sexta-feira, 5 de julho de 2019




O porquê da vida

Léon Denis

Parte 2

Damos sequência ao estudo do clássico O porquê da vida, de Léon Denis, com base na 14ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira. O estudo será aqui apresentado em 13 partes.
Nossa expectativa é que ele sirva para o leitor como uma forma de iniciação ao estudo dos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

Questões preliminares

A. Que elemento liga a alma ao corpo?
B. Que nos é preciso para podermos caminhar com segurança?
C. Que tipos de Espíritos habitam nosso globo?

Texto para leitura

14. O homem participa de duas naturezas. Pelo seu corpo, pelos seus órgãos, deriva-se da matéria. Pelas suas faculdades intelectuais e morais, procede do Espírito. Digamos ainda com mais exatidão, reportando-nos ao corpo humano, que os órgãos componentes dessa máquina admirável são semelhantes a rodas incapazes de andar sem um motor, sem uma vontade que os ponha em ação. Esse motor é a alma, ligada ao corpo por um terceiro elemento, que transmite ao organismo as ordens do pensamento. (P. 22)
15. Esse elemento é o perispírito, matéria etérea que escapa aos nossos sentidos. Ele envolve a alma e a acompanha depois da morte, nas suas peregrinações infinitas, depurando-se, progredindo com ela, constituindo para ela um corpo diáfano. (PP. 22 e 23)
16. O corpo não passa de um vestuário de empréstimo, de uma forma passageira, de um instrumento por meio do qual a alma prossegue neste mundo a sua obra de depuração e progresso. A vida espiritual é a vida normal, verdadeira, sem fim. (P. 23)
17. Admitida em nós a existência de um princípio inteligente e racional, é preciso remontar à fonte donde ela dimana. Essa fonte é designada pelo nome de Deus, que é o centro para o qual convergem e vão terminar todas as potências do Universo. (P. 23)
18. Deus deve ser estudado na majestade das suas obras. À hora em que tudo repousa, quando a noite é transparente e o silêncio se estende sobre a Terra adormecida, elevemos o olhar ao infinito dos céus e reconheceremos que as manifestações da vida se produzem por toda parte e que uma ordem admirável une, sob leis uniformes e em destinos comuns, a Terra e seus irmãos, os planetas errantes no infinito e habitados por outras sociedades humanas. (PP. 24 e 25)
19. Contemplemos todos os seres vivos que povoam o nosso mundo: as aves, os insetos, os animais, as plantas e as flores, cada um dos quais é uma obra maravilhosa, uma joia do escrínio divino. Observemos também a nós mesmos e, considerando todas essas coisas, perguntemos à nossa razão se tanta beleza, esplendor, harmonia podem resultar do acaso, ou se não deveremos antes atribuir tudo isso a uma causa inteligente que preside à ordem do mundo e à evolução da vida! (P. 26)
20. Certos materialistas replicam garbosamente: “Se Deus fez o mundo, quem fez portanto a Deus?” Tal  objeção é insensata. Deus não se vem adaptar à cadeia das suas criaturas. É o Ser universal, sem limites no tempo e no espaço; por conseguinte, é infinito e eterno. Não pode existir ser superior ou igual a Ele, fonte e princípio de toda a vida. (PP. 26 e 27)
21. A existência dum plano geral, dum alvo comum, para o qual tendem todas as potências do Universo, prova a existência de uma causa, de uma inteligência suprema, que é Deus. (P. 27)
22. Dissemos que, para esclarecer seu futuro, o homem devia antes de tudo aprender a conhecer-se. Para se caminhar com segurança, é necessário saber aonde se vai. É conformando seus atos com as leis superiores que o homem trabalhará eficazmente pelo seu próprio melhoramento e pelo da sociedade. (P. 27)
23. Quando se compenetrar da grandeza da sua missão, o ser humano saberá desprender-se melhor daquilo que o rebaixa e abate; saberá governar-se criteriosamente, preparar pelos seus esforços a união fecunda dos homens numa grande família de irmãos. Mas estamos longe ainda desse estado de coisas! (P. 27)
24. Ignorante dos seus destinos, vacilando sem cessar entre o prejuízo e o erro, o homem maldiz às vezes a vida. Curvado ao seu fardo, inculpa os seus semelhantes pelas provações que suporta e que são quase sempre ocasionadas por sua imprevidência. Revoltado contra Deus, a quem acusa de injustiça, ele chega algumas vezes, na sua loucura e no seu desespero, a desertar do combate salutar, da única luta que pode fortificar sua alma e prepará-lo para trabalhos de ordem mais elevada. (P. 28)
25. Por que o homem desce, fraco e desarmado, à grande arena onde se entrega sem repouso à eterna e gigantesca batalha? É porque a Terra é um degrau inferior na escala dos mundos, onde residem apenas Espíritos principiantes, ou seja, almas nas quais a razão começa a despontar. (P. 28)
26. Elevando-nos, pelo pensamento, acima dos horizontes da vida, fazendo abstração do tempo e do espaço, pairando de alguma sorte acima das minúcias da existência, entreveremos a verdade e esta nos mostrará que a vida não é mais, aos nossos olhos, como o é para os da multidão, a vã procura de satisfações efêmeras, mas sim um meio de aperfeiçoamento intelectual, de elevação moral, uma escola onde se aprendem a docilidade, a paciência, o dever. (PP. 29 e 30)

Respostas às questões preliminares

A. Que elemento liga a alma ao corpo?
Esse elemento é o perispírito, formado de matéria etérea que escapa aos nossos sentidos. Ele envolve a alma e a acompanha depois da morte, nas suas peregrinações infinitas, depurando-se, progredindo com ela, constituindo para ela um corpo diáfano. (O porquê da vida, pp. 22 e 23.)
B. Que nos é preciso para podermos caminhar com segurança?
Para caminhar com segurança, é necessário saber aonde se vai. É conformando seus atos com as leis superiores que o homem trabalhará eficazmente pelo seu próprio melhoramento e pelo da sociedade. Quando se compenetrar da grandeza da sua missão, o ser humano saberá desprender-se melhor daquilo que o rebaixa e abate; saberá governar-se criteriosamente, preparar pelos seus esforços a união fecunda dos homens numa grande família de irmãos. Mas estamos longe ainda desse estado de coisas! (Obra citada, pág. 27.)
C. Que tipos de Espíritos habitam nosso globo?
Na Terra, que se situa em um degrau inferior na escala dos mundos, residem apenas Espíritos principiantes, ou seja, almas nas quais a razão começa a despontar. (Obra citada, pág. 28.)







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