Nos Bastidores
da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 4
Continuamos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada –
do livro Nos Bastidores da Obsessão,
de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e
publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB. Este estudo é publicado neste
blog sempre às segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro "Nos Bastidores da Obsessão”, para acompanhar, pari passu, o
presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Nos Bastidores da Obsessão”.
Eis as questões de hoje:
25. Por que o psicovibrômetro não acusou a entrada de Saturnino e Glaucus no Anfiteatro?
Através de um processo de imersão mental nas lembranças do
passado, eles diminuíram em si o registro vibratório. Lentamente o aspecto
exterior se foi adensando e a forma padeceu ligeira transformação que os
deformava e, como se estivessem respirando incômoda atmosfera, passaram a
apresentar leves estertores, apresentando-se sensivelmente modificados. Com
isso, não tiveram problemas com o psicovibrômetro, que tinha a capacidade de
registrar as ondas vibratórias de todos os assistentes, denunciando, assim,
quaisquer intromissões dos Espíritos superiores. (Nos Bastidores da Obsessão, cap. 6, pp. 121 e 122.)
26. Que acusação
pesava sobre a mulher levada a julgamento naquela noite pelo dr.
Teofrastus?
Segundo o acusador, a mulher vinha da Terra após uma vida de
abominação, em que se entregara a toda espécie de prazeres. Tendo oportunidade
de fazer-se mãe, seis vezes consecutivas, delinquiu em todas elas, evadindo-se,
pelo infanticídio, a qualquer responsabilidade para com os próprios atos. Na
última vez, fez-se vítima da própria leviandade e desencarnou após terrível e
demorada hemorragia que lhe roubou toda a possibilidade de sobrevivência. (Obra
citada, cap. 6, pp. 123 a 126.)
27. Que punição
recebeu a mulher acusada de aborto?
Após o veredicto, que a considerou culpada, a mulher foi
submetida por processos hipnóticos à mutação do corpo perispiritual, assumindo
a forma de uma loba, em um deprimente caso de licantropia. (Obra citada, cap.
6, pp. 124 a 129.)
28. Afastado o
obsessor, Mariana recuperou-se logo?
Não. Como vivia aclimatada psiquicamente às vibrações do seu
perseguidor, Mariana sentiu-lhe a ausência desde o momento em que Saturnino
acolhera ao aconchego da prece o seu ex-obsessor. Forte prostração a levou ao
leito. Cruéis pesadelos lhe produziam constantes delíquios. José Petitinga, a
pedido de Dona Rosa e Amália, passou a visitá-la e aplicar-lhe passes, o que
levou a jovem a um período de refazimento. O conhecido doutrinador baiano
explicou que as energias deletérias, em que Mariana se via envolvida, criaram
um condicionamento psíquico que, embora desgastando seu organismo, lhe servia,
também e simultaneamente, de sustentação. Libertada agora da constrição
perturbadora, ela se ressentia e padecia as consequências da falta dos fluidos
pesados... É como se alguém, ambientado a uma região de ar viciado, fosse
repentinamente trasladado para um planalto de ar rarefeito e puro, o que
produziria natural sensação de mal-estar, asfixia e tortura. Naquele momento,
seria preciso cultivar a paciência, a oração e a vigilância. A cura viria com o
tempo e dependeria muito da própria Mariana. (Obra citada, cap. 7, pp. 131 a
136.)
29. Por que,
estando Guilherme distante, o lar de Soares continuava assediado por outros
Espíritos?
As entidades viciosas que assediavam o lar da família, todas
elas pertencentes ao clã Teofrastus, mantinham estreito comércio com Marta, a
filha mais velha, que preferira o círculo das baixas vibrações em que se
demorava, atendendo a vigorosa hipnose de entidades infelizes e impiedosas que
lhe dominavam o campo mental. Era ela dócil instrumento para as consultas da
irresponsabilidade, aliciando outros cômpares para o vampirismo, que grassa em
larga escala na Terra. Dirigida por entidades rebeldes, ia, noite alta, aos
cemitérios da cidade em busca de despojos humanos para os serviços infelizes a
que se entregava, conduzindo de volta ao lar verdadeiras legiões de sofredores
revoltados que se lhe vinculavam em longo processo perturbador de que, no
momento, não se apercebia. Mas não eram apenas os Espíritos perturbados que
buscavam Marta. Muitos perdulários também acorriam aos seus préstimos e a
médium se prestava a qualquer trabalho, a serviço do mediunismo atormentado
voltado para os assuntos puramente materiais da vida. (Obra citada, cap. 7 e 8,
pp. 136 a 146.)
30. Como era o
ambiente espiritual no Anfiteatro?
O ambiente ali era insuportável. Segundo informação dada por
Saturnino, no local se encontravam muitos Espíritos encarnados, espontaneamente
presentes, que eram participantes habituais daquelas reuniões. Uns procediam de
regiões de igual nível evolutivo. Outros, menos avisados, se mancomunaram com
as mentes infelizes que pululam em toda parte, e nas horas de vigília se nutrem
de pensamentos deprimentes e opressivos derivados dos prazeres animalizantes em
que se demoram, reunindo-se ali, nas breves horas de parcial desprendimento
pelo sono, para darem curso aos apetites mais brutais. Sexólatras inveterados,
perturbados das funções genésicas, alcoólatras, morfinômanos, cocainômanos e
outros que possuem os centros da razão anestesiados pela monoideia do gozo, ali
se encontravam, em perfeita comunhão, assimilando e eliminando as vibrações
viciadas das construções mentais constantes de que se faziam objeto permanente.
(Obra citada, Cap. 8, págs. 147 a 150)
31. Pode um
rapaz ser levado à prática homossexual por influência obsessiva?
Sim. O caso de José Marcondes Effendi, 21 anos, é um exemplo
de fatos assim. O processo obsessivo, que começou bem cedo, acabou gerando um
doloroso caso de homossexualidade, produzida diretamente por influência
espiritual. (Obra citada, cap. 8, pp. 147 a 160.)
32. Qual foi a
reação de Teofrastus ao ouvir Glaucus pronunciar o nome de Henriette
Marie?
O nome despertou em Teofrastus sentimentos contraditórios.
Furioso e envolvido por grande ódio, avançou sobre Glaucus, como se fosse
aniquilá-lo. O Benfeitor permaneceu sereno e confiante, apesar da rispidez com
que Teofrastus o tratava. Disse-lhe então que Henriette necessitava de seu
socorro e que ele e seus amigos ali estavam em nome de Jesus. O Chefe do
Anfiteatro ficou possesso e respondeu dizendo que, ali, o nome de Jesus é
maldito e detestado; mas não conseguiu, embora desejasse, amedrontar ou ferir
quaisquer dos visitantes. Glaucus explicou-lhe, serenados os ânimos, que
Henriette se encontrava em doloroso processo de vampirização, vitimada por
elementos da própria Organização dirigida por Teofrastus. (Obra citada, cap. 9,
pp. 161 a 166.)
Observação:
Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/10/nos-bastidoresda-obsessao-manoel_19.html
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