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sábado, 15 de abril de 2023

 



Alerta aos médiuns

 

JORGE LEITE DE OLIVEIRA

jojorgeleite@gmail.com

  

Alma amiga, hoje falaremos dum assunto muito sério: mediunidade. Para que serve e cuidados que o médium deve ter para não se tornar obsidiado, em vista do orgulho e egoísmo, fontes de todos os males.

Na introdução d’O Livro dos Espíritos, Allan Kardec esclarece que a mediunidade é uma faculdade com características físicas e morais (item IV). Existem médiuns — continua ele a explicar-nos — de idades diversas e independente de sua sexualidade, bem como em “todos os graus de desenvolvimento intelectual”. A faculdade desenvolve-se pelo exercício.

N’O Livro dos Médiuns, 2.ª parte, item 306, Kardec esclarece-nos de que a finalidade da mediunidade é o exercício do bem. Quem a utiliza visando aos seus interesses egoístas afasta os bons Espíritos e fica à mercê das influências negativas dos maus espíritos.

Sintetizo, então, o que diz o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, na obra intitulada Mediunidade: desafios e bênçãos, psicografada por Divaldo Pereira Franco, que enumero e destaco abaixo em itálico:

 

1.  [...] a prática mediúnica reveste-se de seriedade e de entrega pessoal, não dando espaço para o estrelismo, as competições doentias e as tirânicas atitudes de agressão a quem quer que seja...

2.  Devendo ser passivo, o médium, a fim de captar o pensamento que verte das Esferas Superiores, cuida do próprio comportamento, que se deve caracterizar pela jovialidade, pela compreensão das dificuldades alheias, pela compaixão em favor de tudo e de todos que encontre pelo caminho.

3.  As rivalidades entre médiuns, que sempre existiram e continuam, defluem da inferioridade moral dos mesmos, porque a condição mais relevante a ser adquirida é a de servidor incansável, convidado ao trabalho na seara por Aquele que é o Senhor.

4.  O verdadeiro médium espírita é discreto, como convém a todo cidadão digno, evitando, quanto possível, o empenho em impor as revelações de que se diz instrumento.

5.  De igual maneira, quando o médium passa a defender-se, a criticar os outros, a autopromover-se, a considerar-se melhor do que os demais, encontra-se enfermo espiritualmente, a caminho de lamentável transtorno obsessivo ou emocional.

6.  A sua sensibilidade é considerada não apenas pelo fato de receber os espíritos superiores, mas pela facilidade de comunicar-se com todos os espíritos, conforme acentua o insigne codificador.

7.  [...] a mediunidade é, em si mesma, neutra, podendo ser encontrada em todos os tipos humanos, razão pela qual não se trata de uma faculdade espírita, porém humana, que sempre existiu em todas as épocas da sociedade, desde os tempos mais remotos até os atuais.

 

Qualidades de grande importância do bom médium são a humildade e a simplicidade. Desse modo, ele evita tornar-se foco de aplausos e aceita sem melindre qualquer manifestação em relação àquilo que os espíritos lhe transmitem, ciente de que é apenas o instrumento de que eles fazem uso para a elevação de todos, a principiar dele mesmo, e de que deve orar pelos espíritos infelizes. O modelo a ser seguido, como diz Philomeno de Miranda, é Jesus.

Atente, pois, o médium, às palavras de Miranda, com as quais encerro estas linhas: “A mediunidade é instrumento que se pode transformar em vínculo de luz entre a Terra e o Céu, ou em furna de perturbação e sofrimento onde se homiziam os invigilantes e desalmados, em conflitos e pugnas contínuas”. Então, que o médium jamais se esqueça da recomendação de Jesus: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação...” (Mateus, 26:41).

   

Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com

 

 

  

 

 

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