sexta-feira, 12 de julho de 2019




O porquê da vida

Léon Denis

Parte 3

Damos sequência ao estudo do clássico O porquê da vida, de Léon Denis, com base na 14ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira. O estudo será aqui apresentado em 13 partes.
Nossa expectativa é que ele sirva para o leitor como uma forma de iniciação ao estudo dos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

Questões preliminares

A. Como Léon Denis conceitua a dor?
B. Onde se situa o inferno?
C. Por que não nos lembramos das vidas passadas?

Texto para leitura

27. A imortalidade desenrola-se para cada um de nós na imensidade dos tempos e cada existência liga-se, pela frente e por detrás, a vidas distintas e diferentes, porém solidárias umas às outras, sendo o futuro a consequência do passado. (P. 30)
28. A lei superior do Universo é o progresso incessante, a ascensão dos seres até Deus, foco das formas mais rudimentares da vida. Por uma escala infinita, por meio de transformações inumeráveis, nos aproximamos do Criador. No íntimo de cada alma está depositado o germe de todas as faculdades, de todas as potências, competindo-nos o dever de fazê-las frutificar pelos nossos esforços e trabalhos. (P. 31)
29. A nossa obra é a do adiantamento e da felicidade futura. Cada globo que rola pelo espaço é um vasto laboratório onde a substância espiritual é incessantemente trabalhada. No meio das provações retemperam-se os grandes caracteres. A dor é a purificação suprema, a fornalha onde se fundem os elementos impuros que nos maculam. (PP. 31 e 32)
30. É ela a escola - única escola - onde se depuram as sensações, onde se aprendem a piedade e a resignação estoica. Enquanto os gozos sensuais, prendendo-nos à matéria, retardam a nossa elevação, o sacrifício e a abnegação nos liberam. (P. 32)
31. Cada conquista que o homem faça sobre suas paixões, cada passo que der para diante, fará alargar seus horizontes e aumentar sua esfera de ação, e para isso concorre a pluralidade das existências, lei que dá a chave de problemas até então insolúveis e explica a desigualdade das condições e a variedade infinita das aptidões e dos caracteres. (PP. 32 e 33)
32. Conhecemos ou teremos de conhecer sucessivamente todas as fases da vida terrestre. No passado, éramos como os selvagens que povoam as regiões atrasadas; no futuro, poderemos elevar-nos à altura dos gênios imortais que clareiam o caminho da Humanidade. A história da Humanidade é a nossa própria história. (P. 33)
33. A reencarnação mostra de um modo notável a soberana justiça reinando sobre os seres. Alternadamente construímos e quebramos os nossos próprios grilhões. As provas terríveis suportadas por certas pessoas são consequentes da sua conduta passada. O déspota renascerá como escravo; a mulher vaidosa habitará um corpo enfermo; o ocioso se tornará mercenário. (P. 33)
34. Quem tiver feito sofrer, sofrerá a seu turno. É inútil procurar o inferno em regiões longínquas, pois ele está em nós, oculta-se nos recessos de nossa alma culpada, e somente a expiação pode fazer cessar  suas dores. Não há penas eternas. (P. 33)
35. Alguns perguntam por que razão, se tivemos outras vidas, não nos recordamos delas? Como poderemos fazer a nossa expiação, desconhecendo a origem das faltas passadas? (P. 34)
36. Tais pessoas não sabem o que falam, porque a lembrança do passado seria antes um pesado fardo preso aos nossos pés. Ora, se há pouco saímos das épocas do furor e da bestialidade, qual poderia ter sido o passado de cada um de nós? (P. 34)
37. Deus fez bem ao apagar dos nossos cérebros a lembrança de um passado temível, porque, depois de beber as águas do Letes, renascemos para uma nova vida, o que seria impraticável se víssemos a todo momento os crimes cometidos. (P. 34)
38. Esse passado não está, contudo, inteiramente apagado e podemos até entrever-lhe alguns vestígios, expressos por nossos gostos, nossas tendências, nossas aspirações. As ideias inatas não são mais que a herança intelectual e moral que vêm das nossas vidas anteriores. (P. 35)
39. Sendo o alvo da vida o aperfeiçoamento intelectual e moral do ser, que condições, que meios nos convirão melhor para atingi-lo? Evidentemente, o homem pode trabalhar pelo seu aperfeiçoamento em qualquer condição e em qualquer meio social, mas será mais bem sucedido sob certas e determinadas condições. (P. 36)

Respostas às questões preliminares

A. Como Léon Denis conceitua a dor?
A dor é a purificação suprema, a fornalha onde se fundem os elementos impuros que nos maculam. É ela a escola - única escola - onde se depuram as sensações, onde se aprendem a piedade e a resignação estoica. Enquanto os gozos sensuais, prendendo-nos à matéria, retardam  nossa elevação, o sacrifício e a abnegação nos liberam. É no meio das provações que se retemperam os grandes caracteres. (O porquê da vida, pp. 31 e 32.)
B. Onde se situa o inferno?
O inferno está em nós, oculta-se nos recessos de nossa alma culpada, e somente a expiação pode fazer cessar as suas dores. É inútil, pois, procurá-lo em regiões longínquas. A reencarnação mostra de um modo notável a soberana justiça reinando sobre os seres. As provas terríveis suportadas por certas pessoas são consequentes da sua conduta passada. O déspota renascerá como escravo; a mulher vaidosa habitará um corpo enfermo; o ocioso se tornará mercenário. Quem tiver feito sofrer, sofrerá a seu turno. (Obra citada, pág. 33.)
C. Por que não nos lembramos das vidas passadas?
Não nos lembramos do passado porque essa lembrança seria um pesado fardo preso aos nossos pés. Ora, se há pouco saímos das épocas do furor e da bestialidade, qual poderia ter sido o passado de cada um de nós? Deus, portanto, fez bem ao apagar dos nossos cérebros a lembrança de um passado temível, porque, depois de beber as águas do Letes, renascemos para uma nova vida, o que seria impraticável se víssemos a todo momento os crimes cometidos. (Obra citada, pág. 34.)






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