quarta-feira, 24 de junho de 2020


No Mundo Maior

André Luiz

Parte 8

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos 4 primeiros livros da Série, prosseguimos nesta data o estudo da obra No Mundo Maior, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:

57. Dançar constitui uma falta grave?
Esta pergunta foi formulada por André Luiz ao Assistente Calderaro, que estranhou a dúvida e lhe disse que o ato de dançar pode ser tão santificado como o ato de orar, pois a alegria legítima é sublime herança de Deus. (No Mundo Maior, cap. 14, pp. 194 e 195.)
58. Quando uma pessoa é rebelde ante o auxílio recebido, como agem os protetores?
Eles valem-se, às vezes, de recursos drásticos, como ocorreu com Antídio, alcoólatra inveterado e impermeável à ajuda recebida. O recurso usado nesse caso foi uma enfermidade, porque era indispensável que, aprisionado a um leito de hospital, fosse dado um basta provisório ao consumo do álcool. Antídio seria assim, graças à intervenção do Assistente, portador de uma nevrose cardíaca por dois a três meses, com vistas a que a enfermidade fizesse por ele o que os simples conselhos não conseguiram. (Obra citada, cap. 14, pp. 197 a 199.)
59. Que significa, em termos espíritas, socorrer e salvar uma pessoa?
Mostrando que os protetores espirituais se empenham, acima de tudo, em uma obra educativa, Calderaro disse a André que salvar alguém, ou socorrê-lo, não significa subtrair o interessado à oportunidade de luta, de alçamento ou de edificação. Constitui amparo fraternal, para que ele desperte e se levante, entrando na posse do equilíbrio que caracteriza aquele que o ajudou. Ele lembrou, em seguida, que Deus espalha bênçãos e dons, riquezas e facilidades eternas a mancheias, esperando apenas que cada um de nós se disponha a reger com sabedoria o patrimônio próprio. (Obra citada, cap. 15, pp. 200 e 201.)
60. A fé religiosa pode ajudar no equilíbrio mental do planeta?
Sim. Esse foi um dos pontos destacados por Eusébio em sua preleção. A fé religiosa, disse ele, é fator de equilíbrio mental do mundo. Segundo Eusébio, não é possível uma era de paz exterior sem a preparação interior do homem para a aplicação das Leis Divinas. (Obra citada, cap. 15, pp. 202 e 203.)
61. Que disse Eusébio sobre o verbalismo sem obras?
Ele, evidentemente, censurou tal postura e lembrou que a morte surpreende não apenas o materialista revel, mas a todos quantos se valem da religião para melhor dissimular a indiferença que lhes povoa o mundo íntimo. "Não julgueis esteja a fé consagrada ao menor esforço. Qual ocorre à ciência, a religião tem o seu trabalho específico no mundo", advertiu o instrutor. (Obra citada, cap. 15, pp. 204 e 205.)
62. Como podemos atender à elevada destinação que nos cabe?
De acordo com o pensamento de Eusébio, temos todos nós deveres imediatos junto às paisagens de crime e treva, de inquietação e sofrimento. O irmão caído é nossa carga preciosa, a dificuldade é nosso incentivo santo, a dor é nossa escola purificadora. É indispensável, pois, abraçar-nos uns aos outros, em nome de Jesus, que nos reformou a mente, alçando-a a planos superiores pela ascensão gloriosa, através do sacrifício. Somente assim atenderemos à elevada destinação que nos cabe. (Obra citada, cap. 15, pp. 207 a 209.)
63. No processo de alienação mental a revolta contra a lei tem algum peso?
Sim. E esse era o caso de muitos dos alienados do hospício visitado por André Luiz, os quais, segundo o Assistente Calderaro, eram na maioria irmãos revoltados ante os desígnios superiores que os conduziram a recapitular ensinamentos difíceis, como o de se reaproximarem de velhos inimigos por meio dos laços de sangue, ou de enfrentarem obstáculos aparentemente insuperáveis, uma vez que a jornada iluminativa do Espírito requer a renovação das concepções e a modificação para melhor do modo íntimo do ser. (Obra citada, cap. 16, pp. 213 e 214.)
64. Onde se radicam as causas da maioria dos casos de loucura?
Conforme palavras de Calderaro, noventa por cento dos casos de loucura, excetuados os que se originam da incursão microbiana sobre a matéria cinzenta, começam nas consequências das faltas graves que praticamos, com a impaciência ou com a tristeza, ou seja, por meio de atitudes mentais que imprimem deploráveis reflexos no caminho daqueles que as acolhem e alimentam. Instaladas essas forças desequilibrantes no campo íntimo, inicia-se a desintegração da harmonia mental, que por vezes perdura em várias existências, até que o interessado se disponha a valer-se das bênçãos divinas, para restabelecer a tranquilidade e a capacidade de renovação que lhe são inerentes à individualidade, em abençoado serviço evolutivo. (Obra citada, cap. 16, pp. 213 e 214.)

Observação:
Para acessar a Parte 7 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/06/no-mundo-maior-andre-luiz-parte-7.html




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