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segunda-feira, 12 de setembro de 2022

 



Tormentos da Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 14

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

79. Que tipo de Espíritos se encontrava na ala dos sonâmbulos, um setor do Hospital a que o autor se refere nesta obra?

Irmãos sonâmbulos é uma expressão que designa os Espíritos que chegam à Erraticidade e ali permanecem por largo tempo anestesiados nos centros da consciência, até quando o Amor os recambia à reencarnação em processos dolorosos de recuperação. Trata-se, muitas vezes, de suicidas, psicopatas, pessoas que são vítimas de desencarnação violenta e cujo processo de despertamento é muito difícil em razão das circunstâncias que os arrebataram do corpo somático. (Tormentos da Obsessão, cap. 14 – Impressões marcantes.)

80. Pode haver deformidade perispiritual produzida pelo próprio Espírito, sem participação de terceiros?

Sim. Na ala dos irmãos sonâmbulos viam-se muitos casos assim. Dr. Inácio explicou: “Difere esse processo dos lamentáveis casos de zoantropia, licantropia e diversos equivalentes, porque não são produzidos por hipnose exterior, mas por exclusiva responsabilidade do enfermo”. E advertiu: “Nunca será demasiado insistir-se na necessidade da educação do pensamento, na disciplina das aspirações mentais, nas buscas psíquicas relevantes, a fim de evitar-se o enredamento nas malhas das próprias construções idealizadas”. (Obra citada, cap. 14 – Impressões marcantes.)

81. Agenor era o nome de um dos Espíritos que se encontravam na ala dos sonâmbulos. É verdade que ele havia desencarnado antes da hora?

Sim. Além de uma vida de desregramento, toda dedicada ao prazer, Agenor foi consumido pelas drogas e sucumbiu em um distúrbio depressivo sob a ação mental de vingador inclemente, até que, inspirado pelos Espíritos perversos com os quais convivia mentalmente, desertou do corpo através de uma superdose. Fatos assim são catalogados como casos de suicídio involuntário. (Obra citada, cap. 14 – Impressões marcantes.)

82. A situação de Agenor, um dos pacientes da ala dos sonâmbulos, foi agravada pelo seu comportamento sexual irresponsável?

Sim. Segundo Dr. Inácio, as perturbações do sexo insaciável conduziram Agenor ao desrespeito pelo santuário genésico, corrompendo diversas pacientes que lhe buscavam o apoio terapêutico, porquanto ele fora médico. Com avidez incomum para amealhar moedas e açodado no comportamento sexual pela mente transtornada, seduzia as pacientes que o buscavam aflitas, mantendo conúbios infelizes sob a justificativa de que, através desse relacionamento, se lhes tornava mais fácil a recuperação da saúde. Hábil na conversação, e sedutor, iludiu algumas mulheres que lhe caíram nas teias ardilosas, e quando algumas se apresentaram grávidas, não trepidou em propiciar-lhes o aborto criminoso com que se evadia da responsabilidade paterna. (Obra citada, cap. 14 – Impressões marcantes.)

83. Apesar de todos os lances trágicos de sua infeliz existência, por que motivo Agenor mereceu ser acolhido no Sanatório Esperança?

Segundo Dr. Inácio, Agenor ali se encontrava porque, apesar de todas as coisas erradas que fez, momentos houve, no início de suas experiências, em que procurou auxiliar desinteressadamente a diversas pessoas, quando socorreu como médico muitos enfermos pobres, e esse concurso no Bem não ficou desconhecido pelos Códigos soberanos. O Senhor continua desejando o desaparecimento do pecado, do erro, do mal, não o do pecador, do equivocado, havendo sempre a bênção para o recomeço, jamais uma punição eterna ou um castigo sem remissão. (Obra citada, cap. 14 – Impressões marcantes.)

84. Um Espírito como Agenor, que tantas vítimas fez com suas atitudes, necessita de quanto tempo para despertar da condição de sonâmbulo em que se encontra?

Em face de uma pergunta semelhante, Dr. Inácio explicou: “Não existe pressa no relógio da Eternidade... O tempo é dimensão muito especial em nossa Comunidade, apesar de aqui nos encontrarmos sob as vibrações e o magnetismo do Sol. Nesse caso, muitos fatores estão no acontecimento em si mesmo, aguardando solução adequada... O certo é que, estando amparado em nosso pavilhão, isso já lhe constitui uma bênção de reconforto e de esperança após os longos anos de martírio em região particular para onde foi empurrado pelos seus algozes e comparsas espirituais”. Resumindo: não existe um prazo definido; tudo dependerá do próprio paciente. (Obra citada, cap. 14 – Impressões marcantes.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 13 deste estudo, publicada na semana passada, clique  https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/09/blog-post_05.html

 

 

 

  

 

 

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