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sexta-feira, 24 de agosto de 2018




A Alma é Imortal

Gabriel Delanne

Parte 22

Continuamos o estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo sirva para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. A força da gravidade também se exerce sobre o perispírito?
B. É verdade que William Crookes, ao cabo de três anos de investigações, conseguiu fotografar ao mesmo tempo o Espírito de Katie King e a médium Florence Cook?
C. Como distinguir o desdobramento do duplo do médium com a aparição de um Espírito? 

Texto para leitura

236. Aplicando esses conhecimentos às moléculas materiais, que são animadas também de um movimento duplo, de oscilação e de rotação, possível nos será imaginar, para cada uma delas, um movimento de rotação bastante rápido para que a força centrífuga desenvolvida anule a de gravitação. Nesse momento, a matéria se tornará imponderável. Aplicado o raciocínio à matéria fluídica, em que a rarefação é mais acentuada do que nos gases, é fácil compreender por que a matéria perispirítica é imponderável. (Págs. 247 a 249)
237. Concluindo, diz Delanne que os fluidos formativos da atmosfera terrestre têm uma densidade bastante fraca, mas suficiente para os reter em nossa esfera de atração. Decorre daí o motivo pelo qual a alma, revestida do seu corpo fluídico, não pode abalar para o infinito, no momento em que a morte a libera da prisão carnal. Somente quando se ache terminada a sua evolução terrenal, quando o perispírito estiver suficientemente desprendido dos fluidos grosseiros que o tornam pesado, é que o Espírito poderá gravitar para outras regiões e abandonar, afinal, o seu berço. (Pág. 249)
238. À vista dos volumosos arquivos do Espiritismo contendo relatórios promanantes de homens de ciência universalmente estimados, seria necessária a mais insigne má-fé para não se reconhecer o imenso alcance dessas experiências. Evidentemente, isso não quer dizer que devamos aceitar todas as afirmações espíritas que nos forem feitas, porque é preciso, sobretudo nessas matérias, nos mostremos excessivamente severos quanto ao valor dos testemunhos e proceder a uma seleção rigorosa no acervo das observações. (Pág. 252)
239. Em todos os relatos sérios já publicados sobre as materializações, a primeira parte da narrativa é consagrada à descrição das providências tomadas para evitar o embuste, sempre suspeitável, porque todo o cuidado ainda é pouco. Vejam-se por exemplo as clássicas pesquisas de William Crookes: só ao cabo de três anos de investigações, feitas na maioria em sua própria casa, conseguiu ele ver e fotografar simultaneamente o Espírito e a médium, certificando-se assim de que a aparição não era devida a um disfarce de Florence Cook. (Pág. 253)
240. Após relatar algumas das providências tomadas pelos mais célebres investigadores, Delanne fala dos moldes de membros corporais obtidos nas sessões e acrescenta as razões pelas quais é impossível aí a fraude. (Pág. 255)
241. Seria a aparição um desdobramento do médium? Em muitos casos, sim, é isso que se dá; contudo é muito simples distinguir-se uma bilocação do médium de uma materialização de Espírito. Se o fantasma se parecer com o médium, tudo indica que se trata da exteriorização do seu perispírito. (Pág. 255)
242. O Sr. Brackett diz ter visto centenas de formas materializadas e, em muitos casos, o duplo fluídico do médium se lhe assemelhava tanto, que parecia ser o próprio médium, então em sono profundo. (Pág. 256)
243. Nos fenômenos de transfiguração, em que a aparição modifica o seu aspecto, Delanne entende que o fato provém da ação do Espírito cujos traços são reproduzidos, uma vez que o médium desconhece, na maioria dos casos, o desencarnado que assim se manifesta. (Págs. 257 e 258)
244. Ora, se é o duplo do médium que tenta fazer que o tomem por um defunto, impossível lhe será falar na língua que em vida o morto usava, desde que não conheça tal idioma. Em apoio a essa explicação, Delanne relata vários casos ilustrativos, extraídos do livro Animismo e Espiritismo, do Sr. Aksakof. (Págs. 259 e 260)

Respostas às questões preliminares

A. A força da gravidade também se exerce sobre o perispírito?
Evidentemente. Segundo Delanne, os fluidos formativos da atmosfera terrestre têm uma densidade bastante fraca, mas suficiente para os reter em nossa esfera de atração. Decorre daí o motivo pelo qual a alma, revestida do seu corpo fluídico, não pode abalar para o infinito, no momento em que a morte a libera da prisão carnal. (A Alma é Imortal, págs. 247 a 249.)
B. É verdade que William Crookes, ao cabo de três anos de investigações, conseguiu fotografar ao mesmo tempo o Espírito de Katie King e a médium Florence Cook?
Sim. William Crookes conseguiu ver e fotografar simultaneamente o Espírito de Katie King e a médium, certificando-se assim de que a aparição não era devida a um disfarce de Florence Cook.  (Obra citada, págs. 252 e 253.)
C. Como distinguir o desdobramento do duplo do médium com a aparição de um Espírito? 
É muito simples distinguir-se uma bilocação do médium de uma materialização de Espírito. Se o fantasma se parecer com o médium, tudo indica que se trata da exteriorização do seu perispírito. O Sr. Brackett, por exemplo, diz ter visto centenas de formas materializadas e, em muitos casos, o duplo fluídico do médium se lhe assemelhava tanto, que parecia ser o próprio médium, então em sono profundo. (Obra citada, págs. 255 a 260.) 

Observação:
Eis os links que remetem aos três últimos textos:






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