A Alma é
Imortal
Gabriel Delanne
Parte 18
Continuamos o estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo sirva para o leitor como uma forma
de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Em um Espírito materializado é possível auscultar-lhe os
batimentos cardíacos?
B. Delanne sintetizou em nove itens as informações obtidas
com base na investigação dos fenômenos espíritas. Quais foram as suas
conclusões?
C. Seria possível fotografar um Espírito em ambiente de
completa escuridão?
Texto para
leitura
190. Encerrando este capítulo, Delanne reitera o fato de
que a realidade da alma se impõe como corolário obrigatório do fenômeno de
desdobramento. Esse “eu” que se desloca não é uma substância incorpórea, é um
ser bem definido, com um organismo que reproduz os traços do corpo material.
(Pág. 197)
191. O grau de materialidade do perispírito varia: ora é
uma simples névoa branca que desenha os traços, atenuando-os; ora apresenta
contornos muito nítidos e parece um retrato animado. Ele se mostra também, às
vezes, com todos os caracteres da realidade e revela a existência de um
organismo interno semelhante ao de um indivíduo vivo. (Págs. 197 e 198)
192. A distância que separe do corpo a sua alma em nada
influi sobre a intensidade das manifestações. (Pág. 198)
193. As aparições de vivos são, em geral, bastante
demonstrativas, mas, dada a sua espontaneidade, se opõem a toda pesquisa
metódica. O mesmo não se dá quando as aparições se produzem nas sessões
espíritas, porque aí todas as precauções são tomadas para se verificar
cuidadosamente a sua objetividade. A fotografia é uma dessas formas de
comprovação. (Pág. 199)
194. Tem-se fotografado o corpo fluídico durante a vida e
depois da morte, o que fornece a certeza absoluta de que a alma existe sempre,
antes e depois da morte. A continuidade do ser se revela claramente pelas
aparições que se verificam algumas horas depois da morte. O perispírito que
acaba de desligar-se do corpo lhe retraça fielmente não só a imagem, como
também a configuração física, que se patenteia pelas marcas que deixa no papel
enegrecido e pelas moldagens. (Pág. 199)
195. O Espírito materializado é, por completo, um ser que
vive temporariamente, como se houvesse nascido na Terra. Bate-lhe o coração,
funcionam-lhe os pulmões, ele vai e vem, conversa e também ouve o que lhe
falam. (Pág. 199)
196. Delanne resumiu em nove itens as informações que a
observação e a experiência permitiram reunir a respeito do ser humano:
1º. o ser humano pode desdobrar-se em duas partes: o corpo
e a alma;
2º. a alma, separada do corpo, reproduz exatamente a sua
imagem;
3º. as manifestações anímicas independem do corpo físico;
4º. a aparição pode denotar todos os graus de
materialidade, desde a de uma simples aparência até a de uma realidade
concreta;
5º. a forma fluídica da alma pode ser fotografada;
6º. a forma fluídica da alma pode deixar marcas ou moldes;
7º. durante a vida, a alma pode perceber sensações, sem o
concurso dos órgãos dos sentidos;
8º. a forma fluídica reproduz não só o exterior, mas toda a
constituição interna do ser;
9º. a morte não destrói a alma, que subsiste com todas as
suas faculdades psíquicas e com um organismo dotado de todas as leis biológicas
do ser humano. (Pág. 200)
197. Que se deve concluir de todos esses fatos? Em primeiro
lugar, observa Delanne, somos forçados a admitir que o corpo e a alma são duas
entidades absolutamente distintas, que se podem separar, e que o organismo
físico não passa de um envoltório que se torna inerte, logo que o princípio
pensante se separa dele. (Pág. 201)
198. Os fatos demonstraram, de forma muito clara, a
sobrevivência da alma à morte, comprovando cientificamente a imortalidade, que
foi, com certeza, a mais importante e a mais fecunda descoberta do século 19,
porquanto chegar a conhecimentos positivos sobre o amanhã da morte é
revolucionar a humanidade inteira, dando à moral uma base científica e uma
sanção natural, à revelia de todo e qualquer credo dogmático e arbitrário.
(Pág. 202)
199. Sem dúvida, mesmo quando essas consoladoras certezas
tiverem penetrado as massas humanas, a humanidade não se achará só por isso
bruscamente mudada, nem se tornará melhor subitamente; disporá, todavia, da
mais forte alavanca que possa existir para derribar o montão de erros
acumulados desde há seis mil anos. Então a vida futura se tornará tão evidente
quanto a claridade do Sol e se compreenderá que a Terra não é mais do que um
degrau nos destinos do homem; que alguma coisa de mais útil há do que a
satisfação dos apetites materiais, e que cada um terá que conseguir, a todo custo,
refrear suas paixões e domar seus vícios. Eis os benefícios indubitáveis que o
Espiritismo traz consigo. (Pág. 202)
200. Não tendo sido possível submeter o perispírito aos
reativos ordinários, forçoso é que nos atenhamos à observação e ao que os Espíritos
hão dito a seu respeito. (Pág. 203)
201. Antes de tudo, não se pode esquecer que a observação
comprovou que existe uma matéria invisível aos olhares humanos e que, no
entanto, pode impressionar uma chapa fotográfica, mesmo na mais absoluta
obscuridade, como se deu com a célebre experiência em que Aksakof fotografou um
Espírito em completa escuridão. (Págs. 203 e 204)
Respostas às
questões preliminares
A. Em um
Espírito materializado é possível auscultar-lhe os batimentos cardíacos?
Sim. O Espírito materializado é, por completo, um ser que
vive temporariamente, como se houvesse nascido na Terra. Bate-lhe o coração,
funcionam-lhe os pulmões, ele vai e vem, conversa e também ouve o que lhe
falam. (A Alma é Imortal, págs. 197 a
199.)
B. Delanne
sintetizou em nove itens as informações obtidas com base na investigação dos
fenômenos espíritas. Quais foram as conclusões de Delanne?
Eis o que Delanne concluiu: 1º. o ser humano pode
desdobrar-se em duas partes: o corpo e a alma; 2º. a alma, separada do corpo,
reproduz exatamente a sua imagem; 3º. as manifestações anímicas independem do
corpo físico; 4º. a aparição pode denotar todos os graus de materialidade,
desde a de uma simples aparência até a de uma realidade concreta; 5º. a forma
fluídica da alma pode ser fotografada; 6º. a forma fluídica da alma pode deixar
marcas ou moldes; 7º. durante a vida, a alma pode perceber sensações, sem o
concurso dos órgãos dos sentidos; 8º. a forma fluídica reproduz não só o
exterior, mas toda a constituição interna do ser; 9º. a morte não destrói a
alma, que subsiste com todas as suas faculdades psíquicas e com um organismo
dotado de todas as leis biológicas do ser humano. (Obra citada, págs. 200 a
202.)
C. Seria
possível fotografar um Espírito em ambiente de completa escuridão?
Sim. A observação comprovou que existe uma matéria
invisível aos olhares humanos e que, no entanto, pode impressionar uma chapa
fotográfica, mesmo na mais absoluta obscuridade, como se deu com a célebre
experiência em que Aksakof fotografou um Espírito em completa escuridão. (Obra
citada, págs. 202 a 204.)
Observação:
Eis os links que remetem
aos três últimos textos:
Parte 15 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/07/a-alma-eimortal-gabriel-delanne-parte.html
Parte 16 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/07/a-alma-eimortal-gabriel-delanne-parte_13.html
Parte 17 – https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/07/a-alma-eimortal-gabriel-delanne-parte_20.html
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