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quinta-feira, 6 de abril de 2023

 



CINCO-MARIAS

 

Primeiros anos e hábitos alimentares

 

EUGÊNIA PICKINA

eugeniapickina@gmail.com



A curiosidade é um impulso para aprender
. Maria Montessori

 

As preferências alimentares (principalmente no que se refere a frutas e legumes) são definidas durante o começo da vida e se tornam, por isso, duradouras… Isto é, a primeira infância é uma fase fundamental para garantir ao ser humano uma alimentação equilibrada durante toda a vida.

Já sabemos: você oferece abobrinha refogada ao seu filho pequeno e ele recusa; oferece no dia seguinte o mesmo alimento assado e ele novamente recusa. Deixe então para oferecer de novo nos próximos dias variando o preparo: formato de purê, na sopa… A tendência é a criança se acostumar com o gosto e pouco a pouco aceitar o alimento…

Ponto fundamental para enriquecer o paladar da criança? Dar o exemplo. A partir dos 10 meses, a criança já tem uma percepção mais definida do ambiente que a cerca. Ela percebe a estrutura do alimento e observa as pessoas comendo ao seu redor. É por isso que fazer as refeições com a família sentada à mesa e comendo juntos a mesma comida é um incentivo para a criança comer bem e com prazer.

Para a criança desde cedo aprender a mastigar de modo adequado e prestar atenção ao sabor do alimento? Nada de TV e outras telas durante as refeições, por favor! Criança que se habitua a comer entretida com telas na verdade está apenas engolindo a comida, sem, no entanto, aprender a comer…

 

Notinhas

 

Os especialistas da American Society for Nutrition recomendam que as crianças provem o mesmo alimento pelo menos entre 8 e 12 vezes antes de dizerem que não gostam. No entanto, a maioria dos pais desiste lá pela terceira ou quarta tentativa. É claro que insistir para que seu filho pelo menos sinta o gosto da comida – não precisa engolir se não gostar! – não é uma tarefa das mais fáceis: tem choro, reclamações... Mas, é preciso resistir, pois nascemos com o paladar apurado para o doce. Já para os demais sabores (azedo, amargo e salgado), é preciso aprender a acostumá-lo…

Ter a criança uma dieta equilibrada implica o consumo de frutas, verduras e legumes, pois esses alimentos fornecem vitaminas e sais minerais importantes, possuem boa quantidade de fibras que regulam o intestino e colaboram para a prevenção de doenças antes exclusivas de adultos, como diabetes tipo 2, pressão alta e obesidade.

No dia a dia, evite: I. substituir a refeição (trocar a papinha do bebê por mamadeira, por exemplo); II. oferecer à criança alimentos industrializados: papinha de prateleira de supermercado; bolachas etc.; III. não assumir a refeição como um momento familiar.


 
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Eugênia Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).

Especialista em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), ministra cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de São Paulo e no Paraná, onde vive.

Seu contato no Instagram é @eugeniapickina

 

 



 

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