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segunda-feira, 3 de julho de 2023

 



Entre os Dois Mundos

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 7

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Entre os Dois Mundos, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco em 2004.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

55. Por que no tratamento da esquizofrenia, mesmo usando os recursos espirituais tanto quanto os acadêmicos, a recuperação do paciente se fazem, muitas vezes, demorada?

Era esse exatamente o caso do irmão Arcanjo, descrito neste livro. Segundo Dr. Ximenes (mentor espiritual do dr. Emir Tibúrcio), a recuperação da saúde está na razão direta da gravidade do delito, porque al­guns, não remodelados pelos camartelos do sofrimento, em retornando à sociedade com discernimento, correm o peri­go de reincidir nos desequilíbrios com maiores prejuízos. Assim, no caso do irmão Arcanjo, tem sido ele benefi­ciário de muito socorro, em razão do investimento de enti­dades nobres que por ele zelam e contribuem em seu favor, não impedindo, porém, que ressarça os gravames sérios que se permitiu. E para isso o concurso do tempo se fazia providencial. (Entre os dois mundos. Capítulo 14: Análise e observações novas.)

56. Em casos semelhantes ao do irmão Arcanjo, obtida a recuperação do paciente, são comuns as recaídas?

Sim. Dr. Ximenes disse que diariamente acompanhava pessoas que possuíam tudo para fazer o bem, para o correto procedimento, para uma vida equilibrada e, no entanto, se deixavam desviar do rumo feliz pelas atrações do mal em sintonia com seu psiquismo. E acrescentou: “Conscientes dos perigos e ingratos a Deus pelas concessões de que desfrutam, permitem-se abandonar os bons pro­pósitos, as realizações enobrecedoras a que se vinculavam, optando pelo desbordar das paixões, traindo, malsinando, ferindo com astúcia o seu próximo, os afetos que lhes entre­garam o coração e a vida... É natural que recebam liberdade condicional na afecção ou no transtorno de que se tornem portadores, mas sob vigilância, a fim de utilizarem a parcial lucidez para agir com dignidade e equilíbrio, acumulando méritos para a total libertação”. (Obra citada. Capítulo 14: Análise e observações novas.)

57. O tratamento da vítima de uma obsessão deve abranger também o causador da obsessão, o chamado obsessor?

Sim. Sempre se deve ter em mente, durante os processos de atendimento de desencarnados, conforme ocorre nas entida­des espíritas dedicadas à desobsessão, que a terapia essencial deverá ser proporcionada ao hoje obsessor e não somente direcionada em favor da liberdade do obsidiado. Do ponto de vista moral o maior sofredor é o desencarnado que pros­segue em angústia, desespero e ódio em relação àquele que o defraudou. Claro que o encarnado, hoje na condição de vítima, inspira compaixão e parece merecer a alforria. Mas o enfermo portador de maior gravidade é o outro, sua vítima que, desde o momen­to em que foi infelicitado, sofre até este momento, experien­ciando tormentos inimagináveis. (Obra citada. Capítulo 14: Análise e observações novas.)

58. Pode o obsessor desencarnado ficar preso aos despojos de sua vítima a partir do momento em que esta desencarna?

Sim. Nos casos de vampirização espiritual, enquanto a vítima, liberta do seu obsessor, é recambiada para a esfera espiritual, seu algoz poderá ficar imantado à sepultura do falecido por largo tempo em sua demência espiritual. Manoel Philomeno menciona nesta obra um caso desses. (Obra citada. Capítulo 14: Análise e observações novas.)

59. Podemos considerar a alienação mental uma provação necessária ao restabelecimento da paz no espírito rebelde?

Sim. Sob qualquer aspecto considera­da, a alienação mental não deixa de ser isto: uma áspera provação necessária ao restabele­cimento da paz no indivíduo que se equivocou e agiu com desconsideração para com as leis da vida. (Obra citada. Capítulo 15: Parasitoses físicas.)

60. Se os males atormentadores procedem do espírito, é possível evitá-los?

Sim. Se as pessoas saudáveis se permitissem visitar, ainda que perio­dicamente, alguma clínica psiquiátrica, é muito provável que se dessem conta da vulnerabilida­de do corpo físico e dos seus processos de desorganização, optando por diferente conduta mental e moral. Compre­enderiam de visu que os males atormentadores procedem do espírito, podendo ser evitados com muita facilidade, em cujo labor seriam aplicados todos os recursos que se multiplicariam em benesses compensadoras. Ilhadas, porém, nas sensações mais imediatas, nem todas se encontram despertas para entender os reais objeti­vos da existência humana, optando pelo gozo incessante ao invés da busca superior da felicidade. (Obra citada. Capítulo 15: Parasitoses físicas.)

61. Nos processos obsessivos, a incidência da mente vingativa sobre o organismo da vítima é capaz de afetá-lo fisicamente?

Sim. A incidência da mente cruel sobre os delicados tecidos orgânicos termina por afetá-los, desorganizando a mitose celular, produzindo distúrbios funcionais, qual ocorre nos aparelhos digestivo e cardiovas­cular, abrindo campo no sistema imunológico para a ins­talação das doenças. No início do processo, a en­fermidade é mais psíquica do que física, isto é, as sensações são absorvidas diretamente do espírito doente, perispírito a perispírito, impregnando o corpo hospedeiro da parasito­se até este incorporar a energia deletéria que o desgasta no campo vibratório, atingindo, a breve prazo, a organização fisiológica. O número de portadores de doenças orgânicas simulacro, cuja procedência é obsessiva, é muito maior do que pode parecer. (Obra citada. Capítulo 15: Parasitoses físicas.)

62. O reconhecimento desse fato implica mudança nos processos terapêuticos pertinentes a esses casos?

Sim. Toda e qualquer terapêutica deve sempre considerar o ser humano total – espírito, perispírito e corpo. Quando isso ocor­rer, e não estão longe os dias da sua aceitação, o binômio saúde-doença estará recebendo muito melhor contribuição do que aquela que lhe tem sido direcionada até estes dias. (Obra citada. Capítulo 15: Parasitoses físicas.)

63. Qual é, no tratamento dos obsessos físicos, a melhor terapia?

Indiscutivelmente, a do Evangelho, isto é, a da transformação moral do paciente, aliada à terapia fluidoterápica, a fim de afastar o agente desencade­ador do problema, a sua conveniente doutrinação, a com­paixão e misericórdia para com ele, sem nenhuma diferen­ça daquela que seria aplicada nos transtornos obsessivos mentais e comportamentais. (Obra citada. Capítulo 15: Parasitoses físicas.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/06/entre-os-dois-mundos-manoel-philomeno_0680095976.html

 

 

 

 

 

 

 

 

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