terça-feira, 3 de setembro de 2024

 



Considerações sobre o tempo e o estado de consciência

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

 

Podemos, de inúmeras maneiras, viver: como meros espectadores ou como seres realmente em comunhão com a vida. É bem uma escolha que não deve esperar apenas quando for o melhor momento, porém uma forma de viver. É sempre muito curioso como sabemos que o tempo é infinito, no entanto há somente o tempo presente como a nossa grande verdade, ou seja, segundos que se condensam formando a eternidade, mas que não são vividos completamente, passam pelo tempo. À medida que se progride, a observação também se amplia e torna-se mais atenta.

Pensamos que há muito para ficar em solo terreno como não sabemos a hora do retorno, graças a Deus , mas simplesmente desperdiçamos o que não se recupera, o que poderia ser valorizado com a realização de felizes atos e aquisição de mais conhecimento. Outro fator considerável é a maneira como se vive, pois há incontáveis formas, porém uma delas é decisiva para ser mais pleno e contemplar também a vida. O otimismo é o filho preferido da fé.

Quando se tem um olhar otimista, além da contagiante boa energia, o espírito transforma os seus dias em mais agradáveis e sugere o mesmo estado aos companheiros de jornada. Se o tempo possui o seu próprio ininterrupto andamento e a sua perfeição já é definida, o mais sensato é valorizar a nobre vida, oportunidade abençoada.

O tempo em si é único, no entanto como cada coração o sente é que o determinará mais positivo ou não. Se o estado de consciência é tranquilo, otimista, bondoso, equilibrado, agradecido, respeitoso, um pouco conhecedor do curso da vida com todas as suas grandezas, fraterno... o tempo passará agradavelmente compatível com os felizes estados vividos. Entretanto se o estado se identificar com medo, impaciência, pessimismo, ingratidão, desequilíbrio... certamente o tempo será enfadonho, gris, infeliz e denso. O que prevalecerá é o estado como o nosso espírito está sentindo a vida.

Não é a infelicidade que deve apropriar-se de um ser, mas este que deve aprender a lidar com ocasiões menos felizes; não é o pessimismo que deve apagar a luz do caminho, mas o otimismo amparado na fé que deve iluminar as partes ainda escuras do caminho. Não é a frieza que deve petrificar outros corações, mas a doçura de um coração acalentar outros que, talvez, ainda não sentiram o amor.

Portanto, sempre será como o estado de consciência está que originará dias mais claros ou tempestuosos. Ou melhor, a mesma forma como alguém vivencia, a vida também retribuirá. É uma análise muito lógica, a reprodução será do interior para o exterior.

Os acontecimentos externos não devem definir um ser, mas, sim, a sua escolha de como deseja viver.

O Universo é abundante; com o que se conectar, assim receberá.

 

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