sexta-feira, 27 de julho de 2018




A Alma é Imortal

Gabriel Delanne

Parte 18

Continuamos o estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Esperamos que este estudo sirva para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 


Questões preliminares

A. Em um Espírito materializado é possível auscultar-lhe os batimentos cardíacos?
B. Delanne sintetizou em nove itens as informações obtidas com base na investigação dos fenômenos espíritas. Quais foram as suas conclusões?
C. Seria possível fotografar um Espírito em ambiente de completa escuridão?

Texto para leitura

190. Encerrando este capítulo, Delanne reitera o fato de que a realidade da alma se impõe como corolário obrigatório do fenômeno de desdobramento. Esse “eu” que se desloca não é uma substância incorpórea, é um ser bem definido, com um organismo que reproduz os traços do corpo material. (Pág. 197)
191. O grau de materialidade do perispírito varia: ora é uma simples névoa branca que desenha os traços, atenuando-os; ora apresenta contornos muito nítidos e parece um retrato animado. Ele se mostra também, às vezes, com todos os caracteres da realidade e revela a existência de um organismo interno semelhante ao de um indivíduo vivo. (Págs. 197 e 198)
192. A distância que separe do corpo a sua alma em nada influi sobre a intensidade das manifestações. (Pág. 198)
193. As aparições de vivos são, em geral, bastante demonstrativas, mas, dada a sua espontaneidade, se opõem a toda pesquisa metódica. O mesmo não se dá quando as aparições se produzem nas sessões espíritas, porque aí todas as precauções são tomadas para se verificar cuidadosamente a sua objetividade. A fotografia é uma dessas formas de comprovação. (Pág. 199)
194. Tem-se fotografado o corpo fluídico durante a vida e depois da morte, o que fornece a certeza absoluta de que a alma existe sempre, antes e depois da morte. A continuidade do ser se revela claramente pelas aparições que se verificam algumas horas depois da morte. O perispírito que acaba de desligar-se do corpo lhe retraça fielmente não só a imagem, como também a configuração física, que se patenteia pelas marcas que deixa no papel enegrecido e pelas moldagens. (Pág. 199)
195. O Espírito materializado é, por completo, um ser que vive temporariamente, como se houvesse nascido na Terra. Bate-lhe o coração, funcionam-lhe os pulmões, ele vai e vem, conversa e também ouve o que lhe falam. (Pág. 199)
196. Delanne resumiu em nove itens as informações que a observação e a experiência permitiram reunir a respeito do ser humano:
1º. o ser humano pode desdobrar-se em duas partes: o corpo e a alma;
2º. a alma, separada do corpo, reproduz exatamente a sua imagem;
3º. as manifestações anímicas independem do corpo físico;
4º. a aparição pode denotar todos os graus de materialidade, desde a de uma simples aparência até a de uma realidade concreta;
5º. a forma fluídica da alma pode ser fotografada;
6º. a forma fluídica da alma pode deixar marcas ou moldes;
7º. durante a vida, a alma pode perceber sensações, sem o concurso dos órgãos dos sentidos;
8º. a forma fluídica reproduz não só o exterior, mas toda a constituição interna do ser;
9º. a morte não destrói a alma, que subsiste com todas as suas faculdades psíquicas e com um organismo dotado de todas as leis biológicas do ser humano. (Pág. 200)
197. Que se deve concluir de todos esses fatos? Em primeiro lugar, observa Delanne, somos forçados a admitir que o corpo e a alma são duas entidades absolutamente distintas, que se podem separar, e que o organismo físico não passa de um envoltório que se torna inerte, logo que o princípio pensante se separa dele. (Pág. 201)
198. Os fatos demonstraram, de forma muito clara, a sobrevivência da alma à morte, comprovando cientificamente a imortalidade, que foi, com certeza, a mais importante e a mais fecunda descoberta do século 19, porquanto chegar a conhecimentos positivos sobre o amanhã da morte é revolucionar a humanidade inteira, dando à moral uma base científica e uma sanção natural, à revelia de todo e qualquer credo dogmático e arbitrário. (Pág. 202)
199. Sem dúvida, mesmo quando essas consoladoras certezas tiverem penetrado as massas humanas, a humanidade não se achará só por isso bruscamente mudada, nem se tornará melhor subitamente; disporá, todavia, da mais forte alavanca que possa existir para derribar o montão de erros acumulados desde há seis mil anos. Então a vida futura se tornará tão evidente quanto a claridade do Sol e se compreenderá que a Terra não é mais do que um degrau nos destinos do homem; que alguma coisa de mais útil há do que a satisfação dos apetites materiais, e que cada um terá que conseguir, a todo custo, refrear suas paixões e domar seus vícios. Eis os benefícios indubitáveis que o Espiritismo traz consigo. (Pág. 202)
200. Não tendo sido possível submeter o perispírito aos reativos ordinários, forçoso é que nos atenhamos à observação e ao que os Espíritos hão dito a seu respeito. (Pág. 203)
201. Antes de tudo, não se pode esquecer que a observação comprovou que existe uma matéria invisível aos olhares humanos e que, no entanto, pode impressionar uma chapa fotográfica, mesmo na mais absoluta obscuridade, como se deu com a célebre experiência em que Aksakof fotografou um Espírito em completa escuridão. (Págs. 203 e 204) 

Respostas às questões preliminares

A. Em um Espírito materializado é possível auscultar-lhe os batimentos cardíacos?
Sim. O Espírito materializado é, por completo, um ser que vive temporariamente, como se houvesse nascido na Terra. Bate-lhe o coração, funcionam-lhe os pulmões, ele vai e vem, conversa e também ouve o que lhe falam. (A Alma é Imortal, págs. 197 a 199.)
B. Delanne sintetizou em nove itens as informações obtidas com base na investigação dos fenômenos espíritas. Quais foram as conclusões de Delanne?
Eis o que Delanne concluiu: 1º. o ser humano pode desdobrar-se em duas partes: o corpo e a alma; 2º. a alma, separada do corpo, reproduz exatamente a sua imagem; 3º. as manifestações anímicas independem do corpo físico; 4º. a aparição pode denotar todos os graus de materialidade, desde a de uma simples aparência até a de uma realidade concreta; 5º. a forma fluídica da alma pode ser fotografada; 6º. a forma fluídica da alma pode deixar marcas ou moldes; 7º. durante a vida, a alma pode perceber sensações, sem o concurso dos órgãos dos sentidos; 8º. a forma fluídica reproduz não só o exterior, mas toda a constituição interna do ser; 9º. a morte não destrói a alma, que subsiste com todas as suas faculdades psíquicas e com um organismo dotado de todas as leis biológicas do ser humano. (Obra citada, págs. 200 a 202.)
C. Seria possível fotografar um Espírito em ambiente de completa escuridão?
Sim. A observação comprovou que existe uma matéria invisível aos olhares humanos e que, no entanto, pode impressionar uma chapa fotográfica, mesmo na mais absoluta obscuridade, como se deu com a célebre experiência em que Aksakof fotografou um Espírito em completa escuridão. (Obra citada, págs. 202 a 204.)

Observação:
Eis os links que remetem aos três últimos textos:





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