Missionários da
Luz
André Luiz
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o
estudo de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série
Nosso Lar. Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120 partes,
cada qual com oito perguntas e respostas.
Os textos são publicados neste blog sempre às
quartas-feiras.
Concluímos hoje o estudo do livro Missionários da Luz, obra psicografada pelo médium Chico Xavier.
Parte 10 e final
73. Que doente
tratado pelos Espíritos é capaz de atingir a cura positiva?
Somente o doente convertido voluntariamente em médico de si
mesmo, que compreende que a medicação, qualquer que seja, não é tudo no
problema da necessária restauração do equilíbrio físico, pode alcançar a
verdadeira cura. (Missionários da Luz,
cap. 18, pp. 309 e 310.)
74. Que
requisitos requer uma doutrinação eficiente?
Não basta ao doutrinador conhecer as matérias e
ministrá-las. É preciso, antes de tudo, senti-las e viver-lhes a
substancialidade no coração. O homem que apregoa o bem deve praticá-lo, se não
deseja que suas palavras sejam carregadas pelo vento, como simples eco dum
tambor vazio. O companheiro que ensina a virtude, vivendo-lhe as grandezas em
si mesmo, tem o verbo carregado de magnetismo positivo, estabelecendo
edificações espirituais nas almas que o ouvem. Sem essa característica, a
doutrinação, quase sempre, é vã. (Obra citada, cap. 18, pp. 310 a 312.)
75. No
tratamento da obsessão é fundamental o afastamento do obsessor?
Não. Efetivamente, não faltam, embora raros, os casos de
libertação quase instantânea. É que, nesses casos, pode ter chegado ao fim o
laborioso processo redentor. Mas, na maioria dos casos, a tarefa é de sementeira,
de cuidado, persistência e vigilância. Não se quebram grilhões de muitos
séculos num instante, nem se edifica uma cidade num dia. É indispensável
desgastar as algemas do mal, com perseverança, e praticar o bem, com ânimo
evangélico. (Obra citada, cap. 18, pp. 312 a 315.)
76. Após a
conversão real do obsessor, o obsidiado readquire a normalidade orgânica?
Quando o doente se dispõe a cooperar com os benfeitores
espirituais, em benefício próprio, colaborando decididamente na restauração de
suas atividades mentais, regenerando-se à luz da vida renovada no Cristo, pode
esperar o restabelecimento da saúde relativa do corpo terrestre. Entretanto, na
maioria dos casos, as vítimas não mais restabelecem o equilíbrio do corpo,
permanecendo com a saúde incompleta até o sepulcro. Lembremos que, embora o
obsessor se haja transformado, é possível que a vítima não esteja convertida.
Na obsessão, as dificuldades não são unilaterais. O eventual afastamento do
perseguidor nem sempre significa a extinção da dívida. E, em qualquer parte do
Universo, receberemos sempre de acordo com nossas próprias obras. (Obra citada,
cap. 18, pp. 315 a 319.)
77. Que é
indispensável ao tarefeiro do passe?
No serviço de passes é preciso revelar determinadas
qualidades de ordem superior e certos conhecimentos especializados. O servidor
do bem, ainda que esteja liberto da matéria, não pode satisfazer nesse serviço
se ainda não conseguiu manter um padrão superior de elevação mental contínua,
condição indispensável à exteriorização das faculdades radiantes. Grande
domínio de si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acentuado amor aos
semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda confiança em
Deus, eis os requisitos que se esperam do missionário do auxílio magnético, na
Crosta ou na esfera espiritual, cabendo salientar, contudo, que entre os
encarnados a boa vontade sincera, em muitos casos, pode suprir essa ou aquela
deficiência, em virtude da assistência por eles recebida dos benfeitores
espirituais especializados. (Obra citada, cap. 19, pp. 320 a 322.)
78. Que cuidados
deve observar o médium passista?
Conseguida a qualidade básica, que é a boa vontade real a
serviço do próximo, o candidato a médium passista precisa considerar a
necessidade de sua elevação urgente, para que suas obras se elevem no mesmo
ritmo. Antes de tudo, é necessário equilibrar o campo das emoções. Não é
possível fornecer forças construtivas a alguém, se fazemos sistemático
desperdício das irradiações vitais. Um sistema nervoso, esgotado, oprimido, é
um canal que não responde pelas interrupções havidas. A mágoa excessiva, a
paixão desvairada, a inquietude obsidente constituem barreiras que impedem a
passagem das energias auxiliadoras. É preciso, por outro lado, examinar também
as necessidades fisiológicas, a par dos requisitos de ordem psíquica. O excesso
de alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem como das saídas
dos pulmões e do estômago, prejudicando as faculdades radiantes, porquanto
provoca dejeções anormais e desarmonias de vulto no aparelho gastrointestinal,
interessando a intimidade das células. O álcool e outras substâncias tóxicas
operam distúrbios nos centros nervosos, modificando certas funções psíquicas e
anulando os melhores esforços na transmissão de elementos regeneradores e
salutares. (Obra citada, cap. 19, pp. 322 a 324.)
79. A
perturbação da mente pode produzir efeitos no corpo físico?
Sim. Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos
venenosos que lhe intoxicam os tecidos, o organismo perispiritual pode absorver
elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre
as células materiais. Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a
disciplina das emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade,
pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com
quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio. Às vezes,
semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem maior importância;
todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos desastres
orgânicos, o que se dá mormente quando os interessados não têm vida de oração,
cuja influência benéfica pode anular inúmeros males. Toda perturbação mental é,
pois, ascendente de graves processos patológicos. (Obra citada, cap. 19, pp.
325 a 333.)
80. Quando as
oportunidades de renovação são repetidamente desprezadas pelo enfermo, que
medida é adotada pelos protetores espirituais?
Em casos assim, em vez de curá-lo, os protetores apenas
aliviam suas dores, visto que, após dez vezes de socorro completo, é preciso
deixá-lo entregue a si mesmo, até que adote nova resolução. As instruções
superiores são no sentido de entregá-lo à sua própria obra, para que aprenda
consigo mesmo, em face da função educativa da dor. (Obra citada, cap. 19, pp.
333 a 336.)
Observação:
Para acessar a Parte 9 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/02/missionarios-daluz-andre-luiz-estamos_26.html
Caso o leitor queira baixar o estudo
completo – texto consolidado e questões objetivas – do livro “Missionários da
Luz”, clique neste link: http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND - e, em seguida, no verbete “Missionários
da Luz”.
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