A Alma é
Imortal
Gabriel Delanne
Parte 20
Continuamos o estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo sirva para o leitor como uma forma
de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Segundo as ciências físicas, que diferenças existem
entre os estados sólido e gasoso de uma substância qualquer, como a água?
B. De que é formada a atmosfera espiritual da Terra?
C. Podemos dizer que, apesar de intangíveis e invisíveis
aos nossos olhos, os fluidos são tão reais quanto o ar que nos circunda?
Texto para
leitura
210. Abrindo este capítulo, Delanne diz que seu objetivo é
mostrar que os principais ensinos do Espiritismo decorrem de estudos
minuciosos, harmônicos com as concepções modernas e constituindo uma filosofia
religiosa de imponente realidade. Dito isso, ele passa a reportar, de forma
reduzida, as informações contidas no cap. VI, “Uranografia geral”, de A Gênese, de Allan Kardec, a respeito do
espaço, do tempo e da matéria. (Págs. 212 e seguintes)
211. A par dos textos extraídos d’ A Gênese, o autor consignou nesta obra algumas informações
interessantes sobre o assunto: I) Tales de Mileto reconheceu a esfericidade da
Terra e a causa dos eclipses. II) Pitágoras ensinava o movimento diurno da
Terra sobre seu eixo e seu movimento anual em torno do Sol, e ligou os planetas
e os cometas ao sistema solar. III) Segundo Sir Charles Lyell, que empregou os
métodos usados em Geologia, mais de 300 milhões de anos transcorreram depois da
solidificação das camadas superficiais do globo terrestre. (Págs. 214 a 216)
212. As ciências físicas admitem – diz Delanne – que todos
os corpos têm suas moléculas animadas de duplo movimento: de translação ou
oscilação em torno de uma posição mediana e de libração (balanço) ou de rotação
em torno de um ou de muitos eixos. Esses movimentos se efetuam sob a influência
da lei de atração. (Pág. 220)
213. Nos sólidos, as moléculas se encontram dispostas
segundo um sistema de equilíbrio ou de orientação estável; nos líquidos, acham-se
em equilíbrio instável; nos gases, encontram-se em movimento de rotação e em
perpétuo conflito umas com as outras. (Págs. 220 e 221)
214. Todos os corpos da Natureza se acham submetidos a
essas leis: seja a asa de uma borboleta, a pétala de uma rosa, o rosto de uma
donzela, o ar, o mar, ou o solo, tudo vibra, gira, se balança ou se move.
Repouso é, na Natureza, palavra carente de sentido. (Pág. 221)
215. Fechando o capítulo, Delanne disserta sobre as
famílias químicas e lembra que todos os tecidos dos vegetais e dos animais são
formados basicamente de combinações variadas de quatro gases apenas: o
hidrogênio, o oxigênio, o carbono e o nitrogênio, aos quais se adicionam fracas
quantidades de corpos sólidos em número muito reduzido. (Págs. 221 a 224)
216. Em suma, diz Delanne, a ideia de uma matéria única,
donde necessariamente tudo o mais derivaria, é também admitida pelos sábios, e
os Espíritos que a preconizaram estão, pois, de acordo com a ciência
contemporânea. (Pág. 225)
217. Delanne de novo se reporta ao cap. VI de A Gênese, de Allan Kardec, parte do qual
ele transcreve. Um fluido etéreo, dizem os Espíritos, enche o espaço e penetra
os corpos. Esse fluido é a matéria cósmica primitiva, geratriz do mundo e dos
seres. A Natureza – assevera Delanne – jamais está em oposição a si mesma, e
uma só é a divisa no brasão do Universo: Unidade. (Pág. 227)
218. Escapa ao homem o poder de criar qualquer parcela de
energia ou destruir a que existe. Transformar um movimento em outro é tudo o
que está ao seu alcance. Assim, não se pode criar a energia e firmado está que
ela não se destrói. (Pág. 228)
219. Pertence ao médico J. R. Mayer, de Heilbronn, a Colding
e ao físico Joule o mérito de haverem demonstrado que nem uma só fração de
energia se perde e que é invariável a quantidade total de energia de um sistema
fechado. (Pág. 228)
220. Para dissertar sobre o mundo espiritual, Delanne se
vale de parte do cap. XIX, “Os fluidos”, de A
Gênese, em que Allan Kardec mostra que os fluidos mais próximos da
materialidade compõem a atmosfera espiritual da Terra e é desse meio que os
Espíritos encarnados ou desencarnados extraem os elementos necessários às suas
existências. (Pág. 231).
221. A solidificação da matéria mais não é – segundo a obra
citada – do que um estado transitório do fluido universal, que pode volver ao
seu estado primitivo, quando deixarem de existir as condições de coesão. (Pág.
232)
222. É preciso – diz Delanne – que o público, ao ouvir-nos
falar de fluidos, se habitue a não ver nessa expressão um termo vago, destinado
a mascarar a nossa ignorância. Que todos fiquem bem persuadidos de que estamos
constantemente mergulhados numa atmosfera invisível, intangível aos nossos
sentidos, mas tão real quanto o próprio ar. (Pág. 233)
223. Se estudando a matéria gasosa, chegamos a imaginar
certos estados transcendentes, que não se dirá do estado radiante, em que os
átomos se movem a velocidades fantásticas? E tudo isso dentro dos limites da
matéria conhecida! (Pág. 235)
224. Nas primeiras idades da ciência, parecia que as forças
eram separadas e que o número delas se multiplicava ao infinito. Pouco a pouco,
porém, se reconheceu que efeitos diferentes podem derivar de uma causa única.
Newton identificou a gravidade e a atração, observando na queda da maçã e na
manutenção do astro em sua órbita efeitos de uma mesma causa: a gravitação
universal. Ampère demonstrou que o magnetismo é apenas uma forma de eletricidade.
(Págs. 236 e 237)
Respostas às
questões preliminares
A. Segundo as
ciências físicas, que diferenças existem entre os estados sólido e gasoso de
uma substância qualquer, como a água?
Os tecidos dos vegetais e dos animais são formados
basicamente de combinações variadas de quatro gases: o hidrogênio, o oxigênio,
o carbono e o nitrogênio, aos quais se adicionam fracas quantidades de corpos
sólidos em número muito reduzido. Segundo a ciência, todos os corpos têm suas
moléculas animadas de duplo movimento: de translação ou oscilação em torno de
uma posição mediana e de libração ou de rotação em torno de um ou de muitos
eixos. Esses movimentos se efetuam sob a influência da lei de atração. Nos
sólidos, as moléculas se encontram dispostas segundo um sistema de equilíbrio
ou de orientação estável; nos líquidos, acham-se em equilíbrio instável, e aí
está a diferença entre os dois estados. (A
Alma é Imortal, págs. 214 a 221.)
B. De que é
formada a atmosfera espiritual da Terra?
A atmosfera espiritual da Terra é formada pelos fluidos
mais próximos da materialidade. (Obra citada, págs. 227 a 232.)
C. Podemos
dizer que, apesar de intangíveis e invisíveis aos nossos olhos, os fluidos são
tão reais quanto o ar que nos circunda?
Sim. É preciso – diz Delanne – que o público, ao ouvir-nos
falar de fluidos, se habitue a não ver nessa expressão um termo vago, destinado
a mascarar a nossa ignorância. Estamos todos constantemente mergulhados numa
atmosfera invisível, intangível aos nossos sentidos, mas tão real quanto o
próprio ar. (Obra citada, págs. 233 a 237.)
Observação:
Eis os links que remetem
aos três últimos textos:
Parte 17 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/07/a-alma-eimortal-gabriel-delanne-parte_20.html
Parte 18 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/07/a-alma-eimortal-gabriel-delanne-parte_27.html
Parte 19 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/08/a-alma-eimortal-gabriel-delanne-parte.html
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