Manoel Philomeno de Miranda
Parte 13
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.
Este estudo é publicado neste
blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
73. Como deve proceder o médium
se quiser resistir às investidas do mal?
Segundo disse Licínio ao autor desta obra, não é fácil a um médium
resistir às investidas do mal. Contudo, quando o médium se torna dócil às
orientações dos seus Guias, seguindo-as, em vez de estabelecer ou impor conduta
que supõe seja correta, granjeia-lhes a proteção e o concurso. É bom lembrar,
diz o amigo espiritual, que a faculdade que permite as comunicações é neutra em
si mesma e depende das disposições morais do médium, que é, como sabemos,
invariavelmente, um Espírito comprometido negativamente com a vida e as experiências
evolutivas. Portanto, todo cuidado e toda vigilância tornam-se essenciais nesse
propósito. (Tormentos da Obsessão,
cap. 13 – A experiência de Licínio.)
74. Médium desde a infância,
Licínio diz que a ajuda recebida de sua avó materna foi muito importante. Em
que consistiu essa ajuda?
Espíritos que ele prejudicara no passado apareciam-lhe,
assustavam-no, ameaçavam-no e o agrediam com frequência e impiedade. Em
compensação, Amigos espirituais afeiçoados, quais sua avó materna, a quem ele
não havia conhecido no corpo, sempre interferiam socorrendo-o e orientando-o,
carinhosamente ajudando-o a compreender a ocorrência penosa. Além da ajuda do
Espírito de sua avó, Licínio foi também auxiliado por seu padrasto, que o
ajudou a encontrar o caminho da renovação de que necessitava e, ciente dos
fenômenos mediúnicos que ocorriam, levou-o a uma Instituição Espírita. (Obra
citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)
75. É difícil suportar a viuvez
quando o casamento é pleno de felicidade?
Sim. Pelo menos foi o que Licínio declarou, reportando-se à sua
própria experiência conjugal, seguida da viuvez. Disse ele: “Um homem que se
consorcia e é feliz, quando lhe chega a viuvez, essa se lhe torna um fardo
pesado em demasia. Os hábitos conjugais, o companheirismo, a afetividade bem
sustentada agora em falta, transformam-se-lhe em vazio existencial que, muitas
vezes, conduz o solitário a precipitados relacionamentos como fuga ou busca de
solução, ou o empurram para transtornos depressivos muito graves”. O que,
segundo ele, o ajudou foram a oração e o apoio da esposa desencarnada, que
passou a visitá-lo. (Obra citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)
76. Uma faceta pouco conhecida
dos males do alcoolismo é destacada neste livro. Qual é ela?
Quando Licínio relatou o caso da pobre senhora que tanto o
perseguira na Casa Espírita, informou que ela se afastou, logo depois, da
atividade espírita e entregou-se ao alcoolismo, semidependente que já o era,
havendo sido essa a brecha moral por onde se infiltraram as influências malsãs.
Pouco tempo depois desencarnou em lamentável situação espiritual, sendo
arrebatada pelos seus comparsas de embriaguez etílica. O alcoolismo, além de
doença assim definida pela Organização Mundial de Saúde, é uma das causas do
chamado vampirismo e de obsessões diversas, de que o alcoólatra torna-se
vítima, graças exclusivamente à irresponsabilidade com que age no mundo. (Obra
citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)
77. Apesar das dificuldades e
dos desafios que enfrenta, alguma compensação recebe o médium que honra com
dignidade seus compromissos?
Claro que sim. A mediunidade bem exercida faculta ao seu possuidor
momentos de incomparável beleza e ventura, contatos espirituais insuperáveis,
facultando a conquista de afeições duradouras e abençoadas, que se lhes tornam
enriquecimento especial para os dias do futuro imortal. Ao mesmo tempo, como
existem aqueles que criam dificuldades e sombreiam as horas do medianeiro com
dores excruciantes, produzindo dificuldade de todo teor, aproximam-se também criaturas
de elevada estatura moral, que o cercam de bondade e legítima afetividade,
envolvendo-o em orações de reconforto moral e ânimo, a fim de que seja
vitorioso no ministério desafiador. (Obra citada, cap. 13 – A experiência de
Licínio.)
78. Que ocorre com os médiuns
que se comprometem negativamente no exercício de suas faculdades?
Primeiramente, ao ignorar a importância do dever que abraçaram,
estabelecem vínculos psíquicos perniciosos com os Espíritos insensatos e maus
que pululam em toda parte. Defrontados pelos problemas e desafios, que são
naturais em todos os empreendimentos, passam a demonstrar mau humor e
desconfiança, transferindo-se para outras províncias de interesses imediatos e
abandonando os compromissos relevantes. Quando, porém, lhes sucede a
desencarnação, que sempre parece chegar quando não a aguardamos, as tentativas
de recomeço e reparação apresentam-se tardiamente e os conflitos assomam,
então, em forma de remorsos inúteis, que mais estreitam as amarras com os seus
comensais criminosos. (Obra citada, cap. 14 – Impressões marcantes.)
Observação:
Para acessar a Parte 12 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/08/blog-post_29.html
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