Influência dos Espíritos nos acontecimentos da vida
Este é o módulo 89 de uma série que esperamos
sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo
compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
1. Os Espíritos exercem alguma influência sobre os
acontecimentos da vida?
2. A influência dos Espíritos sobre nós é sempre
boa?
3. Qual tem sido a causa de inúmeras obsessões,
sobretudo das mais graves?
4. Os Benfeitores Espirituais nos podem auxiliar
com vistas à anulação das forças perturbadoras que eventualmente nos ameacem?
5. Qual é, segundo o Espiritismo, a base de todos
os serviços de intercâmbio entre encarnados e desencarnados?
Texto para leitura
É muito grande a influência dos Espíritos sobre as coisas deste mundo
1. Os homens imaginam erradamente que cabe aos
Espíritos tão somente manifestar sua presença por meio de fenômenos
extraordinários. Supomo-los dotados de recursos miraculosos, sempre armados de
uma varinha mágica, o que é obviamente um equívoco. Sua influência oculta nas
coisas de nosso mundo é, no entanto, muito grande, quer aconselhando-nos
diretamente, quer inspirando-nos a fazer tal ou tal coisa, com o cuidado de
jamais atuarem fora das leis da Natureza.
2. Assim é que, provocando, por exemplo, o
encontro de duas pessoas, que evidentemente atribuirão o fato ao acaso;
inspirando a alguém a ideia de passar por determinado lugar; chamando a atenção
de alguém para determinado ponto, se disso resulta o que tenham em vista, obram
eles de tal maneira que o homem, supondo obedecer a um impulso próprio,
conserva sempre seu livre-arbítrio.
3. Como o meio em que atuam e o modo como o fazem
diferem do que estamos acostumados a ver no estado de encarnação, diferentes
são também os efeitos, que parecem sobrenaturais unicamente porque se produzem
com o auxílio de agentes que não são iguais àqueles de que nos servimos. Desde,
porém, que esses agentes pertencem igualmente à Natureza e as manifestações se
dão em virtude de leis estabelecidas pelo Criador, nada existe de sobrenatural
ou de maravilhoso em suas manifestações e ações sobre os acontecimentos da
vida.
4. Como pertencem à ordem natural das coisas, os
fenômenos espíritas têm-se produzido em todos os tempos. Consistem eles nos
diferentes modos de manifestação dos Espíritos. É por suas manifestações que o
Espírito revela sua existência, sua sobrevivência, sua individualidade.
A vingança é a causa de muitas obsessões, sobretudo das mais graves
5. A influência dos Espíritos nos acontecimentos
da vida pode ser boa ou má; isso depende apenas da natureza do agente. Os
Espíritos superiores só fazem o bem; daí é fácil deduzir que sua influência é
sempre benéfica à criatura humana.
6. Os Espíritos levianos e zombeteiros se
comprazem em causar aborrecimentos, que devem ser levados à conta de provas
para a nossa paciência.
7. Os Espíritos impuros, como são incapazes de
perdoar o mal que lhes tenham feito, continuam após a desencarnação a exercer a
vingança que hajam iniciado ou concebido ainda durante a encarnação. Está aí –
na vingança – a causa de muitas obsessões, especialmente das mais graves, tão
conhecidas no meio espírita.
8. Aprendemos no Espiritismo que, embora a nossa
disposição interior constitua fator relevante para a neutralização da
influência negativa exercida por nossos adversários encarnados ou
desencarnados, a intercessão dos Benfeitores Espirituais é indiscutível, real e
valiosíssima no trabalho de anulação das forças perturbadoras que rondam e
ameaçam quantos se proponham a crescer espiritualmente.
A base do intercâmbio entre nós e os Espíritos repousa na mente
9. Espíritos benfazejos procuram inspirar-nos para
o bem. Espíritos imperfeitos buscam induzir-nos ao mal. Os primeiros cumprem
missão renovadora, em favor da Humanidade; são os chamados Missionários do
amor. Os segundos influenciam-nos em sentido contrário, mas na indução para o
mal, não cumprem missão alguma; são somente instrumentos da sombra.
10. É preciso, porém, ter em conta que a maioria
dos males que nos acontecem depende de nós mesmos evitá-los ou, quando menos,
atenuá-los, porque Deus nos concedeu inteligência para dela nos servirmos e,
por meio dela, obter o auxílio dos Espíritos superiores.
11. Para que um Espírito, seja bom ou mau,
influencie alguém e, assim agindo, interfira nos acontecimentos da vida, é
preciso haja sintonia entre ele e a pessoa visada. E a base de todos os
serviços de intercâmbio, entre encarnados e desencarnados, repousa na
mente.
12. Cada alma – assevera Emmanuel - vive no clima
espiritual que elegeu. Em face disso, os nossos companheiros na Terra ou no
Além são aqueles que escolhemos com as nossas solicitações interiores, visto
que, segundo sábias palavras de Jesus, “nosso tesouro estará sempre onde
colocarmos o coração”.
Respostas às questões propostas
1. Os Espíritos exercem alguma influência sobre os acontecimentos da
vida?
Sim. Sua influência oculta nas coisas de nosso
mundo é muito grande, quer aconselhando-nos diretamente, quer inspirando-nos a
fazer tal ou tal coisa, com o cuidado de jamais atuarem fora das leis da
Natureza.
2. A influência dos Espíritos sobre nós é sempre boa?
Nem sempre. A influência dos Espíritos nos
acontecimentos da vida pode ser boa ou má; isso depende da natureza do agente.
Os Espíritos superiores só fazem o bem; daí é fácil deduzir que sua influência
é sempre benéfica à criatura humana. Os Espíritos levianos e zombeteiros se
comprazem em causar aborrecimentos, que devem ser levados à conta de provas
para a nossa paciência. Os Espíritos impuros, incapazes de perdoar o mal que
lhes tenham feito, podem, mesmo após sua desencarnação, desejar vingar-se.
3. Qual tem sido a causa de inúmeras obsessões, sobretudo das mais
graves?
A vingança.
4. Os Benfeitores Espirituais nos podem auxiliar com vistas à anulação
das forças perturbadoras que eventualmente nos ameacem?
Sim. Embora nossa disposição interior seja o fator
determinante para a neutralização da influência negativa exercida por nossos
adversários, a intercessão dos Benfeitores Espirituais é indiscutível, real e
valiosíssima no trabalho de anulação das forças perturbadoras que rondam e
ameaçam quantos se proponham a crescer espiritualmente.
5. Qual é, segundo o Espiritismo, a base de todos os serviços de
intercâmbio, entre encarnados e desencarnados?
A base de todos os serviços de intercâmbio, entre
encarnados e desencarnados, repousa na mente. Para que um Espírito, seja bom ou
mau, influencie alguém e, assim, interfira nos acontecimentos da vida, é
preciso que haja sintonia entre ele e a pessoa visada. Em face disso, nossos
companheiros na Terra ou no Além são aqueles que escolhemos com as nossas
solicitações interiores, visto que, segundo sábias palavras de Jesus, “nosso
tesouro estará sempre onde colocarmos o coração”.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan
Kardec, questões 525 a 532.
A Gênese, de Allan Kardec, cap. XIII, itens 6 a 9.
Roteiro, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, cap.
28, pp. 119 a 121.
E a vida continua, de André Luiz,
psicografado por Chico Xavier, cap. 25.
O Pensamento de Emmanuel, de Martins
Peralva, pp. 150 e 233.
Observação:
Eis os links que remetem aos
3 últimos textos:
Módulo 86 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/06/o-papel-do-perispirito-em-nossa-vida.html
Módulo 87 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/07/vestimenta-dos-espiritos-este-e-o.html
Módulo 88 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/07/telepatia-e-pressentimentos-este-e-o.html
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