Perda e suspensão da
mediunidade
Este é o módulo 107 de uma série que
esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita.
Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para
leitura.
As respostas correspondentes às
questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para
leitura.
Questões para debate
1. Pode um médium ter suspensa sua faculdade mediúnica?
2. Que motivos levariam os bons Espíritos a afastar-se de um médium?
3. O Espiritismo aprova a prática dos que leem a sorte, um fato bastante
comum em nosso país?
4. Nos casos em que os fenômenos mediúnicos são interrompidos por
benevolência do protetor espiritual, que objetivos o Benfeitor tem em vista?
5. Podemos aplicar aos atributos medianímicos a parábola dos talentos de
que nos fala o Evangelho?
Texto para leitura
Sem o concurso
simpático dos Espíritos, nada pode o médium
1. A faculdade mediúnica pode sofrer perdas e suspensões, na maioria das
vezes passageiras, qualquer que seja o tipo de mediunidade de que o médium seja
portador. Isso acontece porque a produção mediúnica ocorre graças ao concurso
simpático dos Espíritos. Sem eles, nada pode o médium, ou seja, a faculdade
continua a existir, mas os Espíritos evitam utilizar-se daquele instrumento
mediúnico, seja porque não podem, seja porque não querem.
2. Entendendo a mediunidade como um meio que Deus oferece aos homens
para sua reforma moral e consequente progresso espiritual, os bons Espíritos
afastam-se dos médiuns por vários motivos:
I. Quando o médium se serve da faculdade mediúnica para atender a coisas
frívolas ou com propósitos ambiciosos e desvirtuados do seu verdadeiro
objetivo.
II. Quando o médium não aproveita as instruções nem os conselhos que os
protetores espirituais lhe propiciam.
III. Quando a interrupção dos fenômenos se dá como uma prova de
benevolência do Benfeitor espiritual para com o médium.
A mediunidade com
Jesus edifica moralmente o homem
3. Por coisas frívolas, mencionadas no tópico anterior, entendemos, por
exemplo, a prática de ler a sorte e o trabalho costumeiramente realizado pelos
chamados ledores do futuro, fato que, infelizmente, ocorre em larga escala e
que, mais cedo ou mais tarde, levará as pessoas que o praticam a arrepender-se
amargamente, especialmente no momento em que todos nós temos de prestar contas
ao Senhor da aplicação dada aos talentos recebidos.
4. Os chamados “profissionais da mediunidade” não se agastam em receber
pagamentos, quer sob a forma de dinheiro, presentes, favores e privilégios,
quer sob a forma de dependência afetiva ou emocional.
5. A tais médiuns é sempre útil recordar estas palavras de Manoel
Philomeno de Miranda (Espírito): “... o médium, habituando-se aos negócios e
interesses de baixo teor vibratório, embrutece-se, desarmoniza-se. (...) A
mediunidade com Jesus liberta, edifica e promove moralmente o homem, enquanto
que, com o mundo, aturde, escraviza e obsidia a criatura”.
6. Os protetores espirituais aconselham-nos sempre para o bem, sugerindo
bons pensamentos ou amparando nas aflições seu tutelado; contudo, em situação
nenhuma desrespeitam o livre-arbítrio de quem quer que seja.
Os atributos
medianímicos são como os talentos do Evangelho
7. Eles se afastam quando veem que seus conselhos são inúteis e que mais
forte é, no seu protegido, a decisão de submeter-se à influência dos Espíritos
inferiores, mas jamais o abandonam completamente e sempre se fazem ouvir. É o
homem, então, quem tapa os ouvidos, porque o protetor espiritual voltará todas
as vezes em que for chamado.
8. Na interrupção dos fenômenos por ato de benevolência do protetor
espiritual, três podem ser os objetivos. Primeiro, quando o amigo espiritual
deseja provar que a comunicação mediúnica não depende do médium apenas e que,
por isso, não deve ele vangloriar-se ou envaidecer-se. Segundo, quando o médium
se encontra debilitado fisicamente e necessita de repouso. Por último, quando a
suspensão tem por objetivo pôr à prova a paciência e a perseverança do médium
ou dar-lhe tempo para meditar nas instruções recebidas dos Espíritos.
9. Em situações dessa natureza, deve o médium buscar na resignação e na
prece os recursos para retomar a prática normal de suas faculdades.
10. Como ensina Emmanuel, os atributos medianímicos são como os talentos
do Evangelho. Se o patrimônio espiritual é desviado de seus fins, o mau servo
torna-se indigno da confiança do Senhor da seara. Multiplicados no bem, os
talentos mediúnicos crescerão para Jesus, sob as bênçãos divinas, mas, se
sofrem o insulto do egoísmo, do orgulho, da vaidade e da exploração inferior,
podem deixar o intermediário do invisível entre as sombras pesadas do
estacionamento, nas mais dolorosas perspectivas de expiação, em vista do
acréscimo de seus débitos irrefletidos.
Respostas às questões
propostas
1. Pode um médium ter
suspensa sua faculdade mediúnica?
Sim. A faculdade mediúnica pode sofrer perdas e suspensões, na maioria
das vezes passageiras, qualquer que seja o tipo de mediunidade de que o médium
seja portador.
2. Que motivos
levariam os bons Espíritos a afastar-se de um médium?
Os motivos principais são três: a.) quando o médium se serve da
faculdade mediúnica para atender a coisas frívolas ou com propósitos ambiciosos
e desvirtuados do seu verdadeiro objetivo; b.) quando o médium não aproveita as
instruções nem os conselhos que os protetores espirituais lhe propiciam; c.)
quando a interrupção dos fenômenos se dá como uma prova de benevolência do
Benfeitor espiritual para com o médium.
3. O Espiritismo
aprova a prática dos que leem a sorte, um fato bastante comum em nosso país?
Não.
4. Nos casos em que
os fenômenos mediúnicos são interrompidos por benevolência do protetor
espiritual, que objetivos o Benfeitor tem em vista?
Três podem ser os objetivos: 1) provar que a comunicação mediúnica não
depende do médium apenas e que, por isso, não deve ele vangloriar-se ou
envaidecer-se; 2) possibilitar repouso nos casos em que o médium se encontra
debilitado; 3) pôr à prova a paciência e a perseverança do médium ou dar-lhe
tempo para meditar nas instruções recebidas dos Espíritos.
5. Podemos aplicar
aos atributos medianímicos a parábola dos talentos de que nos fala o Evangelho?
Sim. Os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho. Se o
patrimônio espiritual é desviado de seus fins, o mau servo torna-se indigno da
confiança do Senhor da seara. Multiplicados no bem, os talentos mediúnicos
crescerão para Jesus, sob as bênçãos divinas. Se sofrem o insulto do egoísmo,
do orgulho, da vaidade e da exploração inferior, podem deixar o intermediário
do invisível entre as sombras pesadas do estacionamento, nas mais dolorosas
perspectivas de expiação, em vista do acréscimo de seus débitos irrefletidos.
Bibliografia:
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec,
item 220.
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec,
questão 495.
Depois da Vida, de autoria de
diversos Espíritos, psicografia de Divaldo P. Franco, pp. 128 a 128.
Seara do Bem, de autoria de
Espíritos diversos, psicografia de Divaldo P. Franco, pp. 55 e 56.
Encontro Marcado, de Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, pp. 28 a 30.
O Consolador, de Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, questões 389, 402 e 411.
Novas Mensagens, de Humberto de Campos
(Espírito), psicografia de Francisco Cândido Xavier, pp. 39 a 48.
Nos Domínios da
Mediunidade, de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pp. 251 a 257.
Seara dos Médiuns, de Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, pp. 207 e 208.
Observação:
Eis os links que
remetem aos 3 últimos textos:
Módulo 105 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/11/mistificacao-eanimismo-este-e-o-modulo.html
Módulo 106 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/11/o-exercicio-irregular-da-mediunidade.html
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