O Tesouro dos
Espíritas
Miguel Vives y Vives
Parte 8
Damos sequência ao estudo do clássico O Tesouro dos Espíritas, de Miguel Vives y Vives, que está sendo
aqui estudado em 16 partes, com base na tradução de J. Herculano Pires,
conforme a 6ª edição publicada pela Edicel.
Nosso objetivo é que este estudo possa servir para o leitor
como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto abaixo.
Questões preliminares
A. Diante da dor, como devem os espíritas proceder?
B. Que é que os Centros Espíritas devem fazer para atrair
os Bons Espíritos?
C. Muitos dizem: “Que sorte a minha ter conhecido o
Espiritismo!”. Como Miguel Vives analisa esse pensamento?
Texto para
leitura
90. Todo espírita submetido a grandes dores mantenha-se
forte, cheio de calma, de amor ao Pai, de resignação e de submissão à Justiça
Divina. E se a tentação o envolver, que se defenda com a prece, com o amor
pelos que sofreram por Jesus, sem esquecer jamais que, por trás da dor
suportada com alegria e calma, virá a felicidade na vida eterna. (P. 106)
91. Em nota de rodapé, Herculano Pires diz que a revolta
aumenta a dor e intensifica o sofrimento, enquanto a resignação favorece a ação
benéfica dos Bons Espíritos, sempre prontos a auxiliar os que sofrem. A prece –
diz ele – é o grande lenitivo das dores sem remédio. Por ela, o espírito em
provas estabelece ligação fluídica com os seus Benfeitores Espirituais, que lhe
darão o alívio possível e a força moral necessária para suportar a provação até
o fim. (P. 106)
92. Os Centros Espíritas – afirma Miguel Vives – devem ser
a Cátedra do Espírito da Verdade, porque, se não servirem ao Espírito de luz,
sofrerão a influência do Espírito das trevas. (P. 107)
93. Para obter o concurso dos Bons Espíritos é necessário
observar algumas regras e fazer-lhes agradável a permanência nas reuniões.
Assim, os Centros Espíritas devem ser efetivamente casas de amor, de caridade,
de indulgência, de perdão, de humildade, de abnegação, de virtude, de bondade e
de justiça, a fim de que, assim agindo, possam atraí-los.
94. O diretor de um Centro Espírita deve ser, em tudo, um
exemplo. Não deve ele olvidar que se encontra revestido de um encargo que,
embora nada seja entre os homens, é de grande importância perante Deus. (P.
110)
95. Por causa disso, todo diretor de Centro deve viver
sempre apercebido dos seus deveres, mantendo o seu pensamento bem elevado,
praticando a oração mental e tendo sempre em mente as leis divinas do
Evangelho. (P. 111)
96. Com doçura, amor e palavra persuasiva, mansa e tolerante,
deve o diretor corrigir tudo aquilo que possa ser causa de atração para o
Espírito das trevas, de maneira que este não encontre meios de interferir nos
ensinos e exortações que se recebem no Centro. (P. 112)
97. Constitui obrigação do diretor fazer que os
frequentadores da sessão estejam conscientes do ato que irão realizar, a fim de
evitar que más influências impeçam a recepção das instruções do Espírito da
Verdade. (P. 112)
98. Se o participante do Centro notar deficiências ou
descuidos de parte do diretor, não deve entregar-se à murmuração e à crítica,
mas recorrer à prudência, para saber o que pode ser relevado e o que precisa
ser corrigido. Se necessário recorrer à exortação ou à advertência, é melhor,
antes de tudo, consultar os irmãos de maior critério, prudência e caridade. (P.
113)
99. Alguns irmãos às vezes dizem: “Que sorte a minha, por
ter conhecido o Espiritismo!” Realmente, é uma grande vantagem conhecê-lo, se
quisermos bem empregar o tempo em nossa atual existência, mas esse conhecimento
nos traz também grandes deveres a cumprir, porque nós espíritas não podemos
viver como vive o comum dos mortais. (P. 114)
100. Temos de combater os nossos defeitos, adquirir
virtudes, viver apercebidos. Temos de ser a luz e o exemplo, para que os homens
admirem o Pai e se convertam, entrando na via de purificação. Mas a correção
que temos de fazer em nós mesmos, o combate aos defeitos, o abandono das
futilidades e o aperfeiçoamento das virtudes, obrigam-nos a uma auto-observação
e a um trabalho constante. (PP. 114 e 115)
101. Se nos extasiarmos com as vantagens que o Espiritismo
oferece, esquecendo-nos das obrigações que ele nos acarreta, que será de nós?
(P. 115)
Respostas às
questões preliminares
A. Diante da
dor, como devem os espíritas proceder?
Devem manter-se fortes, cheios de calma, de amor ao Pai, de
resignação e de submissão à Justiça Divina, sem esquecer jamais que, por trás
da dor suportada com alegria e calma, virá a felicidade na vida eterna. A
revolta aumenta a dor e intensifica o sofrimento, enquanto a resignação
favorece a ação benéfica dos Bons Espíritos, sempre prontos a auxiliar os que
sofrem. (O Tesouro dos Espíritas, 1ª
Parte, Guia Prático para a Vida Espírita, pág. 106.)
B. Que é que os
Centros Espíritas devem fazer para atrair os Bons Espíritos?
Para tal fim é necessário observar algumas regras e
fazer-lhes agradável a permanência nas reuniões. Assim, os Centros Espíritas
devem ser efetivamente casas de amor, de caridade, de indulgência, de perdão,
de humildade, de abnegação, de virtude, de bondade e de justiça, a fim de que,
assim agindo, possam atrair os Bons Espíritos. (Obra citada, pp. 107 a 110.)
C. Muitos
dizem: “Que sorte a minha ter conhecido o Espiritismo!”. Como Miguel Vives
analisa esse pensamento?
Diz ele que, realmente, é uma grande vantagem conhecer o
Espiritismo, se quisermos bem empregar o tempo em nossa atual existência.
Ocorre que esse conhecimento nos traz também grandes deveres a cumprir, porque
nós espíritas não podemos viver como vive o comum dos mortais. Temos de
combater nossos defeitos, adquirir virtudes, viver apercebidos. Temos de ser a
luz e o exemplo, para que os homens admirem o Pai e se convertam, entrando na
via de purificação. Mas a correção que temos de fazer em nós mesmos, o combate
aos defeitos, o abandono das futilidades e o aperfeiçoamento das virtudes,
obrigam-nos a uma auto-observação e a um trabalho constante. (Obra citada, pp.
114 e 115.)
Observação:
Eis os links que remetem aos
textos anteriores:
Parte 5 – https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/04/o-tesouro-dosespiritas-miguel-vives-y.html
Parte 6 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/04/o-tesouro-dosespiritas-miguel-vives-y_12.html
Parte 7 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/04/o-tesouro-dosespiritas-miguel-vives-y_19.html
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