No Mundo Maior
André Luiz
Parte 9
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos 4 primeiros livros da Série,
prosseguimos nesta data o estudo da obra No
Mundo Maior, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada
em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:
65. O trabalho
construtivo é importante para uma boa saúde mental?
Evidentemente. O tempo acaba sempre por denunciar nossa
posição verdadeira. Quando a criatura não haja feito da existência o sacerdócio
de trabalho construtivo, que nos cumpre na Terra, os fenômenos senis do corpo
são mais tristes para a alma, pois, neste caso, o indivíduo já não domina as
conveniências forjadas pelo imediatismo humano. "Milhões de seres – diz
Calderaro – permanecem séculos afora na fase infantil do entendimento, por não
se animarem ao esforço de melhoria própria. Enquanto detêm a saúde física e as
possibilidades financeiras, esteiam-se nos títulos de cidadãos que a sociedade
lhes confere; logo, porém, que visitados pela doença, pela escassez de recursos
ou pela decrepitude, revelam a infância espiritual em que jazem: voltam a ser
crianças, não obstante a idade provecta manifestada pelo corpo, por se haverem
excessivamente demorado nos sítios superficiais da vida.” (No Mundo Maior, cap. 16, pp. 216 e 217.)
66. Qual é a
gênese das perturbações mentais?
O desequilíbrio que acompanha a alma no renascimento, na
infância do corpo, na juventude ou na senilidade, começa na inobservância da
Lei, do mesmo modo que a expiação se inicia no crime. Adotada a conduta em
desacordo com a realidade, encontra o Espírito, invariavelmente, em todos os
círculos onde se veja, os efeitos da própria ação. Seja nos mecanismos da
hereditariedade, ou fora de sua influência, a mente encarnada ou desencarnada
revela-se na colheita do que haja semeado, no campo de evolução do esforço
comum, no monte da elevação pela prática do bem ou no vale expiatório pelo
exercício do mal. (Obra citada, cap. 16, pp. 217 e 218.)
67. As regiões
inferiores estão desamparadas da Providência Divina?
Não. Ninguém, em lugar nenhum, se encontra desamparado.
Funcionam nessas regiões inúmeros postos de socorro e variadas escolas, em que
muita gente pratica a abnegação. Padecentes e pessoas torturadas são atendidas
de acordo com suas possibilidades de aproveitamento. Calderaro revelou a André
Luiz: "As regiões inferiores jamais estarão sem enfermeiros e sem mestres,
porque uma das maiores alegrias dos céus é a de esvaziar os infernos".
(Obra citada, cap. 17, pp. 221 e 222.)
68. A volitação
é possível mesmo aos Espíritos perversos?
Sim. A volitação depende, fundamentalmente, da força mental
armazenada pela inteligência, mas os voos altíssimos da alma só são possíveis
quando se alia o amor sublime à intelectualidade elevada. Espíritos perversos
podem ter vigorosa capacidade volitiva, apesar de circunscritos a baixas
incursões. Eles são, às vezes, donos de imenso poder de raciocínio e manejam
certas forças da Natureza, mas, como não têm o sentimento sublimado, isso lhes
impede grandes ascensões. (Obra citada, cap. 17, pp. 223 e 224.)
69. Que tipos de
Espíritos havia na região de trevas citada por André Luiz?
Ali congregavam-se verdadeiras tribos de criminosos e delinquentes,
atraídos uns aos outros, consoante a natureza das faltas cometidas. Muitos,
segundo Calderaro, eram inteligentes e intelectualmente esclarecidos, mas sem
uma única réstia de amor no coração. A desencarnação parecia galvanizá-los na
posição mental em que se encontravam no momento da passagem e, por isso, não
era fácil arrancá-los de logo do desequilíbrio a que se precipitaram. (Obra citada,
cap. 17, pp. 224 e 225.)
70. Havia também
ali negociantes inescrupulosos?
Sim. Um grupo deles era formado exatamente por antigos
negociantes da Terra, cujo exclusivo anseio foi amontoar dinheiro para
satisfazer a própria cupidez, sem beneficiar a ninguém. O ouro que possuíram na
Terra jamais mitigou a fome de qualquer pessoa. Homens de pensamento ágil,
sabiam voar mentalmente a longas distâncias, para lograr êxito nos seus
empreendimentos materiais. Nunca se importaram com as dores alheias; queriam
unicamente acumular vantagens financeiras e nada mais. Agora, escravizados à ideia
fixa de ganhar sempre, voavam pesadamente aqui e ali, dementados e confundidos,
procurando monopólios e lucros que jamais encontrariam. (Obra citada, cap. 17,
pp. 226 e 227.)
71. Qual era,
naquela região, a preocupação dos avarentos e usurários?
Ainda apegados ao ouro que imaginavam possuir, tinham eles
receio de que ladrões os roubassem. Usurários há muito tempo desencarnados,
desceram a tão profundo grau de apego à fortuna material transitória, que se
tornaram inaptos ao equilíbrio na zona mental do trabalho digno. Quando estavam
na Terra, não viam meios de se ampararem com a ambição moderada e nobre, nem
reparavam os métodos utilizados para atingir seus fins egoísticos.
Menosprezavam direitos alheios, escarneciam das aflições dos outros e armavam
ciladas a companheiros incautos, para sugar-lhes as economias, locupletando-se
à custa da ingenuidade e da confiança cega. (Obra citada, cap. 18, pp. 228 e
229.)
72. Qual de seus
familiares André Luiz encontrou na região de trevas?
Seu próprio avô Cláudio, que ainda não sabia que
desencarnara, apesar de passados mais de quarenta anos desde seu falecimento.
Seu estado era, contudo, lastimável. (Obra citada, cap. 18, pp. 231 a 233.)
Observação:
Para acessar a Parte 8 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/06/no-mundo-maior-andre-luiz-parte-8.html
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