segunda-feira, 5 de setembro de 2022



Tormentos da Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 13

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

73. Como deve proceder o médium se quiser resistir às investidas do mal?

Segundo disse Licínio ao autor desta obra, não é fácil a um médium resistir às investidas do mal. Contudo, quando o médium se torna dócil às orientações dos seus Guias, seguindo-as, em vez de estabelecer ou impor conduta que supõe seja correta, granjeia-lhes a proteção e o concurso. É bom lembrar, diz o amigo espiritual, que a faculdade que permite as comunicações é neutra em si mesma e depende das disposições morais do médium, que é, como sabemos, invariavelmente, um Espírito comprometido negativamente com a vida e as experiências evolutivas. Portanto, todo cuidado e toda vigilância tornam-se essenciais nesse propósito. (Tormentos da Obsessão, cap. 13 – A experiência de Licínio.)

74. Médium desde a infância, Licínio diz que a ajuda recebida de sua avó materna foi muito importante. Em que consistiu essa ajuda?

Espíritos que ele prejudicara no passado apareciam-lhe, assustavam-no, ameaçavam-no e o agrediam com frequência e impiedade. Em compensação, Amigos espirituais afeiçoados, quais sua avó materna, a quem ele não havia conhecido no corpo, sempre interferiam socorrendo-o e orientando-o, carinhosamente ajudando-o a compreender a ocorrência penosa. Além da ajuda do Espírito de sua avó, Licínio foi também auxiliado por seu padrasto, que o ajudou a encontrar o caminho da renovação de que necessitava e, ciente dos fenômenos mediúnicos que ocorriam, levou-o a uma Instituição Espírita. (Obra citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)

75. É difícil suportar a viuvez quando o casamento é pleno de felicidade?

Sim. Pelo menos foi o que Licínio declarou, reportando-se à sua própria experiência conjugal, seguida da viuvez. Disse ele: “Um homem que se consorcia e é feliz, quando lhe chega a viuvez, essa se lhe torna um fardo pesado em demasia. Os hábitos conjugais, o companheirismo, a afetividade bem sustentada agora em falta, transformam-se-lhe em vazio existencial que, muitas vezes, conduz o solitário a precipitados relacionamentos como fuga ou busca de solução, ou o empurram para transtornos depressivos muito graves”. O que, segundo ele, o ajudou foram a oração e o apoio da esposa desencarnada, que passou a visitá-lo. (Obra citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)

76. Uma faceta pouco conhecida dos males do alcoolismo é destacada neste livro. Qual é ela?

Quando Licínio relatou o caso da pobre senhora que tanto o perseguira na Casa Espírita, informou que ela se afastou, logo depois, da atividade espírita e entregou-se ao alcoolismo, semidependente que já o era, havendo sido essa a brecha moral por onde se infiltraram as influências malsãs. Pouco tempo depois desencarnou em lamentável situação espiritual, sendo arrebatada pelos seus comparsas de embriaguez etílica. O alcoolismo, além de doença assim definida pela Organização Mundial de Saúde, é uma das causas do chamado vampirismo e de obsessões diversas, de que o alcoólatra torna-se vítima, graças exclusivamente à irresponsabilidade com que age no mundo. (Obra citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)

77. Apesar das dificuldades e dos desafios que enfrenta, alguma compensação recebe o médium que honra com dignidade seus compromissos?

Claro que sim. A mediunidade bem exercida faculta ao seu possuidor momentos de incomparável beleza e ventura, contatos espirituais insuperáveis, facultando a conquista de afeições duradouras e abençoadas, que se lhes tornam enriquecimento especial para os dias do futuro imortal. Ao mesmo tempo, como existem aqueles que criam dificuldades e sombreiam as horas do medianeiro com dores excruciantes, produzindo dificuldade de todo teor, aproximam-se também criaturas de elevada estatura moral, que o cercam de bondade e legítima afetividade, envolvendo-o em orações de reconforto moral e ânimo, a fim de que seja vitorioso no ministério desafiador. (Obra citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)

78. Que ocorre com os médiuns que se comprometem negativamente no exercício de suas faculdades?

Primeiramente, ao ignorar a importância do dever que abraçaram, estabelecem vínculos psíquicos perniciosos com os Espíritos insensatos e maus que pululam em toda parte. Defrontados pelos problemas e desafios, que são naturais em todos os empreendimentos, passam a demonstrar mau humor e desconfiança, transferindo-se para outras províncias de interesses imediatos e abandonando os compromissos relevantes. Quando, porém, lhes sucede a desencarnação, que sempre parece chegar quando não a aguardamos, as tentativas de recomeço e reparação apresentam-se tardiamente e os conflitos assomam, então, em forma de remorsos inúteis, que mais estreitam as amarras com os seus comensais criminosos. (Obra citada, cap. 14 – Impressões marcantes.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 12 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/08/blog-post_29.html

 

 

 

 

 

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