Realizou-se
nesta noite no “Nosso Lar”, em Londrina, mais uma etapa do estudo do livro Nos Domínios da Mediunidade, de André
Luiz (Espírito), obra psicografada pelo médium Chico Xavier. Por motivo de
saúde, novamente não participamos do estudo, que foi coordenado outra vez por
nossa companheira Maria Neuza.
Três foram as
questões propostas:
1. Por que,
considerando-se o objetivo da sessão mediúnica, há casos em que o médium
utiliza um idioma estranho ao nosso, que a própria equipe muitas vezes não compreende?
2. Se o médium não tiver ligação de existências passadas com o Espírito comunicante, a
xenoglossia é possível?
3. Que
relação existe entre a dor e o arado?
*
Depois de
oportunas considerações feitas em torno das questões mencionadas, foram lidas e
comentadas as respostas, seguindo-se a leitura e o estudo do texto-base relativo
ao tema da noite.
Eis as
respostas dadas, de forma resumida, às questões propostas:
1. Por que, considerando-se o objetivo da
sessão mediúnica, há casos em que o médium utiliza um idioma estranho ao nosso,
que a própria equipe muitas vezes não compreende?
O caso foi
proposto ao instrutor Aulus. Se a médium e o comunicante estavam no Brasil, por
que ensaiava frases num dialeto já morto? Por que motivo não assimilava o pensamento
do Espírito, transformando-o em palavras de nossa língua corrente, qual se via
em numerosos processos de intercâmbio mediúnico?
"Estamos
à frente de um caso de mediunidade poliglota ou de xenoglossia”, informou
Aulus. “O filtro mediúnico e a entidade que se utiliza dele acham-se tão intensamente
afinados entre si que a passividade do instrumento é absoluta, sob o império da
vontade que o comanda de modo positivo. O obsessor, por mais estranho pareça,
jaz ainda enredado nos hábitos por que pautava a sua existência, há séculos, e,
em se exprimindo pela médium, usa modos e frases que lhe foram típicos."
Tal fato era
atribuível à mediunidade propriamente dita ou à sintonia mais completa? "O
problema é de sintonia", informou o instrutor. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 23, pp. 220 e 221.)
2. Se o médium não tiver ligação de
existências passadas com o Espírito, a xenoglossia é possível?
Não. Segundo
Aulus, no caso em pauta, se a médium não houvesse partilhado da experiência terrestre do
comunicante, como legítima associada de seu destino, não poderia o Espírito
externar-se no dialeto com que se caracterizava. "Em todos os casos de
xenoglossia, é preciso lembrar que as forças do passado são trazidas ao
presente", informou o instrutor. (Obra
citada, cap. 23, pp. 221 a
223.)
3. Que relação existe entre a dor e o
arado?
Trata-se de
uma imagem utilizada por Aulus, que comparou a dor em nossa vida íntima ao
arado em terra inculta, o qual, rasgando e ferindo, oferece os melhores
recursos à produção. O mesmo resultado produz a dor, visto que a enfermidade é,
em si mesma, desequilíbrio da alma a retratar-se no corpo. (Obra citada, cap. 24, pp. 226 a 228.)
*
Na próxima
terça-feira publicaremos neste espaço as questões estudadas, para que o leitor,
se o desejar, possa acompanhar o desenvolvimento dos nossos estudos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário