A Vida no Outro Mundo
Cairbar Schutel
Parte 26
Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP).
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas
encontram-se no final do texto abaixo.
Este estudo será publicado neste blog
sempre às sextas-feiras.
Questões preliminares
A. Há no Mundo Espiritual pessoas que
persistem na indolência?
B. São variadas as tarefas e missões
atribuídas aos Espíritos?
C. As concepções da mitologia
tradicional têm algum fundamento?
Texto para
leitura
339. O Universo não é um campo
infinito, sem movimento e sem ação, um deserto onde se brada e ninguém
responde, um abismo que traga almas, um sorvedouro onde tudo desaparece e se
extingue. Ao contrário, o Universo é uma oficina eterna, onde o martelo do
progresso não cessa de fazer-se ouvir, é uma arena infinita e eterna de labor,
de estudos, de elevadas diversões, de amenos recreios, ande nascem, crescem, se
educam e progridem todos os filhos de Deus. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos
Espíritos.)
340. O Universo é semelhante a uma
nação, a um país bem dirigido, onde a ordem, a harmonia, o trabalho, a alegria,
a abundância são mananciais de bem-estar e de felicidade para todos. (Obra
citada – Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos Espíritos.)
341. Todos os seres e todas as coisas
são aproveitadas para o aformoseamento dos mundos terrestres e extraterrestres,
que flutuam nos espaços e constituem as múltiplas moradas da Casa de Deus. (Obra
citada – Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos Espíritos.)
342. Todos os Espíritos, desde os
menores até os maiores, desempenham trabalho de utilidade no Mundo Invisível.
Assim como, aqui na Terra, todos, desde o arquiteto até o servente, concorrem
para a construção de um edifício, utilizando nela o barro, madeira, o ferro, o
metal, assim também no Mundo Invisível, tudo é aproveitado, todos agem, tudo
está em movimento. (Obra citada – Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos
Espíritos.)
343. Nesse trabalho, nessas lutas,
nessas diversões educativas, os Espíritos estudam, pesquisam e progridem para
se elevarem a um posto superior, para se aproximarem da felicidade. Cada qual
no seu mundo, na sua esfera, manipula a matéria à sua disposição, dedica-se à
Arte, à Ciência, cultivando a sabedoria, estudando, por múltiplas formas, o Bem
e o Belo, aproximando-se, finalmente, de Deus. (Obra citada – Cap. XXIV -
Trabalho e ocupações dos Espíritos.)
344. Não há ociosidade, não há
desocupados no Além, e, no caso dos que persistem na indolência, o acicate da
dor logo os fustiga e faz que tomem posição nas lutas da Vida. (Obra citada –
Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos Espíritos.)
345. Há Espíritos, em número muito
grande, que trabalham, exercem missões inconscientemente, obedecendo a ordens e
a planos superiores. Uns percorrem os mundos, instruem-se e se preparam para
nova encarnação, ou para se elevarem a uma região mais propícia. (Obra citada –
Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos Espíritos.)
346. Outros tratam do progresso,
dirigem os acontecimentos, sugerem ideias. Outros tomam, sob sua tutela,
indivíduos, famílias inteiras, e se constituem seus anjos tutelares. Outros,
ainda, presidem os fenômenos da Natureza, de que se fazem agentes diretos. (Obra
citada – Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos Espíritos.)
347. Muitos intervêm nos mundos
materiais, inspirando e protegendo os encarnados. Outros, os mais atrasados,
perturbam os homens, influindo sobre os acontecimentos da vida; muitas vezes,
assistem aos combates durante as guerras, e até os dirigem. (Obra citada – Cap.
XXIV - Trabalho e ocupações dos Espíritos.)
348. A mitologia considerava os
Espíritos como divindades; representava-os como deuses, cada qual com sua
atribuição especial. Uns eram encarregados dos ventos, outros do raio, outros
de presidir os fenômenos da vegetação. (Obra citada – Cap. XXIV - Trabalho e
ocupações dos Espíritos.)
349. Hoje sabemos que essas concepções
têm sua razão de ser, visto que, em certo sentido, até os fenômenos geológicos são
presididos por Espíritos Superiores. Mas os Espíritos não se limitam a esses
afazeres, pode-se dizer materiais. (Obra citada – Cap. XXIV - Trabalho e
ocupações dos Espíritos.)
350. Nos mundos em que habitam, mundos
de maravilhas da Arte, de instituições científicas, de princípios religiosos
altamente nobres, o seu principal escopo é adquirirem conhecimentos e
trabalharem para a coletividade, para o aformoseamento ainda maior dessas
regiões em que se acham, e para mais acentuado progresso moral dos seus
semelhantes. (Obra citada – Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos Espíritos.)
351. É assim que organizam reuniões de
estudos teóricos e práticos sobre tudo o que concerne à aquisição de
conhecimentos; prodigalizam benefícios aos que sofrem; zelam pelos Espíritos
que passam desta vida para o Além, iniciando-os nessa outra existência,
concorrendo para o seu progresso, velando pelo seu crescimento, protegendo-os
contra a investida de outros seres inferiores, aos quais também corrigem. (Obra
citada – Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos Espíritos.)
352. O trabalho no Mundo Espiritual
está de acordo com a elevação e aptidão de cada um. Aqui na Terra não se daria
o serviço de carpinteiro a um sapateiro, ou vice-versa, assim como não se
confiaria um posto elevado a um analfabeto; assim também é no Além. (Obra
citada – Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos Espíritos.)
353. Em suma: os Espíritos, sejam eles
da categoria que forem, todos são obrigados a trabalhar pelo seu próprio
aperfeiçoamento, a concorrerem para o bem-estar geral, a cooperar para a
evolução da região onde residem. (Obra citada – Cap. XXIV - Trabalho e
ocupações dos Espíritos.)
354. O Universo, pois, é um
extraordinário concerto em que a evolução é a nota principal. (Obra citada –
Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos Espíritos.)
Respostas às
questões preliminares
A. Há no Mundo Espiritual pessoas que persistem na
indolência?
Como regra, não existe ociosidade e
não há desocupados no Além. Como toda regra tem exceção, existem,
evidentemente, Espíritos que apreciam a indolência, mas o acicate da dor logo
os fustiga e faz que tomem posição nas lutas da Vida. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos
Espíritos.)
B. São variadas as tarefas e missões atribuídas aos
Espíritos?
Sim. Uns percorrem os mundos,
instruem-se e se preparam para nova encarnação, ou para se elevarem a uma
região mais propícia. Outros tratam do progresso, dirigem os acontecimentos,
sugerem ideias. Há quem toma sob sua tutela indivíduos, famílias inteiras, e se
constituem seus anjos tutelares. Outros, ainda, presidem os fenômenos da
Natureza, de que se fazem agentes diretos. (Obra citada – Cap. XXIV - Trabalho
e ocupações dos Espíritos.)
C. As concepções da mitologia tradicional têm algum
fundamento?
A mitologia, como todos sabem,
considerava os Espíritos como divindades e os representava como deuses, cada
qual com sua atribuição especial. Uns eram encarregados dos ventos, outros do
raio, outros tinham a incumbência de presidir os fenômenos da vegetação. Hoje
sabemos que essas concepções têm sua razão de ser, visto que, em certo sentido,
até os fenômenos geológicos são presididos por Espíritos Superiores. (Obra
citada – Cap. XXIV - Trabalho e ocupações dos Espíritos.)
Observação:
Para acessar a Parte 25 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/07/blog-post_15.html
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