Entre os Dois
Mundos
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 7
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Entre os Dois Mundos, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco em 2004.
Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
55. Por
que no tratamento da esquizofrenia, mesmo usando os recursos espirituais tanto
quanto os acadêmicos, a recuperação do paciente se fazem, muitas vezes,
demorada?
Era esse
exatamente o caso do irmão Arcanjo, descrito neste livro. Segundo Dr.
Ximenes (mentor espiritual do dr. Emir Tibúrcio), a recuperação da
saúde está na razão direta da gravidade do delito, porque alguns, não
remodelados pelos camartelos do sofrimento, em retornando à sociedade com
discernimento, correm o perigo de reincidir nos desequilíbrios com maiores
prejuízos. Assim, no caso do irmão Arcanjo, tem sido ele beneficiário de muito
socorro, em razão do investimento de entidades nobres que por
ele zelam e contribuem em seu favor, não impedindo, porém, que ressarça os
gravames sérios que se permitiu. E para isso o concurso do tempo se fazia
providencial. (Entre os dois mundos. Capítulo 14: Análise e observações
novas.)
56. Em
casos semelhantes ao do irmão Arcanjo, obtida a recuperação do paciente, são
comuns as recaídas?
Sim. Dr.
Ximenes disse que diariamente acompanhava pessoas que possuíam tudo para fazer
o bem, para o correto procedimento, para uma vida equilibrada e, no entanto, se
deixavam desviar do rumo feliz pelas atrações do mal em sintonia com seu
psiquismo. E acrescentou: “Conscientes dos perigos e ingratos a Deus pelas
concessões de que desfrutam, permitem-se abandonar os bons propósitos, as
realizações enobrecedoras a que se vinculavam, optando pelo desbordar das
paixões, traindo, malsinando, ferindo com astúcia o seu próximo, os afetos que
lhes entregaram o coração e a vida... É natural que recebam liberdade
condicional na afecção ou no transtorno de que se tornem portadores, mas sob
vigilância, a fim de utilizarem a parcial lucidez para agir com dignidade e
equilíbrio, acumulando méritos para a total libertação”. (Obra citada.
Capítulo 14: Análise e observações novas.)
57. O
tratamento da vítima de uma obsessão deve abranger também o causador da
obsessão, o chamado obsessor?
Sim.
Sempre se deve ter em mente, durante os processos de atendimento de
desencarnados, conforme ocorre nas entidades espíritas dedicadas à
desobsessão, que a terapia essencial deverá ser proporcionada ao hoje obsessor
e não somente direcionada em favor da liberdade do obsidiado. Do ponto de vista
moral o maior sofredor é o desencarnado que prossegue em angústia, desespero e
ódio em relação àquele que o defraudou. Claro que o encarnado, hoje na condição
de vítima, inspira compaixão e parece merecer a alforria. Mas o enfermo
portador de maior gravidade é o outro, sua vítima que, desde o momento em que
foi infelicitado, sofre até este momento, experienciando tormentos
inimagináveis. (Obra citada. Capítulo 14: Análise e observações novas.)
58. Pode
o obsessor desencarnado ficar preso aos despojos de sua vítima a partir do
momento em que esta desencarna?
Sim. Nos
casos de vampirização espiritual, enquanto a vítima, liberta do seu obsessor, é
recambiada para a esfera espiritual, seu algoz poderá ficar imantado à
sepultura do falecido por largo tempo em sua demência espiritual. Manoel
Philomeno menciona nesta obra um caso desses. (Obra citada. Capítulo
14: Análise e observações novas.)
59.
Podemos considerar a alienação mental uma provação necessária ao
restabelecimento da paz no espírito rebelde?
Sim. Sob
qualquer aspecto considerada, a alienação mental não deixa de ser isto: uma
áspera provação necessária ao restabelecimento da paz no indivíduo que se
equivocou e agiu com desconsideração para com as leis da vida. (Obra
citada. Capítulo 15: Parasitoses físicas.)
60. Se os
males atormentadores procedem do espírito, é possível evitá-los?
Sim. Se
as pessoas saudáveis se permitissem visitar, ainda que periodicamente, alguma
clínica psiquiátrica, é muito provável que se dessem conta da vulnerabilidade
do corpo físico e dos seus processos de desorganização, optando por diferente
conduta mental e moral. Compreenderiam de visu que os males
atormentadores procedem do espírito, podendo ser evitados com muita facilidade,
em cujo labor seriam aplicados todos os recursos que se multiplicariam em
benesses compensadoras. Ilhadas, porém, nas sensações mais imediatas, nem todas
se encontram despertas para entender os reais objetivos da existência humana,
optando pelo gozo incessante ao invés da busca superior da felicidade. (Obra
citada. Capítulo 15: Parasitoses físicas.)
61. Nos
processos obsessivos, a incidência da mente vingativa sobre o organismo da
vítima é capaz de afetá-lo fisicamente?
Sim. A
incidência da mente cruel sobre os delicados tecidos orgânicos termina por
afetá-los, desorganizando a mitose celular, produzindo distúrbios funcionais,
qual ocorre nos aparelhos digestivo e cardiovascular, abrindo campo no sistema
imunológico para a instalação das doenças. No início do processo,
a enfermidade é mais psíquica do que física, isto é, as sensações são
absorvidas diretamente do espírito doente, perispírito a perispírito,
impregnando o corpo hospedeiro da parasitose até este incorporar a energia
deletéria que o desgasta no campo vibratório, atingindo, a breve prazo, a
organização fisiológica. O número de portadores de doenças orgânicas simulacro,
cuja procedência é obsessiva, é muito maior do que pode parecer. (Obra
citada. Capítulo 15: Parasitoses físicas.)
62. O
reconhecimento desse fato implica mudança nos processos terapêuticos
pertinentes a esses casos?
Sim. Toda
e qualquer terapêutica deve sempre considerar o ser humano total – espírito,
perispírito e corpo. Quando isso ocorrer, e não estão longe os dias da sua
aceitação, o binômio saúde-doença estará recebendo muito melhor contribuição do
que aquela que lhe tem sido direcionada até estes dias. (Obra citada.
Capítulo 15: Parasitoses físicas.)
63. Qual
é, no tratamento dos obsessos físicos, a melhor terapia?
Indiscutivelmente,
a do Evangelho, isto é, a da transformação moral do paciente, aliada à terapia
fluidoterápica, a fim de afastar o agente desencadeador do problema, a sua
conveniente doutrinação, a compaixão e misericórdia para com ele, sem nenhuma
diferença daquela que seria aplicada nos transtornos obsessivos mentais e
comportamentais. (Obra citada. Capítulo 15: Parasitoses físicas.)
Observação:
Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/06/entre-os-dois-mundos-manoel-philomeno_0680095976.html
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