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segunda-feira, 8 de julho de 2024

 




Compaixão e vida

 

Meimei

 

Compadece-te de quantos se encarceram nas malhas esbraseadas da violência.

A fim de prestar-lhes auxílio, lembra-te de cultivar a paz, como quem se decide a socorrer as vítimas de um incêndio, usando compreensão e brandura.

Aqueles que largam a órbita da prudência, caindo na agressividade exagerada, entram para logo nos quadros patológicos da loucura. E já não sabem o que fazem.

Compadece-te sempre.

Por trás das palavras candentes que te magoam, comumente existe um coração avinagrado pela carência de amor, suplicando apoio afetivo.

Na retaguarda dessas faces contraídas, semelhantes a máscaras de ódio despejando condenação, muitas vezes se esconde a dor da criatura que se vê sem forças suficientes para suportar a moléstia que carrega no próprio corpo. E movendo as mãos que espancam sem pensar, quase sempre, jazem sofrimentos ocultos ou influências obsessivas que as fazem desvairar.

Se te encontras em caminho com semelhantes doentes da alma, abençoa-os com a prece muda e segue adiante.

Se te gritam em rosto impropérios e insultos, continua orando por eles, nada repliques e confia-os em pensamento, à Providência Divina. Os agressores são irmãos enfermos, em cuja alma a revolta instalou perigosas tomadas de ligação com as trevas que lhes atormentam a vida.

Diante deles, recorda a paz que o Senhor te concede e entrega-os à farmácia do Bem Eterno.

Perante quaisquer problemas, o Céu tem soluções que desconhecemos.

É por isso que Jesus proclamou no Sermão do Monte: “Bem-aventurados os misericordiosos porque encontrarão misericórdia, diante das Leis de Deus”.

 

Do livro Marcas do Caminho, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

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