No Mundo Maior
André Luiz
Parte 3
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos 4 primeiros livros da Série,
prosseguimos nesta data o estudo da obra No
Mundo Maior, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada
em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:
17. Que
ensinamento podemos tirar da ação de Cipriana relatada nesta obra?
Cipriana acercou-se dos dois adversários e pôs-se em atitude
de oração. A prece saturava-se de sublime poder, porquanto em breve suave luz
descia do alto sobre sua fronte venerável e ela tornava-se gradativamente mais
bela. Os raios divinos a fluírem dos mananciais invisíveis, envolvendo-a,
transfiguravam-na toda. Escoados alguns momentos, circundava-a refulgente halo.
Dos olhos, do tórax e das mãos efluíam irradiações de frouxa e suave luz. Ela,
então, estendeu as mãos para os dois desventurados, atingindo-os com o seu
amoroso magnetismo, que lhes modificava o campo vibratório, e ambos sentiram-se
desfalecer, oprimidos por uma força que os compelia à quietação. Parecia-lhes
que Maria de Nazaré em pessoa ali se encontrava. O ensinamento que extraímos
desse caso é bem claro: só o amor consegue atingir as causas profundas e
modificar o campo vibratório dos infelizes do caminho. (No Mundo Maior, cap. 5, pp. 66 a 68.)
18. Que lição
acerca do valor do dinheiro Pedro aprendeu com sua própria experiência?
Pedro, anos depois do crime que havia cometido, fazia agora
o possível para erguer-se, mas sabia também, por experiência própria, que o
dinheiro não soluciona os problemas fundamentais do destino e que o elevado
conceito que possamos conseguir dos outros nem sempre corresponde à realidade.
Não obstante todas as vantagens conquistadas no âmbito material, vivia enfermo,
infortunado, aflito. (Obra citada, cap. 5, pp. 73 a 75.)
19. Em que
consiste, para os homens, a verdadeira liberdade?
Segundo Cipriana, foi o Senhor quem nos ensinou que a
verdadeira liberdade é a que nasce da perfeita obediência às suas leis sublimes
e que só o amor tem o suficiente poder para salvar, elevar e remir. (Obra
citada, cap. 5, pp. 75 a 77.)
20. Que privações
e vicissitudes ajudaram Cipriana a crescer espiritualmente?
Resumidamente, podemos dizer que Cipriana, em sua última
existência, perdeu seus sonhos, o lar, o esposo e os filhos. Seus dois rapazes
foram assassinados numa guerra civil, em nome de princípios legais; as duas
filhas, seduzidas pelo fascínio do prazer e do ouro, escarneceram de suas
esperanças e permaneciam, então, na esfera sombria, emaranhadas em perigosas
ilusões. O esposo, que era o único amigo que lhe restava, abandonou-a logo que
a lepra acometeu sua carne, empolgado por visível horror. Desprezaram-na todas
as afeições e lhe fugiram os favores do mundo; contudo, enquanto seus membros
se desatavam do corpo que se corrompia e quando se achava relegada ao extremo
desamparo dos que lhe eram caros, robustecia-se dentro dela o cântico da
esperança e sua alma, apesar de todos os sofrimentos, glorificava o Senhor da
Vida. (Obra citada, cap. 5, pp. 77 e 78.)
21. Que danos
pode produzir uma mente desvairada?
Segundo o instrutor Calderaro, uma mente desvairada emite
forças destrutivas que podem atingir os outros, mas alcançam, em primeiro
lugar, o cosmo orgânico do emissor. Julieta, ao decidir por um gênero de vida
que lhe provocava violentos e contínuos conflitos na mente, passou a despedir
energias fatais para ela mesma. Dotada de educação distinta, haurida ao contato
materno que lhe enobreceu os sentimentos, a jovem incompatibilizou-se com uma
existência de nível mais baixo na Crosta. Daí se originavam os conflitos. Ao
ceder às tentações de que foi alvo, sentia-se intimamente precipitada escada
abaixo. (Obra citada, cap. 6, pp. 87 e 88.)
22. Justiça
divina e compaixão coexistem ou são valores antagônicos?
A justiça divina não desconhece a compaixão. A Eterna
Sabedoria examina o móvel de nossas ações e, sempre que possível, nos reergue.
Somente quando mergulhamos no total eclipse do amor e da razão, deliberadamente
fugindo aos processos do socorro divino, mantendo-nos nas trevas completas do
ódio e da negação, defrontamos com absoluta dificuldade de receber influências
salvadoras. Nesse caso, então, devemos esperar os atritos cruéis do tempo,
aliados às forças das leis universais. (Obra citada, cap. 6, pp. 88 e 89.)
23. Em que a
condição de enfermo pode auxiliar uma pessoa?
A resposta a esta pergunta podemos extrair do caso Julieta,
a quem Calderaro, percebendo a gravidade de seu estado, prestou auxílio
magnético retirando-lhe certa quantidade de material escuro, segregado pela
própria mente e acumulado ao longo do cérebro. O instrutor, contudo, deixou um
pouco da referida substância na câmara cerebral da jovem, visto que, segundo
explicou, era preciso que Julieta se mantivesse enferma do corpo, de modo a
ausentar-se das noitadas que costumava praticar. A trégua produzida pelo estado
de enfermidade tornara-se importante porque, poucas horas depois, a jovem seria
atendida por Cipriana. (Obra citada, cap. 6, pp. 89 e 90.)
24. Qual a
finalidade da existência terrestre?
Ninguém vem ao mundo simplesmente para gozar. A existência
terrestre é abençoado colégio de iluminação renovadora, não uma estação de mero
prazer. (Obra citada, cap. 6, pp. 90 a 92.)
Observação:
Para acessar a 2ª parte deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/05/no-mundo-maior-andre-luiz-parte-2.html
Como consultar as matérias deste
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