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sexta-feira, 21 de setembro de 2018




A Alma é Imortal

Gabriel Delanne

Parte 26

Continuamos o estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo sirva para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Um único poder existe soberano no espaço imponderável, onde vibra toda a gama de fluidos. Que poder é esse?
B. A ação da sugestão mental pode realizar-se a distância, sem contato entre o operador e o paciente?
C. Como explicar o fato pelo qual os Espíritos se apresentam revestidos de túnicas, de amplas roupagens, ou mesmo de suas roupas costumeiras?

Texto para leitura

278. À vista do que nos ensina a Ciência atual, vemos que temos de considerar tudo o que existe – matéria e força – como rigorosamente eterno. O que pode mudar é a forma. As palavras criação e destruição perderam o sentido primitivo: significam unicamente a passagem de uma forma a outra, porque não é a matéria que desaparece, mas sim a forma que a individualizava. (Pág. 286)
279. Os seres vivos se decompõem por ocasião da morte com certa facilidade, o que não se dá no mundo mineral, em que as combinações são mais estáveis. Para separar um pedaço de carvão que se combinou com o oxigênio, formando o ácido carbônico, é preciso uma temperatura de 1.200 graus. No que concerne aos corpos simples, tem-se verificado que nenhuma temperatura neste mundo é capaz de os decompor. Unicamente o calor do Sol o consegue com relação a alguns deles. Torna-se fácil compreender que a matéria primitiva, donde eles provêm, é absolutamente irredutível e, como não pode aniquilar-se, rigorosamente indestrutível. (Págs. 286 e 287)
280. Essa matéria primordial constitui a base do universo físico, gozando do mesmo estado de perenidade o perispírito, que é dela formado. Por outro lado, a alma é uma unidade indivisível. Unida à substância perispirítica, que coisa nenhuma pode destruir, somente a vontade a pode modificar, expurgando-a dos fluidos grosseiros de que se satura no começo de sua evolução. As vidas múltiplas são o cadinho purificador. A cada passagem por ele, o Espírito sai do invólucro corpóreo mais purificado e, quando tiver vencido as contingências da matéria, achar-se-á liberto das atrações terrenas, desferindo o voo para outras regiões menos primitivas. (Págs. 287 e 288)
281. Nesse mundo do espaço, nesse meio imponderável, onde vibra toda a gama dos fluidos, um único poder existe soberano: o da vontade. Sob sua ação, a matéria fluídica se lhe curva a todas as fantasias. A alma que se haja tornado bastante sábia para os manipular, realiza tudo o que lhe possa aflorar à imaginação. (Pág. 288)
282. A vontade – assevera Delanne – é uma faculdade do Espírito. Ela existe positivamente como potência e pode agir não somente na esfera do corpo, como projetar a distância sua energia. (Pág. 290)
283. A influência da vontade sobre os músculos do corpo é conhecida. A experiência comprova que esse poder pode chegar até mesmo a vencer as enfermidades. Delanne menciona vários fatos e mostra ainda como a vontade de um operador pode mudar a matéria do corpo de um paciente, em sentido favorável ou nefasto. (Págs. 290 a 294)
284. Delanne diz que a influência de um hipnotizador sobre seu paciente é fato que dispensa hoje qualquer demonstração. E mesmo o que foi no passado muito contestado, que é a ação da vontade a distância, encontra-se atualmente perfeitamente documentado, como referem os pesquisadores Dr. Husson, Pierre Janet e Ochorowicz. (Págs. 294 a 297)
285. Reconhecendo que a sugestão mental pode ser exercida a distância, sem contato entre o operador e o paciente, Pierre Janet diz não saber explicá-la. Ora – diz Delanne –, o ser humano possui uma força nervosa que pode exteriorizar-se. Assim, entre o operador e o paciente se cria um laço fluídico, que transmite ao segundo a vontade do primeiro. Nisso nada há que possa surpreender. Afinal, a telegrafia sem fio também deixou de ser um mito para tornar-se um fato experimentalmente demonstrado. (Pág. 296)
286. Eis-nos armados, assim, dos conhecimentos necessários para explicar como os Espíritos se apresentam revestidos de túnicas, de amplas roupagens, ou, mesmo, de suas roupas costumeiras. Era preciso primeiro demonstrar o poder da vontade fora do corpo. (Pág. 297)
287. Os fluidos, é bom lembrar, são formas rarefeitas da matéria. O Espírito haure da matéria cósmica, ou fluido universal, os elementos de que necessita para formar, à sua vontade, objetos que tenham a aparência dos diversos corpos existentes na Terra. Os objetos que ele forma têm existência temporária, subordinada à sua vontade ou a uma necessidade. Note-se, porém, que ocorre formação, não criação, porquanto do nada o Espírito nada pode tirar. (Pág. 298)

Respostas às questões preliminares

A. Um único poder existe soberano no espaço imponderável, onde vibra toda a gama de fluidos. Que poder é esse?
No espaço imponderável, o único poder soberano é o da vontade. Sob sua ação, a matéria fluídica se lhe curva a todas as fantasias. A alma que se haja tornado bastante sábia para os manipular, realiza tudo o que lhe possa aflorar à imaginação. (A Alma é Imortal, págs. 286 a 288.)
B. A ação da sugestão mental pode realizar-se a distância, sem contato entre o operador e o paciente?
Sim. Apesar de ter sido contestada no passado, a ação da vontade a distância encontra-se perfeitamente documentada, como referem os pesquisadores Dr. Husson, Pierre Janet e Ochorowicz. (Obra citada, págs. 294 a 297.) 
C. Como explicar o fato pelo qual os Espíritos se apresentam revestidos de túnicas, de amplas roupagens, ou mesmo de suas roupas costumeiras?
Os fluidos são formas rarefeitas da matéria. O Espírito haure da matéria cósmica, ou fluido universal, os elementos de que necessita para formar, à sua vontade, objetos que tenham a aparência dos diversos corpos existentes na Terra. Os objetos que ele forma têm existência temporária, subordinada à sua vontade ou a uma necessidade. (Obra citada, págs. 297 e 298.)

Observação:
Eis os links que remetem aos três últimos textos:






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