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quarta-feira, 1 de julho de 2020


No Mundo Maior

André Luiz

Parte 9

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos 4 primeiros livros da Série, prosseguimos nesta data o estudo da obra No Mundo Maior, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:

65. O trabalho construtivo é importante para uma boa saúde mental?
Evidentemente. O tempo acaba sempre por denunciar nossa posição verdadeira. Quando a criatura não haja feito da existência o sacerdócio de trabalho construtivo, que nos cumpre na Terra, os fenômenos senis do corpo são mais tristes para a alma, pois, neste caso, o indivíduo já não domina as conveniências forjadas pelo imediatismo humano. "Milhões de seres – diz Calderaro – permanecem séculos afora na fase infantil do entendimento, por não se animarem ao esforço de melhoria própria. Enquanto detêm a saúde física e as possibilidades financeiras, esteiam-se nos títulos de cidadãos que a sociedade lhes confere; logo, porém, que visitados pela doença, pela escassez de recursos ou pela decrepitude, revelam a infância espiritual em que jazem: voltam a ser crianças, não obstante a idade provecta manifestada pelo corpo, por se haverem excessivamente demorado nos sítios superficiais da vida.” (No Mundo Maior, cap. 16, pp. 216 e 217.)
66. Qual é a gênese das perturbações mentais?
O desequilíbrio que acompanha a alma no renascimento, na infância do corpo, na juventude ou na senilidade, começa na inobservância da Lei, do mesmo modo que a expiação se inicia no crime. Adotada a conduta em desacordo com a realidade, encontra o Espírito, invariavelmente, em todos os círculos onde se veja, os efeitos da própria ação. Seja nos mecanismos da hereditariedade, ou fora de sua influência, a mente encarnada ou desencarnada revela-se na colheita do que haja semeado, no campo de evolução do esforço comum, no monte da elevação pela prática do bem ou no vale expiatório pelo exercício do mal. (Obra citada, cap. 16, pp. 217 e 218.)
67. As regiões inferiores estão desamparadas da Providência Divina?
Não. Ninguém, em lugar nenhum, se encontra desamparado. Funcionam nessas regiões inúmeros postos de socorro e variadas escolas, em que muita gente pratica a abnegação. Padecentes e pessoas torturadas são atendidas de acordo com suas possibilidades de aproveitamento. Calderaro revelou a André Luiz: "As regiões inferiores jamais estarão sem enfermeiros e sem mestres, porque uma das maiores alegrias dos céus é a de esvaziar os infernos". (Obra citada, cap. 17, pp. 221 e 222.)
68. A volitação é possível mesmo aos Espíritos perversos?
Sim. A volitação depende, fundamentalmente, da força mental armazenada pela inteligência, mas os voos altíssimos da alma só são possíveis quando se alia o amor sublime à intelectualidade elevada. Espíritos perversos podem ter vigorosa capacidade volitiva, apesar de circunscritos a baixas incursões. Eles são, às vezes, donos de imenso poder de raciocínio e manejam certas forças da Natureza, mas, como não têm o sentimento sublimado, isso lhes impede grandes ascensões. (Obra citada, cap. 17, pp. 223 e 224.)
69. Que tipos de Espíritos havia na região de trevas citada por André Luiz?
Ali congregavam-se verdadeiras tribos de criminosos e delinquentes, atraídos uns aos outros, consoante a natureza das faltas cometidas. Muitos, segundo Calderaro, eram inteligentes e intelectualmente esclarecidos, mas sem uma única réstia de amor no coração. A desencarnação parecia galvanizá-los na posição mental em que se encontravam no momento da passagem e, por isso, não era fácil arrancá-los de logo do desequilíbrio a que se precipitaram. (Obra citada, cap. 17, pp. 224 e 225.)
70. Havia também ali negociantes inescrupulosos?
Sim. Um grupo deles era formado exatamente por antigos negociantes da Terra, cujo exclusivo anseio foi amontoar dinheiro para satisfazer a própria cupidez, sem beneficiar a ninguém. O ouro que possuíram na Terra jamais mitigou a fome de qualquer pessoa. Homens de pensamento ágil, sabiam voar mentalmente a longas distâncias, para lograr êxito nos seus empreendimentos materiais. Nunca se importaram com as dores alheias; queriam unicamente acumular vantagens financeiras e nada mais. Agora, escravizados à ideia fixa de ganhar sempre, voavam pesadamente aqui e ali, dementados e confundidos, procurando monopólios e lucros que jamais encontrariam. (Obra citada, cap. 17, pp. 226 e 227.)
71. Qual era, naquela região, a preocupação dos avarentos e usurários?
Ainda apegados ao ouro que imaginavam possuir, tinham eles receio de que ladrões os roubassem. Usurários há muito tempo desencarnados, desceram a tão profundo grau de apego à fortuna material transitória, que se tornaram inaptos ao equilíbrio na zona mental do trabalho digno. Quando estavam na Terra, não viam meios de se ampararem com a ambição moderada e nobre, nem reparavam os métodos utilizados para atingir seus fins egoísticos. Menosprezavam direitos alheios, escarneciam das aflições dos outros e armavam ciladas a companheiros incautos, para sugar-lhes as economias, locupletando-se à custa da ingenuidade e da confiança cega. (Obra citada, cap. 18, pp. 228 e 229.)
72. Qual de seus familiares André Luiz encontrou na região de trevas?
Seu próprio avô Cláudio, que ainda não sabia que desencarnara, apesar de passados mais de quarenta anos desde seu falecimento. Seu estado era, contudo, lastimável. (Obra citada, cap. 18, pp. 231 a 233.)

Observação:
Para acessar a Parte 8 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/06/no-mundo-maior-andre-luiz-parte-8.html




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