Considerações
sobre o tempo e o estado de consciência
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
Podemos,
de inúmeras maneiras, viver: como meros espectadores ou como seres realmente em
comunhão com a vida. É bem uma escolha que não deve esperar apenas quando for o
melhor momento, porém uma forma de viver. É sempre muito
curioso como sabemos que o tempo é infinito, no entanto há somente o tempo
presente como a nossa grande verdade, ou seja, segundos que se condensam
formando a eternidade, mas que não são vividos completamente, passam pelo
tempo. À medida que se progride, a observação também se amplia e torna-se mais
atenta.
Pensamos que há
muito para ficar em solo terreno ‒ como não
sabemos a hora do retorno, graças a Deus ‒, mas
simplesmente desperdiçamos o que não se recupera, o que poderia ser valorizado
com a realização de felizes atos e aquisição de mais conhecimento. Outro fator
considerável é a maneira como se vive, pois há incontáveis formas, porém uma
delas é decisiva para ser mais pleno e contemplar também a vida. O otimismo é o
filho preferido da fé.
Quando se tem
um olhar otimista, além da contagiante boa energia, o espírito transforma os
seus dias em mais agradáveis e sugere o mesmo estado aos companheiros de
jornada. Se o tempo possui o seu próprio ininterrupto andamento e a sua
perfeição já é definida, o mais sensato é valorizar a nobre vida, oportunidade
abençoada.
O tempo em si é
único, no entanto como cada coração o sente é que o determinará mais positivo
ou não. Se o estado de consciência é tranquilo, otimista, bondoso, equilibrado,
agradecido, respeitoso, um pouco conhecedor do curso da vida com todas as suas
grandezas, fraterno... o tempo passará agradavelmente compatível com os felizes
estados vividos. Entretanto se o estado se identificar com medo, impaciência,
pessimismo, ingratidão, desequilíbrio... certamente o tempo será enfadonho,
gris, infeliz e denso. O que prevalecerá é o estado como o nosso espírito está
sentindo a vida.
Não é a
infelicidade que deve apropriar-se de um ser, mas este que deve aprender a
lidar com ocasiões menos felizes; não é o pessimismo que deve apagar a luz do
caminho, mas o otimismo amparado na fé que deve iluminar as partes ainda
escuras do caminho. Não é a frieza que deve petrificar outros corações, mas a
doçura de um coração acalentar outros que, talvez, ainda não sentiram o amor.
Portanto,
sempre será como o estado de consciência está que originará dias mais claros ou
tempestuosos. Ou melhor, a mesma forma como alguém vivencia, a vida também
retribuirá. É uma análise muito lógica, a reprodução será do interior para o
exterior.
Os
acontecimentos externos não devem definir um ser, mas, sim, a sua escolha de
como deseja viver.
O Universo é
abundante; com o que se conectar, assim receberá.
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