Sob o grande céu, somos todos iguais

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

 

Somos todos iguais segundo o olhar de Deus. O que gera a intolerância é a ignorância do ser humano. A divisão de raças, credos, opiniões é inteiramente criada pelo homem, pois o grande valor, em todos os mundos, é a conduta do espírito, esteja ele encarnado ou na erraticidade. Não há como julgar um indivíduo que comete algum equívoco só por seguir determinada religião, ou por ser de alguma etnia, também não se deve julgá-lo por esferas sociais ou culturais. Essas questões não devem definir o comportamento humano, mas tudo será encaminhado conforme a conduta do espírito.

Não é pelo motivo da pobreza ou da riqueza que o indivíduo deverá ser falho e faltar com a lei, não é por ser cristão ou não que deve cometer mais erros, não é por ser de descendência de tal continente que cometerá mais erros, mas o indivíduo caminhará de acordo com o seu estado de espírito, sua sintonia gerada por sentimentos, pensamentos, palavras, atitudes e sua vontade de melhorar-se.

Nenhuma pessoa é responsável pelo comportamento de outra, embora pensemos, sérias vezes, que a ação de uma foi o desastre da outra. Na escola da vida terrena, o que mais há é conteúdo a adquirir, prática dessas lições e provas para a verificação do aprendizado e, ainda, nessa escola, não há como trapacear, pois olhos que nos veem, mas não são vistos, estão abertos ininterruptamente. “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.

Somos espíritos e estamos na matéria por enquanto, por isso não deve haver segregação, principalmente, de credo e descendência, pois somos centelha eterna que nunca deixará de existir, mas podemos, muito bem, encurtar o período de sofrimento ou estender os dias intermináveis de dor.

Ninguém se inocentará por estar atrás de alguma ilusão terrena, mas se pode, quanto antes, estar próximo das estrelas cintilantes que aquecem e felicitam tanto o espírito.

E conduta, em todo tempo e lugar, é o que realmente distinguirá a luz da escuridão.

A segregação humana deixará de existir quando os espíritos que aqui estiverem compreenderem o nobre valor de uma conduta séria e reta e assimilarem a lei natural de ação e reação.

 

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