O porquê da
vida
Léon Denis
Parte 5
Damos sequência ao estudo do clássico O porquê da vida, de Léon Denis, com base na 14ª edição publicada
pela Federação Espírita Brasileira. O estudo será aqui apresentado em 13
partes.
Nossa expectativa é que ele sirva para o leitor como uma
forma de iniciação ao estudo dos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto abaixo.
Questões preliminares
A. Que cientistas atestaram a realidade dos fenômenos
espíritas?
B. Os Espíritos podem agir diretamente sobre os corpos
materiais?
C. Quais são os princípios que decorrem do Moderno
Espiritualismo?
Texto para
leitura
53. O Espírito humano, fatigado das teorias e dos sistemas,
reclama provas. Essas provas da existência da alma e sua imortalidade, o
espiritualismo experimental no-las patenteia, materiais, evidentes. Basta
observar imparcial e seriamente, para verificar que as almas dos mortos se
revelam aos entes humanos, manifestam sua presença, se entretêm conosco, nos
iniciam nos mistérios das vidas renascentes e nos esplendores desse futuro que
será o nosso. (P. 43)
54. Nesse particular dá-se uma coisa digna de nota: a maior
parte dos que criticam apaixonadamente esses fenômenos não os observaram nem os
estudaram e, no número daqueles que os conhecem e afirmam a sua existência,
contam-se os maiores sábios da época: William Crookes, Russel Wallace, Varley,
o juiz Edmonds, Zöllner, Ulrici Weber, Rechner, Camille Flammarion, Paul
Gibier, Lombroso, Eugène Nus etc. (P. 44)
55. Na Itália, o célebre professor Lombroso, depois de ter
por muito tempo contestado a possibilidade dos fatos espíritas, fez acerca
deles um estudo e terminou reconhecendo publicamente, em setembro de 1891, a
sua realidade. (P. 44)
56. Galileu, aos que negavam o movimento da Terra,
respondia: “e, no entanto, ela se move”. Crookes, a propósito dos fatos
espíritas, afirma: “Não digo que isso é possível, mas sim que é real”. (P. 44)
57. Para a obtenção dos fenômenos psíquicos, é
indispensável o concurso de certos indivíduos particularmente dotados, porque
os Espíritos não podem agir sobre os corpos materiais e chocar os nossos
sentidos sem uma provisão de fluido vital, que retiram de certas pessoas
designadas pelo nome de médiuns. (P. 45)
58. A alma, na sua existência ultraterrestre, não está
desprovida de forma. Possui um corpo fluídico, de matéria vaporosa,
quintessenciada, que reveste todas as aparências do corpo humano e que se
denomina perispírito. (P. 45)
59. O perispírito preexiste e sobrevive ao corpo material e
é nele que se registram e se acumulam todas as suas aquisições intelectuais e lembranças.
Constitui ele um organismo sutil e é por sua ação sobre o fluido vital dos
médiuns que o Espírito se manifesta aos entes humanos por meio de pancadas, da
escrita, de movimentos de objetos etc. (PP. 45 e 46)
60. Esses fatos foram observados, milhares de vezes, pelos
sábios já citados e por pessoas de todas as classes, de todas as idades e de
todos os países. Provam-nos eles que existe em volta de nós um mundo invisível,
povoado de almas que deixaram a Terra, entre as quais se acham muitos conhecidos
nossos. (P. 46)
61. Essas manifestações sempre existiram e a História vem
em nosso apoio. A aparição de Samuel a Saul, o gênio familiar de Sócrates, os
de Tasso e de Jerônimo Cardan, as vozes de Joana d’Arc e muitos outros fatos
análogos procedem das mesmas causas. Mas, o que se considerava outrora como
sobrenatural hoje se apresenta com um caráter racional. (P. 46)
62. A certeza de revivermos além do túmulo, na plenitude de
nossas faculdades e de nossa consciência, faz que a morte não mais cause temor.
O conhecimento das situações felizes ou desgraçadas que couberam aos Espíritos
por causa das suas boas ou más ações oferece uma poderosa sanção moral. (P. 47)
63. A perspectiva dos progressos infinitos, das conquistas
intelectuais, que aguardam todos os seres e os conduzem para destinos comuns,
deverá aproximar as criaturas e uni-las pelos laços fraternais, comprovando que a doutrina do espiritualismo
experimental é a única filosofia positiva que se adapta às necessidades morais
da Humanidade e as atende. (P. 47)
64. Em resumo, os princípios que decorrem do novo
espiritualismo – princípios ensinados pelos Espíritos desencarnados – são os
seguintes: existência de Deus; imortalidade da alma; comunicação entre os vivos
e os mortos; progresso infinito. (PP. 47 a 49)
65. A alma, segundo tais princípios, livre em seus atos e
responsável, edifica por si mesma o seu futuro. Conforme seu estado moral, os
fluidos grosseiros ou sutis que compõem seu perispírito e que atrai a si pelos
seus hábitos e tendências, esses fluidos – submetidos também à lei universal de
atração e gravidade – a arrastam para essas esferas inferiores, para esses
mundos de dor onde ela sofre, expia, resgata seu passado, ou então a levam para
planetas felizes onde a matéria tem menos império, onde reina a harmonia, a
bem-aventurança. (PP. 48 e 49)
Respostas às
questões preliminares
A. Que
cientistas atestaram a realidade dos fenômenos espíritas?
Foram inúmeros e em seu meio encontram-se os maiores sábios
da época, a exemplo de William Crookes, Russel Wallace, Varley, Zöllner, Ulrici
Weber, Rechner, Camille Flammarion, Paul Gibier, Lombroso, Eugène Nus etc. Aos
que negavam o movimento da Terra, Galileu respondia: “e, no entanto, ela se
move”. Crookes, a propósito dos fatos espíritas, afirmou: “Não digo que isso é
possível, mas sim que é real”. (O porquê
da vida, pág. 44.)
B. Os Espíritos
podem agir diretamente sobre os corpos materiais?
Não. Para a obtenção dos fenômenos psíquicos, é
indispensável o concurso de certos indivíduos particularmente dotados, porque
os Espíritos não podem agir sobre os corpos materiais sem uma provisão de
fluido vital, que retiram de certas pessoas designadas pelo nome de médiuns.
(Obra citada, pág. 45.)
C. Quais são os
princípios que decorrem do Moderno Espiritualismo?
De forma resumida, os princípios ensinados pelos Espíritos
são estes: existência de Deus, imortalidade da alma, comunicação entre os vivos
e os mortos, progresso infinito. A alma, segundo tais princípios, livre em seus
atos e responsável, edifica por si mesma o seu futuro. (Obra citada, pp. 47 a
49.)
Observação:
Eis os links que remetem aos textos
anteriores:
Parte 1 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/06/o-porque-davida-leon-denis-1-parte.html
Parte 2 – https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/07/o-porque-davida-leon-denis-parte-2.html
Parte 3 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/07/o-porque-davida-leon-denis-parte-3.html
Parte 4 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/07/o-porque-davida-leon-denis-parte-4.html
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/h85Vsc, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele
nos propicia.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário