segunda-feira, 19 de outubro de 2020

 



Nos Bastidores da Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 3

 

Continuamos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB. Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro "Nos Bastidores da Obsessão”, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL e, em seguida, no verbete "Nos Bastidores da Obsessão”.

Eis as questões de hoje:


17. Por que Guilherme perseguia Mariana Soares?

O motivo era vingança. Mariana, segundo ele contou, fora a razão de seus sofrimentos no passado e por causa dela suicidara-se. Devido a disso, dizia nutrir ódio invencível pela jovem. (Nos Bastidores da Obsessão, cap. 1, págs. 53 a 57.)

18. Quais as raízes do ódio que Guilherme nutria pela jovem?

Guilherme e ela foram casados, cem anos antes, no Haarlen, Holanda. Entre os anos de 1837 e 1840 ele viajou a trabalho e deixou-a sozinha em casa. Ali, inexperiente e bem mais jovem que o esposo, ela não resistiu às investidas que lhe fizera Jacob Van der Coppel, servidor do casal, um jovem como ela que fora contratado por Guilherme. Atraídos por uma paixão avassaladora, os amantes fugiram para Amsterdã. Seis meses depois, Jacob a abandonou, deixando-a em miserável condição de desprezo entre mulheres infelizes do porto. Ela, depois de vagar na mais estúpida miséria, voltou à cidade onde vivera com Guilherme, imaginando obter deste o perdão. Apenas cinco anos haviam-se passado, mas ao chegar à sua antiga propriedade soube da tragédia que causara: Guilherme se suicidara, em momento de terrível desespero e dor. A jovem enlouqueceu e, desvairada pelas ruas do Haarlen, foi lançada ao hospício, onde por longos anos sofreu, até que a morte a libertou, para dores muito maiores. (Obra citada, cap. 2, págs. 70 a 74; cap. 3, págs. 77 a 82.)

19. Quem foi na Terra o dr. Teofrastus?

O dr. Teofrastus, que então residia na França, fora um mago grego que a Inquisição levou à fogueira por volta do ano de 1470, em Ruão, após perseguição impiedosa e nefanda. Profundo conhecedor de algumas leis do mundo espiritual, Teofrastus deixou-se consumir pelo ódio aos seus algozes. Ligado a entidades que se dedicavam às práticas de necromancia e às reuniões de sabat, logo se destacou pela impiedade e sede tormentosa de vingança, passando à condição de Chefe. Ele residia agora em estranho sítio, nas regiões inferiores do planeta, onde comandava com outros sicários, havia mais de três séculos, hordas de entidades ferozes, responsáveis muitas delas por processos obsessivos e calamitosos de longo curso.  (Obra citada, cap. 3, págs. 82 a 85.)

20. A quem se deve o impulso que o Hipnotismo tomou na era moderna?

Segundo o irmão Glaucus, devemos a Mesmer o grande impulso que trouxe o Hipnotismo aos tempos modernos, merecendo ser lembrado também Paracelso, autor do conceito e da teoria do fluido, o qual anteriormente se interessara por experiências magnéticas, depois desdobradas por Mesmer. Mesmer dizia que o fluido era o "meio de uma influência mútua entre os corpos celestes, a Terra e os astros", afirmando que esse fluido se encontra em toda a parte e enche todos os espaços vazios, possuindo a propriedade de "receber, propagar e comunicar todas as impressões do movimento". E ensinava: "O corpo animal experimenta os efeitos desse agente, e é insinuando-se na substância dos nervos que ele os afeta imediatamente". (Obra citada, cap. 4, pp. 87 a 89.)

21. Quais as correntes preponderantes e o mecanismo da Hipnologia?

A partir das pesquisas realizadas pela Escola de Nancy, ficaram definitivamente estabelecidas as duas correntes preponderantes na Hipnologia: a de que o fenômeno hipnótico encontra melhor campo e é específico nos histéricos, e a que afirma o oposto, ou seja, que as pessoas portadoras de cérebro normal, capazes de melhor se concentrarem nas ideias que lhe são sugeridas, são as realmente hipnotizáveis. Quanto ao mecanismo da Hipnologia, diz Glaucus, "convém examinar a questão da sintonia e da sugestão", fundamentais para "a fixação da ideia invasora".  (Obra citada, cap. 4, pp. 90 a 98.)

22. Quais os fatores predisponentes da obsessão?

Os fatores predisponentes e preponderantes da obsessão se perdem no intrincado das reencarnações. Toda vítima de hoje é o algoz de ontem, tomando o lugar que lhe cabe no concerto cósmico. Quando se instala o processo obsessivo, o paciente possui os condicionamentos psíquicos, – lembranças inconscientes do débito que o vincula ao perseguidor, – os quais facultam a sintonia e a aceitação das ideias sugeridas e constringentes que chegam do plano espiritual. Quando o obsessor se vincula, conscientemente ou não, ao ser perseguido, obedece ao impulso automático de sintonia espiritual, por meio da qual estabelece os primeiros contactos psíquicos, no centro da ideia, na região cortical inicialmente e depois nos recônditos do polígono cerebral, donde comanda as diretrizes da vida psíquica e orgânica do obsidiado, produzindo ali lesões de natureza variada. A consciência culpada é a porta aberta à invasão da penalidade. E o remorso faculta o surgimento de ideias-fantasmas apavorantes que ensejam os processos obsessivos de resgate de dívidas. (Obra citada, cap. 4, pp. 98 a 101.)

23. Que fenômeno levou Guilherme a modificar seus propósitos?

No momento em que o corpo físico repousava, aproveitando o período reservado ao sono, o grupo reuniu-se em espírito no local da sessão. Como Guilherme insistia em recusar todo e qualquer conselho, mantendo-se numa atitude de rebeldia e revolta, ocorreu naquela noite o seguinte fenômeno: Saturnino transfigurou-se diante de todos, enquanto uma aura de safirina e profusa claridade o envolvia. Vibrações sublimes dominavam a todos. O recinto modesto transformara-se em reduto de luz. Suave música chegava de longe e, surpreendentemente, todos começaram a ver, além do que seriam as paredes materiais, diversas Entidades Espirituais que participavam das tarefas. Saturnino assumiu então veneranda figura ancestral, ligada aos primeiros séculos do Cristianismo na Terra e, transbordante de luz, falou sobre Jesus, o amor, o progresso e a felicidade que a todos nós estão reservados. Guilherme, dominado por súbita emotividade, prorrompeu em copioso pranto e encolheu-se nos braços dele. (Obra citada, cap. 5, pp. 105 a 117.)

24. Onde se localizava o Anfiteatro citado nesta obra?

O Anfiteatro localizava-se próximo à região pantanosa da cidade, em uma área deserta e não muito distante, que seria atingida em uma hora de viagem aproximadamente. (Obra citada, cap. 6, pp. 119 a 123.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 2 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/10/nos-bastidoresda-obsessao-manoel_12.html

 

 

 

 

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