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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019




A obsessão infantil e os ovoides

Este é o módulo 120 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Como as instituições espíritas podem auxiliar uma criança obsidiada?
2. Que orientações devemos dar aos pais de crianças envolvidas em processos obsessivos?
3. Que se entende, na terminologia espírita, por corpo ovoide?
4. Em que casos pode o corpo espiritual retrair-se e assumir a forma ovoide?
5. Que é preciso para que o corpo ovoide retorne à sua condição normal?

Texto para leitura

A criança obsidiada precisa ser tratada com muito carinho e atenção
1. Tal como se dá com outras enfermidades que afetam as crianças, um quadro obsessivo que as atinja desperta em todos nós um sentimento profundo de comiseração e o ímpeto de aliviá-la e protegê-la. A criança obsidiada apresenta-se inquieta, irritada, com problema de comportamento impossível de ser explicado pela Psicologia. 
2. Em verdade, as crianças acometidas pela obsessão quase sempre se encarnaram aprisionadas pelas reminiscências de existências passadas ou por lembranças dos tormentos que sofreram ou fizeram sofrer na erraticidade. A nova existência atenua bastante seus sofrimentos, constituindo oportunidade de refazimento para o Espírito, que poderá então exercitar a paciência, a resignação e a humildade.
3. As instituições espíritas podem prestar valioso auxílio às crianças obsidiadas por meio do passe e da água fluidificada, mas é imprescindível que elas sejam tratadas com muito carinho e atenção, visto que se, para as crianças em geral, carinho e atenção constituem necessidades psicológicas básicas, aquelas que padecem obsessão, justamente por estarem combalidas pelo sofrimento, têm maior necessidade de serem amadas. 
4. É fundamental, em tais casos, a orientação espírita aos pais para que entendam melhor as dificuldades próprias da situação e adquiram melhores condições de ajudar o filho e a si próprios, pois muito provavelmente são cúmplices ou desafetos do passado, agora reunidos em provação redentora.
5. Os pais devem ser orientados no sentido de fazerem o culto do Evangelho no lar, a fim de beneficiarem o ambiente doméstico com recursos advindos da espiritualidade superior. As aulas de evangelização ministradas nos Centros Espíritas podem também proporcionar à criança esclarecimentos e o conforto necessário à superação das dificuldades que enfrenta. 

O monoideísmo auto-hipnotizante pode levar o perispírito à forma ovoide
6. Várias consequências podem advir do desequilíbrio espiritual e das ideias de vingança. Uma delas, e das mais lamentáveis, é a retração do corpo espiritual num corpo ovoide, fato que pode ocorrer nos seguintes casos:
a) Espíritos desencarnados em profundo desequilíbrio, com ideia fixa em desejos de vingança ou em apegos doentios. Esses Espíritos envolvem ou influenciam aqueles que são objeto de sua perseguição ou atenção e auto-hipnotizam-se com suas próprias ideias, que se repetem indefinidamente. É o que chamamos de monoideísmo auto-hipnotizante. Em face da ocorrência, o corpo espiritual se retrai, assemelhando-se eles a ovoides imantados às suas vítimas, que, em geral, aceitam-lhes a influenciação, em face de serem portadores de sentimentos de culpa, remorso ou ódio, fatores predisponentes do fenômeno obsessivo. 
b) Grandes criminosos. Ao desencarnar, esses Espíritos poderão ver-se atormentados pela visão repetida e constante dos próprios erros, em alucinações que os tornam dementados. O pensamento vicioso pode resultar no monoideísmo auto-hipnotizante e, como no caso anterior, o corpo espiritual se retrai, tomando a forma ovoide.
c) Espíritos de selvagens. O homem selvagem, quando retorna ao plano espiritual, após a morte do corpo físico, sente-se muitas vezes atemorizado diante do desconhecido. Habituado a uma vida primitiva, só tem condições de pensar em termos da vida tribal a que se habituou e, por isso, refugia-se na choça que lhe serviu de moradia terrestre, anseia por voltar ao convívio dos seus e alimenta-se das vibrações dos que lhe são afins. Nessas condições, estabelece-se o monoideísmo, isto é, a ideia fixa. O pensamento que lhe flui da mente permanece em circuito fechado, continuamente. É o monoideísmo auto-hipnotizante.
7. Não existindo outros estímulos, os órgãos do corpo espiritual se retraem ou se atrofiam, tal como ocorre aos órgãos do corpo físico quando paralisados. Aos poucos, esses órgãos transubstanciam-se quais implementos potenciais de um germe vivo entre as paredes de um ovo. Diz-se, então, que o desencarnado perdeu seu corpo espiritual, transformando-se num corpo ovoide, que guarda consigo todos os órgãos de exteriorização da alma, tanto no plano espiritual, quando no terrestre, como a semente que traz em si a árvore do futuro.

A reencarnação é que permite aos ovoides retornar à condição normal
8. Entende-se, portanto, por ovoide a atrofia ou retração do corpo espiritual provocada pelo pensamento fixo-depressivo, em circuito fechado, no qual o Espírito desencarnado abstrai-se de tudo o mais para deter-se exclusivamente em um desejo ou em uma ideia de natureza inferiorizante. 
9. Os obsessores utilizam-se desses ovoides para intensificar o cerco às suas vítimas, imantando-os a elas. Instala-se então o chamado parasitismo espiritual, por meio do qual o obsidiado passa a viver o clima criado pelos obsessores, agravado pelas ondas mentais altamente perturbadoras dos ovoides, fato esse que constitui uma subjugação gravíssima que pode lesar o cérebro ou outros órgãos que estejam sendo visados. 
10. Somente por meio da reencarnação, juntamente com a nova forma carnal, é que o corpo espiritual em forma ovoide poderá retornar à sua condição normal, servindo a reencarnação como uma espécie de cirurgia reparadora, tal como se dá nos casos de lesões cerebrais decorrentes de atos suicidas.

Respostas às questões propostas

1. Como as instituições espíritas podem auxiliar uma criança obsidiada?
As instituições espíritas podem prestar valioso auxílio às crianças obsidiadas por meio do passe e da água fluidificada, mas é imprescindível que elas sejam tratadas com muito carinho e atenção.
2. Que orientações devemos dar aos pais de crianças envolvidas em processos obsessivos?
Os pais devem ser orientados no sentido de fazerem o culto do Evangelho no lar, a fim de beneficiarem o ambiente doméstico com recursos advindos da espiritualidade superior. As aulas de evangelização ministradas nos Centros Espíritas podem também proporcionar à criança esclarecimentos e o conforto necessário à superação das dificuldades que enfrenta. 
3. Que se entende, na terminologia espírita, por corpo ovoide?
Entende-se por ovoide a atrofia ou retração do corpo espiritual provocada pelo pensamento fixo-depressivo, em circuito fechado, no qual o Espírito desencarnado abstrai-se de tudo o mais para deter-se exclusivamente em um desejo ou em uma ideia de natureza inferiorizante. 
4. Em que casos pode o corpo espiritual retrair-se e assumir a forma ovoide?
Esse fato pode ocorrer principalmente nos casos de Espíritos desencarnados em profundo desequilíbrio, com ideia fixa em desejos de vingança ou em apegos doentios, dos Espíritos que foram na Crosta grandes criminosos e dos Espíritos de selvagens, que podem, às vezes, ficar atemorizados com sua situação post mortem.
5. Que é preciso para que o corpo ovoide retorne à sua condição normal?
O corpo espiritual em forma ovoide somente poderá retornar à sua condição normal por meio da reencarnação, que funciona, assim, como uma espécie de cirurgia reparadora, tal como se dá nos casos de lesões cerebrais decorrentes de atos suicidas.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, questões 371 a 378.
Libertação, de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, cap. VII.
Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo P. Franco, p. 30.
Obsessão/Desobsessão, de Suely Caldas Schubert, pp. 65, 66, 82 e 83.

Observação:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:





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