Cristianismo e
Espiritismo
Léon Denis
Parte 11
Continuamos o estudo do livro Cristianismo e Espiritismo, que estamos realizando com base na 6ª
edição publicada pela Federação Espírita Brasileira, tradução de Leopoldo
Cirne.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma
de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas
encontram-se no final do texto indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Em que consiste o fenômeno da escrita mediúnica?
B. Como se constituiu a doutrina do Espiritismo?
C. Como a identidade dos Espíritos pode ser aferida nas
comunicações escritas?
Texto para
leitura
141. Mais comum que o precedente, é o fenômeno da escrita
mediúnica. O sensitivo, sob um impulso oculto, traça no papel comunicações,
mensagens em cuja redação o seu pensamento e vontade tiveram parte mínima.
Puramente mecânica em certos médiuns, no maior número é ela semimecânica; neste
caso o braço e o cérebro são igualmente influenciados. (P. 179)
142. O autor apresenta 6 exemplos de mensagens obtidas pela
escrita mediúnica. Numa delas, assinada pelo Espírito de Jerônimo de Praga,
este aconselha: “Ensinai a prece à criança, desde o berço! Todo ser, mesmo no
extravio das paixões, conserva a lembrança da impressão recebida no limiar da
vida...” (P. 181)
143. Falando sobre a reencarnação, o Espírito de um
ex-pastor afirma que o progresso social dará um passo imenso quando a ideia da
reencarnação se houver novamente senhoreado da mentalidade humana. “As misérias
e provações do homem lhe parecerão menos dolorosas, porque terão para ele um
sentido positivo.” (P. 185)
144. Oliver Lodge descreveu numa reunião realizada em 30 de
janeiro de 1908, na Sociedade de Investigações Psíquicas, de Londres, um novo
processo de comunicação com os Espíritos, sob o nome de cross-correspondence, isto é, o recebimento por um médium de parte
da comunicação, sendo a outra parte recebida por outro médium, não podendo cada
uma dessas partes ser compreendida sem a adjunção da outra. [1] (PP. 187 e 188)
145. Os ingleses fundaram um escritório de comunicações
regulares com o outro mundo, organizado pelo escritor W. Stead, em Londres, a
pedido de uma amiga desaparecida, srta. Júlia Ames, que se propôs vir em
auxílio não só dos desencarnados que procuram contatos com seus familiares, mas
dos encarnados acabrunhados com a perda de um ente caro. (P. 188)
146. Foi com comunicações extraordinárias, animadas de um
sopro vigoroso e que trazem o cunho de Espíritos verdadeiramente superiores,
que se constituiu a doutrina do Espiritismo. (P. 190)
147. Os fenômenos de escrita direta ou automática são
completados e confirmados pelos fatos de incorporação. Nestes, os Espíritos já
não se contentam com órgãos de um médium adormecido. Este, mergulhado por eles
em um sono magnético, abandona o seu invólucro a entidades invisíveis, que dele
se apoderam para conversar com os assistentes. (P. 190)
148. Por esse meio, sugestivas conversações são entabuladas
entre os Espíritos e seus parentes e amigos deixados na Terra, e a identidade
aí se verifica pela forma dos caracteres traçados, pela analogia das
assinaturas, pelo estilo e até pelos erros de grafia habituais a esses
Espíritos, tornando-se ainda mais evidente essa identidade nos fenômenos de
incorporação. (P. 190)
149. Falando sobre sua própria experiência no campo da
mediunidade, onde contou por muito tempo com dois médiuns de incorporação, o
autor diz que essa íntima comunhão com o mundo invisível descerrou-lhe
infinitas perspectivas ao pensamento, influiu em todos os seus atos, esclareceu
com uma luz intensa a trilha de sua existência. (PP. 192 e 193)
150. As provas da realidade das manifestações não se obtêm
em poucos dias. Crookes, Zöllner, Lombroso, Myers e outros sábios estudaram a
questão por longos anos e não se contentaram em assistir a algumas poucas
sessões. (P. 194)
151. Entre as teorias lançadas à circulação para explicar
os fenômenos espíritas, a da alucinação ocupa sempre o maior lugar. Perdeu,
entretanto, toda a razão de ser, à vista das fotografias de Espíritos obtidas
por Aksakof, Crookes e outros. (P. 194)
152. Os médiuns, escrevendo de forma automática, não são
mergulhados em sono hipnótico. É no estado de vigília, na plenitude de suas
faculdades e do seu “eu” consciente, que os médiuns escrevem, sob o impulso dos
Espíritos. (P. 198)
153. Nas experiências de Pierre Janet há sempre um hipnotizador
em ligação magnética com o sensitivo. Não é isso que se dá nas sessões
espíritas; nem o evocador, nem os assistentes atuam sobre o médium. (P. 198)
154. Não se conseguiria, mediante a sugestão, fazer que
analfabetos escrevam, nem se poderia provocar a aparição de mãos e formas
humanas, nem ainda a escrita em ardósias trazidas por observadores que não as
largam um só momento. (P. 198) (Continua
na próxima edição.)
[1] Foi assim que Chico Xavier e Waldo Vieira psicografaram
o livro Evolução em Dois Mundos,
recebido em cidades diferentes no primeiro semestre de 1958.
Respostas às
questões preliminares
A. Em que consiste o
fenômeno da escrita mediúnica?
Nesse fenômeno, o sensitivo, sob um impulso oculto, traça
no papel comunicações e mensagens em cuja redação o seu pensamento e vontade
têm parte mínima. Puramente mecânica em certos médiuns, no maior número é ela
semimecânica; neste caso o braço e o cérebro são igualmente influenciados. (Cristianismo e Espiritismo, cap. IX, p.
179.)
B. Como se constituiu
a doutrina do Espiritismo?
Foi com comunicações extraordinárias, animadas de um sopro
vigoroso e que trazem o cunho de Espíritos verdadeiramente superiores, que se
constituiu a doutrina do Espiritismo, da qual participaram dezenas de médiuns de
procedências diversas. (Obra citada, cap. IX, pp. 190.)
C. Como a identidade
dos Espíritos pode ser aferida nas comunicações escritas?
A identidade dos Espíritos aí se verifica pela forma dos
caracteres traçados, pela analogia das assinaturas, pelo estilo e até pelos
erros de grafia habituais a esses Espíritos, tornando-se ainda mais evidente
essa identidade nos fenômenos de incorporação. (Obra citada, cap. IX, pp. 190.)
Nota:
Para ver os três últimos textos, clique nos links abaixo:
Parte 8 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/01/iniciacao-aos-classicos-espiritas_12.html
Parte 9 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/01/iniciacao-aos-classicos-espiritas_19.html
Parte 10 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/01/iniciacao-aos-classicos-espiritas_26.html
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