Entre a Terra e
o Céu
André Luiz
Parte 7
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, damos
sequência nesta data ao estudo da sétima obra: Entre a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido
Xavier e publicada originalmente em 1954.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o
presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".
Eis as questões de hoje:
49. O ódio pode gerar a loucura?
Sim. Segundo André Luiz, o ódio gera, efetivamente, a
loucura. "Quem se debate contra o bem, cai nas garras da perturbação e da
morte", aduziu o autor espiritual, ao comentar o caso Mário Silva. (Entre a Terra e o Céu, cap. XIX, pp. 120
a 122.)
50. Por que os
casos Esteves e Júlio apresentavam situações tão díspares?
Respondendo a essa questão, a explicação de Clarêncio foi
clara: "Esteves foi envenenado, enquanto Júlio se envenenou. Há muita
diferença. O suicídio acarreta vasto complexo de culpa. A fixação mental do
remorso opera inapreciáveis desequilíbrios no corpo espiritual. O mal como que
se instala nos recessos da consciência que o arquiteta e concretiza".
(Obra citada, cap. XX, pp. 125 e 126.)
51. O pensamento
exerce influência sobre o perispírito?
Sim. Segundo Clarêncio, o perispírito é regido intimamente
por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que,
vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder da mente, estabelecem
um veículo de células elétricas, que pode ser definido como um campo eletromagnético.
"Nossa posição mental – elucidou Clarêncio – determina o peso específico
do nosso envoltório espiritual e, consequentemente, o habitat que lhe compete.
Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado
tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é
o influxo vibratório do pensamento, induzindo a compulsória aglutinação do ser
às regiões da consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas
inferiores que lhe são afins." (Obra citada, cap. XX, pp. 125 e 126.)
52. Quantos
centros de força regem a fisiologia do perispírito?
São sete os centros de força, em cujo comando está o
"centro coronário", em que assenta a ligação com a mente, visto que é
ele que recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito. Logo após, vem o
"centro cerebral", contíguo ao primeiro, que ordena as percepções de
variada espécie, percepções essas que, na carne, constituem a visão, a audição,
o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à
palavra, à cultura, à arte, ao saber. Em seguida, temos o "centro
laríngeo", que preside aos fenômenos vocais. Logo após, o "centro
cardíaco", que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral; o
"centro esplênico", correspondendo no corpo denso ao baço, regulando
a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais; o "centro
gástrico", que se responsabiliza pela penetração dos alimentos e fluidos
em nossa organização e, por fim, o "centro genésico", em que se
localiza o santuário do sexo, como templo modelador de formas e estímulos. (Obra
citada, cap. XX, pp. 126 a 128.)
53. A mente pode
afetar a harmonia dos centros de força?
Sim. Apontando a garganta doente de Júlio, Clarêncio
explicou: "Quando a nossa mente, por atos contrários à Lei Divina,
prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de nossa alma,
naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao
trabalho de reajuste. No caso de Júlio, observamo-lo como autor da perturbação
do centro laríngeo, alteração que se expressa por enfermidade ou desequilíbrio
a acompanhá-lo fatalmente à reencarnação". (Obra citada, cap. XX e XXI,
pp. 128 a 130.)
54. O
perispírito do selvagem apresenta diferença em comparação com as almas mais
evoluídas?
Sim. O veículo perispirítico do selvagem deve ser
classificado como protoforma humana, extremamente condensado pela sua
integração com a matéria mais densa. Está para o organismo aprimorado dos
Espíritos enobrecidos, como um macaco antropomorfo está para o homem bem-posto
das cidades modernas. Em criaturas dessa espécie, a vida moral está começando a
aparecer e o perispírito nelas ainda se encontra enormemente pastoso.
Despenderão séculos e séculos para se rarefazerem, usando múltiplas formas, de
modo a conquistarem as qualidades superiores que, em lhes sutilizando a organização,
lhes conferirão novas possibilidades de crescimento consciencial. (Obra citada,
cap. XXI, pp. 131 e 132.)
55. Onde se
radicam as causas das enfermidades humanas?
Segundo o Ministro Clarêncio, a percentagem quase total das
enfermidades humanas guarda origem no psiquismo. Orgulho, vaidade, tirania,
egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da mente, gerando perturbações e
doenças em seus instrumentos de expressão. Quando ofendemos essa ou aquela
criatura, lesamos primeiramente a nossa própria alma, uma vez que rebaixamos a
nossa dignidade de Espíritos eternos, retardando em nós sagradas oportunidades
de crescimento. É por isso que a dor comparece em nossa vida como fator
essencial no reajuste. "A dor é o grande e abençoado remédio – diz
Clarêncio –, porque nos reeduca a atividade mental, reestruturando as peças de
nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que a inteligência se
vale para desenvolver-se. É ela, depois de Deus, a única força capaz de alterar
o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com
vistas ao Plano Divino, de que não podemos fugir sem graves prejuízos para nós
mesmos.” (Obra citada, cap. XXI, pp. 132 a 134.)
56. Por que
Clarêncio recorreu à Irmã Clara para a doutrinação de Odila?
O Ministro explicou que ele detinha, sim, alguma força
magnética suficientemente desenvolvida, capaz de operar sobre a mente de nossos
companheiros em recuperação; mas ainda não dispunha de sentimento sublimado,
suscetível de garantir a renovação da alma. E, humildemente, aditou: "Sem
dúvida, dentro de minhas limitações, estou habilitado a falar à inteligência,
mas não me sinto à altura de redimir corações. Para esse fim, para decifrar os
complicados labirintos do sofrimento moral, é imprescindível haver atingido
mais elevados degraus na humana compreensão". (Obra citada, cap. XXII, pp.
135 e 136.)
Observação: Para
acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/11/entre-terra-eo-ceu-andre-luiz-parte-6.html
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