A Reencarnação
Gabriel Delanne
Parte 1
Damos início hoje ao
estudo do clássico A Reencarnação, de
Gabriel Delanne, de acordo com a tradução feita por Carlos Imbassahy publicada
pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este
estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do
Espiritismo.
Cada parte compõe-se
de:
1) questões preliminares;
2) texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto
indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Para que serve o
perispírito?
B. Que espécies de
provas da reencarnação existem?
C. Que significa
Palingenesia e qual a sua origem?
D. Que filósofos da Antiguidade
ensinavam a reencarnação?
Texto para leitura
1. As concepções de
céu e inferno caducaram, pois não se compreende a eternidade do sofrimento como
punição de uma existência, que, comparada à imensidade do tempo, é menos de um
segundo. (PÁG. 12)
2. Sábios ilustres
como Crookes, Wallace, Myers, Oliver Lodge, Lombroso aceitam, plenamente, para
explicar os mesmos fatos a teoria espírita, a única que a eles se poderá
adaptar. (PÁG. 13)
3. Prova-se que a
alma existe antes do nascimento por argumentos filosóficos e pelas observações
científicas. (PÁG. 14)
4. A experiência
mostra que a alma é inseparável de um corpo fluídico, chamado perispírito, que
contém em si todas as leis que presidem a organização e a manutenção do corpo
material, e, ao mesmo tempo, as que regem o funcionamento psicológico do
Espírito. (PÁG. 14)
5. Há vinte anos a
reencarnação vem sendo admitida por grande número de Espíritos na Inglaterra e
nos EUA, e daí concluímos que essa teoria teria sido, até então, posta de lado
pelos Guias espirituais, para não chocar rudemente as crenças antigas e
entravar assim o desenvolvimento do Espiritismo. (PÁGS. 15 e 16)
6. Nas comunicações
espiríticas temos duas espécies de provas da reencarnação: 1ª. as que provêm de
Espíritos que afirmam lembrar-se de suas vidas anteriores; 2ª. aquelas nas quais os Espíritos anunciam quais
serão suas futuras reencarnações aqui. (PÁG. 16)
7. Há, ainda, duas
séries de provas concernentes às vidas sucessivas: as fornecidas pelos homens
que se lembram de ter vivido na Terra e as decorrentes da existência dos
meninos-prodígios. Como a hereditariedade psíquica é inadmissível, a
reencarnação é a única explicação lógica das anomalias aparentes. (PÁG. 16)
8. A reencarnação é
também chamada Palingenesia – de duas palavras gregas: palin, de novo; genesis,
nascimento – e desde os albores da Civilização ela tem sido formulada na Índia. (PÁG. 17)
9. O livro dos Vedas
(Bagavat Gitá) afirma textualmente: "Assim como se deixam as vestes gastas
para usar vestes novas, também a alma deixa o corpo usado para revestir novos
corpos". (PÁG. 18)
10. Foi Pitágoras
quem introduziu na Grécia a doutrina das vidas sucessivas, que ele aprendera no
Egito e na Pérsia. (PÁG. 18)
11. Platão adotou a ideia
pitagórica da Palingenesia. Segundo Platão, "aprender é recordar".
(PÁG. 20)
12. A Escola
Neoplatônica de Alexandria ensinava a reencarnação e Plotino e Porfírio falam
sobre ela de forma absolutamente clara. (PÁGS. 20 e 21)
13. Jâmblico afirma
não haver acaso nem fatalidade, mas uma justiça inflexível que regula a
existência de todos os seres. Se alguns se veem em meio a aflições, não é em
virtude de uma decisão arbitrária da Divindade, mas consequência inelutável de
suas faltas anteriores. (PÁG. 21)
Respostas às questões preliminares
A. Para que serve o perispírito?
O perispírito é o
organizador ao qual a matéria obedece, o desenho vital que cada um de nós
realiza e conserva durante toda a existência. Corpo fluídico da alma, contém em
si todas as leis que presidem a organização e a manutenção do corpo material e
as que regem o funcionamento psicológico do Espírito. (A Reencarnação, Introdução, pág. 14, e cap. II, págs. 58 e 59.)
B. Que espécies de provas da reencarnação existem?
São quatro as
espécies de provas da reencarnação: 1ª. as que provêm de Espíritos que afirmam
lembrar-se de suas vidas anteriores; 2ª. aquelas nas quais os Espíritos
anunciam quais serão suas futuras reencarnações aqui; 3ª. as fornecidas pelos
homens que se lembram de ter vivido na Terra; 4ª. as decorrentes da existência
dos meninos-prodígios. (Obra citada, Introdução, pág. 16.)
C. Que significa Palingenesia e qual a sua origem?
Palingenesia é o
mesmo que reencarnação. Esse vocábulo é formado de duas palavras gregas: palin, de novo; genesis, nascimento. Desde os albores da Civilização a palingenesia
era ensinada na Índia. (Obra citada, cap. I, pág. 17.)
D. Que filósofos da Antiguidade ensinavam a
reencarnação?
Foi Pitágoras quem
introduziu na Grécia a doutrina das vidas sucessivas, que ele aprendeu no Egito
e na Pérsia. Platão adotou a ideia pitagórica da Palingenesia. Segundo Platão,
"aprender é recordar". A Escola Neoplatônica de Alexandria ensinava a
reencarnação e Plotino e Porfírio falaram sobre ela de forma absolutamente
clara. Jâmblico dizia que não há acaso nem fatalidade, mas uma justiça
inflexível que regula a existência de todos os seres. Se alguns se veem em meio
a aflições, não é em virtude de uma decisão arbitrária da Divindade, mas consequência
inelutável de suas faltas anteriores. (Obra citada, cap. I, págs. 18 a 21.)
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