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sábado, 2 de abril de 2022

 



A família e o amor

 

JORGE LEITE DE OLIVEIRA

jojorgeleite@gmail.com

De Brasília-DF

 

Hoje tratarei sobre o amor familiar com base no contido em artigo meu, publicado em Reformador do mês de março de 2022. Após tecer diversas considerações iniciais sobre o tema, cito pequeno trecho lido na belíssima obra Memórias do Padre Germano, psicografada pela médium espanhola Amalia Domingo y Soler, do qual destaco o último parágrafo: "Tudo ama, tudo se encadeia na vida; não há fato isolado nem homem solitário, tudo forma família; o crime cria a sua atmosfera asfixiante, e a virtude o seu puríssimo ambiente" (capítulo intitulado Quarenta e cinco anos).

Comento, então, que nosso primeiro amor, como está n'Os Dez Mandamentos, recebidos por Moisés, deve ser a Deus, nosso Pai, como afirma Jesus; portanto, somos todos irmãos, que precisam amar-se uns aos outros como a si mesmos. Concluo que, em nossa família, nossos pais são os que estão mais próximos de nós, pois estão presentes em nossas vidas até mesmo antes da fecundação do óvulo que dará origem ao nosso corpo.

É no lar que deve principiar nossa educação. A preocupação da escola é com nossos conhecimentos teóricos principalmente. Quando a educação não nos é transmitida, desde os primeiros momentos da existência, a família não terá cumprido, diante de Deus, sua missão.

Logo a seguir, cito um trecho de mensagem do Espírito Emmanuel, que pode ser lida no Livro da Esperança, psicografado pelo inesquecível médium Chico Xavier:

 

Ainda mesmo ao preço de todos os valores da existência física, refaze milhares de vezes, as tuas demonstrações de humildade e serviço, perante as criaturas que te cercam, ostentando os títulos de pai ou mãe, esposo ou esposa, filhos ou irmãos, porque é de tua vitória moral junto deles que depende a tua admissão definitiva, ante os amados que te esperam, nas vanguardas de luz, em perpetuidade de regozijo na Família Maior (cap. 39).

 

Reforço que não nos devemos esquecer de que o núcleo familiar é o laboratório principal de nossos pensamentos, palavras e atos. Por ser no lar que exercitamos primeiramente o amor, o perdão, a caridade, a tolerância, deduzo que somente assim demonstraremos ter entendido o poder das virtudes cristãs em nossas vidas, como Jesus Cristo nos deu exemplo. Por fim, recomendo o estudo das obras espíritas, em família, para não apenas recebermos, como também transmitirmos o que em nós haja de melhor.

Não sou o melhor dos sete filhos de dona Cely, viúva aos quarenta anos. Entretanto, por mais trabalho que eu pudesse ter dado aos meus pais, sempre achei um absurdo um filho "ficar de mal" e maldizer seus pais... Então, deixo aqui meu pedido: peça sempre desculpas a seus pais, quando os aborrecer. Se chegar ao ponto de discutir com um deles, por mais razão que você tenha, lembre-se de que foram eles os responsáveis pela formação de seu corpo, que perderam noites de sono, quando ignoravam o motivo do seu choro, que o alimentaram, medicaram, que lhe ensinaram a andar, a falar e que se empenharam com o melhor que podiam na sua educação e formação escolar. Os pais que amam dão a vida na defesa de seus filhos.

Se temos irmãos, devemos dedicar-lhes todo o nosso cuidado. Evitar bullyings, ainda que isso nos pareça apenas brincadeira. Defendê-los contra as agressões de outras crianças e jovens, sem apelar para atos violentos, mas não cruzar os braços quando qualquer membro de nossa família for agredido. Por fim, em família, devemos conversar com educação e não com gritaria, quando algo não esteja bem, para que, com o devido respeito entre todos, sejamos também respeitados e cheguemos a um acordo e perdão mútuo.

É isto que entendo como "honrar pai e mãe": o amor em família.

 

Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com

 

 



 

 

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