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terça-feira, 12 de março de 2013

A enfermidade é, em si mesma, desequilíbrio da alma a retratar-se no corpo


Realizou-se nesta noite no “Nosso Lar”, em Londrina, mais uma etapa do estudo do livro Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz (Espírito), obra psicografada pelo médium Chico Xavier. Por motivo de saúde, novamente não participamos do estudo, que foi coordenado outra vez por nossa companheira Maria Neuza.

Três foram as questões propostas:

1. Por que, considerando-se o objetivo da sessão mediúnica, há casos em que o médium utiliza um idioma estranho ao nosso, que a própria equipe muitas vezes não compreende?
2. Se o médium não tiver ligação de existências passadas com o Espírito comunicante, a xenoglossia é possível?
3. Que relação existe entre a dor e o arado?

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Depois de oportunas considerações feitas em torno das questões mencionadas, foram lidas e comentadas as respostas, seguindo-se a leitura e o estudo do texto-base relativo ao tema da noite.

Eis as respostas dadas, de forma resumida, às questões propostas:

1. Por que, considerando-se o objetivo da sessão mediúnica, há casos em que o médium utiliza um idioma estranho ao nosso, que a própria equipe muitas vezes não compreende?
O caso foi proposto ao instrutor Aulus. Se a médium e o comunicante estavam no Brasil, por que ensaiava frases num dialeto já morto? Por que motivo não assimilava o pensamento do Espírito, transformando-o em palavras de nossa língua corrente, qual se via em numerosos processos de intercâmbio mediúnico?
"Estamos à frente de um caso de mediunidade poliglota ou de xenoglossia”, informou Aulus. “O filtro mediúnico e a entidade que se utiliza dele acham-se tão intensamente afinados entre si que a passividade do instrumento é absoluta, sob o império da vontade que o comanda de modo positivo. O obsessor, por mais estranho pareça, jaz ainda enredado nos hábitos por que pautava a sua existência, há séculos, e, em se exprimindo pela médium, usa modos e frases que lhe foram típicos."
Tal fato era atribuível à mediunidade propriamente dita ou à sintonia mais completa? "O problema é de sintonia", informou o instrutor. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 23, pp. 220 e 221.)

2. Se o médium não tiver ligação de existências passadas com o Espírito, a xenoglossia é possível?
Não. Segundo Aulus, no caso em pauta, se a médium não houvesse partilhado da experiência terrestre do comunicante, como legítima associada de seu destino, não poderia o Espírito externar-se no dialeto com que se caracterizava. "Em todos os casos de xenoglossia, é preciso lembrar que as forças do passado são trazidas ao presente", informou o instrutor. (Obra citada, cap. 23, pp. 221 a 223.)

3. Que relação existe entre a dor e o arado?
Trata-se de uma imagem utilizada por Aulus, que comparou a dor em nossa vida íntima ao arado em terra inculta, o qual, rasgando e ferindo, oferece os melhores recursos à produção. O mesmo resultado produz a dor, visto que a enfermidade é, em si mesma, desequilíbrio da alma a retratar-se no corpo. (Obra citada, cap. 24, pp. 226 a 228.)

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Na próxima terça-feira publicaremos neste espaço as questões estudadas, para que o leitor, se o desejar, possa acompanhar o desenvolvimento dos nossos estudos.

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