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sexta-feira, 21 de abril de 2017

Iniciação aos clássicos espíritas




A Reencarnação

Gabriel Delanne

Parte 1

Damos início hoje ao estudo do clássico A Reencarnação, de Gabriel Delanne, de acordo com a tradução feita por Carlos Imbassahy publicada pela Federação Espírita Brasileira. 
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
1) questões preliminares;
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Para que serve o perispírito?
B. Que espécies de provas da reencarnação existem?
C. Que significa Palingenesia e qual a sua origem?
D. Que filósofos da Antiguidade ensinavam a reencarnação?

Texto para leitura

1. As concepções de céu e inferno caducaram, pois não se compreende a eternidade do sofrimento como punição de uma existência, que, comparada à imensidade do tempo, é menos de um segundo. (PÁG. 12)
2. Sábios ilustres como Crookes, Wallace, Myers, Oliver Lodge, Lombroso aceitam, plenamente, para explicar os mesmos fatos a teoria espírita, a única que a eles se poderá adaptar. (PÁG. 13)
3. Prova-se que a alma existe antes do nascimento por argumentos filosóficos e pelas observações científicas. (PÁG. 14)
4. A experiência mostra que a alma é inseparável de um corpo fluídico, chamado perispírito, que contém em si todas as leis que presidem a organização e a manutenção do corpo material, e, ao mesmo tempo, as que regem o funcionamento psicológico do Espírito. (PÁG. 14)
5. Há vinte anos a reencarnação vem sendo admitida por grande número de Espíritos na Inglaterra e nos EUA, e daí concluímos que essa teoria teria sido, até então, posta de lado pelos Guias espirituais, para não chocar rudemente as crenças antigas e entravar assim o desenvolvimento do Espiritismo. (PÁGS. 15 e 16)
6. Nas comunicações espiríticas temos duas espécies de provas da reencarnação: 1ª. as que provêm de Espíritos que afirmam lembrar-se de suas vidas anteriores; 2ª.  aquelas nas quais os Espíritos anunciam quais serão suas futuras reencarnações aqui. (PÁG. 16)
7. Há, ainda, duas séries de provas concernentes às vidas sucessivas: as fornecidas pelos homens que se lembram de ter vivido na Terra e as decorrentes da existência dos meninos-prodígios. Como a hereditariedade psíquica é inadmissível, a reencarnação é a única explicação lógica das anomalias aparentes. (PÁG. 16)
8. A reencarnação é também chamada Palingenesia – de duas palavras gregas: palin, de novo; genesis, nascimento – e desde os albores da Civilização ela tem sido  formulada na Índia. (PÁG. 17)
9. O livro dos Vedas (Bagavat Gitá) afirma textualmente: "Assim como se deixam as vestes gastas para usar vestes novas, também a alma deixa o corpo usado para revestir novos corpos". (PÁG. 18)
10. Foi Pitágoras quem introduziu na Grécia a doutrina das vidas sucessivas, que ele aprendera no Egito e na Pérsia. (PÁG. 18)
11. Platão adotou a ideia pitagórica da Palingenesia. Segundo Platão, "aprender é recordar". (PÁG. 20)
12. A Escola Neoplatônica de Alexandria ensinava a reencarnação e Plotino e Porfírio falam sobre ela de forma absolutamente clara. (PÁGS. 20 e 21)
13. Jâmblico afirma não haver acaso nem fatalidade, mas uma justiça inflexível que regula a existência de todos os seres. Se alguns se veem em meio a aflições, não é em virtude de uma decisão arbitrária da Divindade, mas consequência inelutável de suas faltas anteriores. (PÁG. 21)

Respostas às questões preliminares

A. Para que serve o perispírito?
O perispírito é o organizador ao qual a matéria obedece, o desenho vital que cada um de nós realiza e conserva durante toda a existência. Corpo fluídico da alma, contém em si todas as leis que presidem a organização e a manutenção do corpo material e as que regem o funcionamento psicológico do Espírito. (A Reencarnação, Introdução, pág. 14, e cap. II, págs. 58 e 59.)
B. Que espécies de provas da reencarnação existem?
São quatro as espécies de provas da reencarnação: 1ª. as que provêm de Espíritos que afirmam lembrar-se de suas vidas anteriores; 2ª. aquelas nas quais os Espíritos anunciam quais serão suas futuras reencarnações aqui; 3ª. as fornecidas pelos homens que se lembram de ter vivido na Terra; 4ª. as decorrentes da existência dos meninos-prodígios. (Obra citada, Introdução, pág. 16.)
C. Que significa Palingenesia e qual a sua origem?
Palingenesia é o mesmo que reencarnação. Esse vocábulo é formado de duas palavras gregas: palin, de novo; genesis, nascimento. Desde os albores da Civilização a palingenesia era ensinada na Índia. (Obra citada, cap. I, pág. 17.)
D. Que filósofos da Antiguidade ensinavam a reencarnação?
Foi Pitágoras quem introduziu na Grécia a doutrina das vidas sucessivas, que ele aprendeu no Egito e na Pérsia. Platão adotou a ideia pitagórica da Palingenesia. Segundo Platão, "aprender é recordar". A Escola Neoplatônica de Alexandria ensinava a reencarnação e Plotino e Porfírio falaram sobre ela de forma absolutamente clara. Jâmblico dizia que não há acaso nem fatalidade, mas uma justiça inflexível que regula a existência de todos os seres. Se alguns se veem em meio a aflições, não é em virtude de uma decisão arbitrária da Divindade, mas consequência inelutável de suas faltas anteriores. (Obra citada, cap. I, págs. 18 a 21.)





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