bíblia que se havia perdido; Sansão, poderoso médium de efeitos físicos, abala as colunas de um edifício onde se efetuava um festim e deita por terra os convivas entregues às mais detestáveis bacanais. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

56. Eram tão comuns entre os israelitas as comunicações com os mortos, que até os reis não levavam seus exércitos a combater sem consultarem, primeiramente, os profetas. Acab, rei de Israel, e Josafá, rei da Judeia, nenhuma decisão tomaram durante o seu reinado sem a prévia consulta aos Espíritos. Saul evocou o Espírito de Samuel antes de entrar em luta contra os Filisteus, e como este não lhe respondesse "nem por sonhos", nem por outra mediunidade, foi a Endor pedir à pitonisa a manifestação daquele Espírito. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

57. Joel, arrebatado pela visão da nova aurora que começa a iluminar a Humanidade, proclama a difusão do Espírito sobre toda a carne, sem excetuar mancebos e velhos, filhos e filhas, servos e servas. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

58. No Novo Testamento, as manifestações psíquicas começaram com o anúncio do nascimento de Jesus Cristo, pelo aparecimento do Anjo Gabriel, e continuaram sucessivamente desde o presépio de Belém até às contínuas aparições post mortem do Nazareno. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

59. Todas as páginas dos Evangelhos realçam os admiráveis fenômenos de curas, levitações, transportes, materializações e desmaterializações, aparições que denotam muito bem o plano espírita traçado pelo Mestre durante sua passagem pelo mundo. A transfiguração no Tabor, com as aparições de Moisés e Elias, é um fato digno de nota e estudo. Os "Atos dos Apóstolos" e as "Epístolas" são livros de grande interesse pelos fenômenos psíquicos neles registrados. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

60. Os grandes escritores sagrados em todas as suas obras relatam fatos de natureza espírita, que vêm em apoio à teoria que propagamos. Santa Tereza era portentosa médium que vivia em contínuas relações com os Espíritos. Após sua desencarnação, ela desenvolveu cinco médiuns no Convento, com quem se comunicava. Santo Agostinho, o Padre Manuel Bernardes e outros salientam fatos dignos de atenção, pela insuspeição e seriedade de suas narrações. E seria estultícia negar esses fenômenos só pelo fato de não serem compreendidos. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

61. A missão do Espiritismo é, justamente, reunir, enumerar, catalogar esses fatos dispersos em todo o mundo como provas demonstrativas da Imortalidade. Ainda mais: enquadrando esses fenômenos em leis eternas, explicando-os de acordo com a razão, o Espiritismo os classifica como manifestações da Vontade de Deus, sob cujos influxos o homem compreenderá sua situação na Terra e o futuro que lhe está reservado. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

62. A Teoria Espírita satisfaz a todas as exigências da Ciência e da Religião. A Grande Revelação é a evolução lógica da ideia monoteísta proclamada no Sinai como a primeira etapa de um sistema teogônico que se desdobrou através do Cristianismo e aparece integralizado no Espiritismo. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

 

Respostas às questões preliminares

 

A. Podemos afirmar que o Espiritismo é tão velho quanto o mundo?

Sim. Em sua essência ele é, realmente, tão velho quanto o mundo e tem sido a alma de todas as crenças, o espírito de todas as religiões que têm embalado a Humanidade. (A Vida no Outro Mundo – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

B. Os fenômenos espíritas estão presentes nas páginas da Bíblia?

Sim. Tanto no Novo quanto no Antigo Testamento. Neste último deparamos com um grande repositório de documentos históricos e de fenômenos transcendentes de previsões, sonhos, revelações, profecias, aparições e comunicações de Espíritos, tal como se produzem nos nossos dias. Além do resplendor do Sinai, onde Moisés recebeu o Decálogo, fato estupendo que só pode ser resolvido pela Teoria Espírita, todos os profetas maiores e menores – Samuel, Jeremias, Malaquias, Jó, Isaías, Ezequiel, Daniel – mantinham estreitas relações com os Espíritos de várias categorias. Esdras, sob o ditado de um Espírito, reconstituiu a Bíblia que se havia perdido. Eram tão comuns entre os israelitas as comunicações com os mortos, que até os reis não levavam seus exércitos a combater sem consultarem, primeiramente, os profetas, como se deu com o rei Saul, que evocou o Espírito de Samuel antes de entrar em luta contra os Filisteus. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

C. Que fenômenos espíritas podem ser destacados nos textos do Novo Testamento?

No Novo Testamento, as manifestações psíquicas começaram com o anúncio do nascimento de Jesus Cristo, pelo aparecimento do Anjo Gabriel, e continuaram sucessivamente desde o presépio de Belém até às contínuas aparições post mortem do Nazareno. As páginas dos Evangelhos realçam os admiráveis fenômenos de curas, levitações, transportes, materializações e desmaterializações, aparições que denotam muito bem o plano espírita traçado pelo Mestre durante sua passagem pelo mundo. A transfiguração no Tabor, com as aparições de Moisés e Elias, é um fato digno de nota e estudo. Os "Atos dos Apóstolos" e as "Epístolas" são livros de grande interesse pelos fenômenos psíquicos neles registrados. (Obra citada – Cap. IV – A Revelação Espírita.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/02/blog-post_11.html

 

 

 

 

 

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