Missionários da
Luz
André Luiz
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o
estudo de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série
Nosso Lar. Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120 partes,
cada qual com oito perguntas e respostas.
Os textos são publicados neste blog sempre às
quartas-feiras.
Damos prosseguimento hoje ao estudo do livro Missionários da Luz, obra psicografada
pelo médium Chico Xavier.
Parte 9
65. Qual é a
necessidade da doutrinação de Espíritos por parte dos encarnados?
A doutrinação realizada pelos encarnados não é, segundo
Alexandre, um recurso imprescindível, porque existem na esfera espiritual
inúmeros agrupamentos dedicados exclusivamente a esse gênero de auxílio. Em
certos casos, porém, a cooperação do magnetismo humano pode influir mais
intensamente em benefício dos desencarnados que se encontrem cativos das zonas
de sensação, na Crosta. Assim, quando é possível e útil, os Espíritos se valem
do concurso de médiuns e doutrinadores encarnados, não só para facilitar a
solução desejada, mas também para proporcionar ensinamentos vivos aos
companheiros envolvidos na carne, despertando-lhes o coração para a
espiritualidade. (Missionários da Luz,
cap. 17, pp. 278 a 280.)
66. Onde o erro
dos ministros religiosos que se desviam?
Seu erro, que deriva de suas imperfeições morais, advém do
fato de darem sentido literal aos ensinamentos da fé, de estimarem os
interesses imediatos, de buscarem as honrarias humanas e, por fim, de se
furtarem à lei do testemunho próprio, no campo das virtudes edificantes. Por
causa disso, a maioria não pondera na exemplificação do Mestre Divino e cerra
os olhos e ouvidos aos sacrifícios apostólicos. (Obra citada, cap. 17, pp. 281
a 284.)
67. De onde vêm
os recursos plásticos utilizados na sessão de doutrinação dos Espíritos e qual
é a sua finalidade?
As forças mentais – vigorosos recursos plásticos – são
emitidas pelos médiuns e demais componentes da reunião. Esse material é
utilizado pelos benfeitores espirituais para se tornarem visíveis aos irmãos
perturbados e aflitos ou para materializar provisoriamente certas imagens ou
quadros, indispensáveis ao reavivamento da emotividade e da confiança nas almas
infelizes. (Obra citada, cap. 17, págs. 289 a 296.)
68. Que efeito
teve sobre Marinho a presença de sua mãe na reunião mediúnica?
A presença materna produziu salutares efeitos naquele
coração exasperado e desiludido. O ex-padre não poderia ser arrebatado das
sombras para a luz somente em virtude do amor da mãe, mas, ao receber o auxílio
fraterno dos Espíritos, poderia agora utilizar esses elementos novos para
colocar-se no caminho da vida mais alta. (Obra citada, cap. 17, pp. 293 a 294.)
69. Como
conceituar corretamente obsidiados e obsessores?
O obsidiado é quase sempre um enfermo, representando uma
legião de doentes invisíveis ao olhar humano e constitui, em todas as
circunstâncias, um caso especial, exigindo muita atenção, prudência e carinho.
Obsidiado e obsessor são duas almas que vêm de muito longe, extremamente
ligadas nas perturbações que lhes são peculiares. Por isso, os que lidam nessas
tarefas deveriam ser comedidos nas promessas de melhoras imediatas, no campo
físico, e de modo nenhum deveriam formular julgamento prematuro em cada caso,
porquanto é muito difícil identificar a verdadeira vítima, com a visão
circunscrita do corpo terrestre. (Obra citada, cap. 18, pp. 297 e 298.)
70. Por que o
esforço próprio é essencial à desobsessão?
A razão disso é que o obsidiado, além de enfermo, quase
sempre é também uma criatura repleta de torturantes problemas espirituais. Se
lhe falta vontade firme para a autoeducação, para a disciplina de si mesmo, é
quase certo que prolongará sua condição dolorosa além da morte. Se o obsidiado
está satisfeito na posição de desequilíbrio, há que esperar o término de sua
cegueira, a redução da rebeldia que lhe é própria ou o afastamento da
ignorância que lhe oculta a compreensão da verdade. Ante obstáculos dessa
ordem, os Espíritos nada podem fazer, senão semear o bem para colheita no
futuro, sem nenhuma expectativa de proveito imediato. O enfermo que mobiliza
todos os recursos de que dispõe no campo da prece, do autodomínio, da
meditação, entra, embora devagarinho, em contato com a corrente auxiliadora
formada pelos benfeitores espirituais, ao passo que os demais permanecem na
impassibilidade dos que abandonam a luta edificante. (Obra citada, cap. 18, pp.
299 a 300.)
71. Por que o
perdão é necessário à harmonia dos litigantes?
Dois são os motivos da necessidade do perdão. O primeiro: a
vingança agrava os crimes cometidos e é preciso esquecer todo o mal para
restabelecer a felicidade perdida. O segundo motivo: quem abriga pensamentos de
ódio não pode atingir as melhoras que deseja, visto que a cólera perseverante
constitui estado permanente de destruição. (Obra citada, cap. 18, pp. 300 a
303.)
72. Quais são,
segundo a descrição de André Luiz, os efeitos da possessão?
Perseguida desde a infância por tenazes adversários do
passado, uma pobre mulher tinha o corpo transformado em habitação do seu
perseguidor mais cruel, que lhe ocupava o organismo desde o crânio até os pés,
impondo-lhe tremendas reações em todos os centros de energia celular. Fios
tenuíssimos, porém vigorosos, uniam-nos ambos. No entanto, enquanto o obsessor
parecia bem lúcido, ela revelava angústia e inconsciência, gritando sem cessar:
- Salvem-me do demônio! salvem-me do demônio! oh! meu Deus, quando terminará
meu suplício? (Obra citada, cap. 18, pp. 307 a 309.)
Observação:
Para acessar a Parte 8 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/02/missionarios-daluz-andre-luiz-estamos_19.html
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