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sábado, 21 de outubro de 2023

 



A nova era, um só Deus e um só pastor

 

JORGE LEITE DE OLIVEIRA

jojorgeleite@gmail.com

 

Ante as atrocidades terríveis que vivenciamos no tempo atual, movidas pelo fanatismo e ambição de poder, lembrei-me da mensagem dum Espírito Israelita, recebida em 1861 e publicada n’O Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulada A Nova Era. No texto, o mensageiro começa dizendo que “Deus é único, e Moisés é o Espírito que Ele enviou em missão para torná-lo conhecido” por todos os povos.

Em seguida, somos informados de que não somente Moisés, mas também os profetas foram enviados por Deus ao povo hebreu. Prosseguindo, o Espírito esclarece-nos sobre “o gérmen da mais ampla moral cristã”: os Dez Mandamentos. Mas, explica adiante, “a moral ensinada por Moisés era apropriada ao estado de adiantamento em que se encontravam os povos” ainda pouco adiantados moralmente.

Logo abaixo, afirma: “O Cristo foi o iniciador da moral mais pura, da mais sublime: a moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações humanos a caridade e o amor do próximo [...] enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam”.

A “alavanca” utilizada por Deus para o avanço da humanidade, diz o Espírito Israelita, é o Espiritismo. E esses tempos “são chegados”, mas que não pensemos que esse avanço se dê sem “abalos e discussões”. Ao fim das lutas do bem contra o mal, ocorrerá a vitória do Cristo, que não é apressada, ainda que urgente aos nossos olhares ansiosos. É então que o mensageiro do Alto conclui: “Moisés abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá”.

Ensina a Sabedoria Judaica: “Ama ao Criador, as crianças, a caridade, a lealdade e a retidão. Evita as honrarias e não te orgulhes de teus conhecimentos. Não te alegres com as homenagens que recebes e age pela verdade e pela paz” (Hadid, Jacob. Organizador. Sobre as leis e a Sabedoria Judaica, s. l. e s. d., p. 13). Não é outra coisa o que Jesus nos ensinou, e o Espiritismo reitera, inclusive com sua máxima-síntese de que “Fora da caridade, não há salvação” (Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 15).

Confiemos, pois, no Cristo e na sua promessa: O Consolador, como lemos em João, 14:16, 17: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos. E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Consolador para estar com vocês para sempre. O Espírito da verdade [...]” (Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional).

O Espírito de Verdade, dessa promessa, veio para os que seguem Jesus como sendo o “Caminho, a Verdade e a Vida”. Ele é o Messias a quem o Pai, nosso Deus único, pela voz dos profetas, desde Moisés, anunciou.

 É por Jesus e por seus enviados que chegamos à compreensão de um só Deus e de um só pastor do seu imenso rebanho, que é toda a humanidade terrestre. É o que lemos em João, 14:6 a 9, confirmado pelo Espiritismo, capítulo 6 d’O Evangelho Segundo o Espiritismo.

 Jesus Cristo é o Senhor, cuja manifestação já se faz presente, no mundo, desde 18 de abril de 1857, quando Allan Kardec dele recebeu e nos manifestou a Doutrina Espírita-Cristã. Passadas estas últimas turbulências das trevas, como lemos na questão 743 d’O Livro dos Espíritos, e cujas consequências para seus causadores serão terríveis, segundo a questão 745 dessa obra, todos compreenderão a existência do único Deus, que é amor e não guerra.

Então surgirá uma era de paz definitiva na Terra regida pelo Senhor. Confiemos e oremos por vítimas e criminosos!

 

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