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terça-feira, 19 de abril de 2022

 



A amorosa insistência da vida

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR 

 

Como não amar a vida?

Como não sentir o seu pulsar?

Diante das frenéticas, incontentáveis e descontentes ocorrências diárias (causadas por nós), comumente nos sentimos mais infelizes do que reconhecedores da grandeza que é a vida. Sim, ainda somos os iniciantes humanos terrenos. Mas estamos crescendo.

Temos a facilidade de normalmente esperar o pior resultado das coisas, acontecimentos, palavras. Se algo nos acontece de mais difícil, começamos a chorar ou a angústia nos cresce tanto no peito que previsivelmente já sentimos vontade de desistir. Mas por quê? Como esses sentimentos mais fatídicos nos habitam? Somos os iniciantes, no entanto estamos crescendo.

Se temos sobre nós o céu, o sol, as estrelas e a esperança; abaixo de nós, a terra que nos sustenta de ambas as formas; o ar que nos traz a condição para respirarmos e estarmos vivos; a água que reforça a nossa condição de vida, então, já sentimos, pelo menos, o início do que é o amor ‒ e como é bom senti-lo. Também nos cerca a maravilhosa natureza e tudo de mais pleno que o incomparável Pai amoroso nos deseja; e se isso tudo e incontável está junto de nós, como não amar a vida e não querer conhecer sobre ela e quem a criou por puro amor?

E na persistência da dor, somos encaminhados à vida. Quanto mais dificuldade criamos, mais vieses aparecem para que voltemos à caminhada do progresso. A sabedoria e o amor são tão fascinantes. A nossa vontade é que é vacilante. Deus é o criador da vida e isso basta. Nenhum argumento é capaz de imaginar uma contestação.

Quando nosso pueril sorriso nascer diante de uma flor, nossos olhos brilharem pelo horizonte das estrelas, nosso falho e limitado reconhecimento consentir a eternidade de nosso coração começaremos, enfim, a sentir o coração da vida pulsar em nós, entenderemos que somos inteiramente parte do universo e que só poderemos alcançar a felicidade à medida que mais e mais corações compreenderem e aceitarem que a vida é a maior prova do amor do Pai por seus amados filhos.

E por sermos restritos e facilmente desistentes, Deus insiste todos os dias com os amanheceres e todas as suas oportunidades para que iniciemos, na mais próxima alvorada, o despertar para os verdejantes campos da vida.

Não há o que discutir, a amorosa insistência, mais cedo ou mais tarde, conquistará todos os corações.

 

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