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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

 


Entre a Terra e o Céu

 

André Luiz

 

Parte 9

 

Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, damos sequência nesta data ao estudo da sétima obra: Entre a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1954.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".

Eis as questões de hoje:


65. Que efeito produz a energia irradiada pelo sentimento sincero de carinho?

Ela produz grande bem-estar. O sentimento sincero dispõe de recursos característicos e emite forças que não deixam margem a enganos. “O sentimento puro com que Amaro se dirige agora à esposa é fator decisivo para que ela se reerga e se cure", esclareceu Clarêncio. (Entre a Terra e o Céu, cap. XXV, págs. 154 e 155.)

66. A oração é reforçada por nossas atitudes no bem?

Sim. Foi o que Odila disse à Evelina: "Não olvides a prece, querida, mas a súplica que não age pode ser uma flor sem perfume. Peçamos o socorro do Senhor, algo realizando para contribuir em seu apostolado divino”. E ajuntou: "Uma rosa sobre a mesa, uma vassoura diligente, uma peça de roupa cuidadosamente guardada, uma escova no lugar que lhe compete, são serviços de Jesus, no santuário da família, com os quais devemos valorizar o pensamento religioso... Não te detenhas tão somente nas boas intenções. Movimenta-te no trabalho encorajador da harmonia. Sê o anjo do serviço em nossa casinha singela! Zulmira necessita de uma irmã, de uma filha!... Aproveita a oportunidade e faze o melhor!..." (Obra citada, cap. XXV, págs. 156 e 157.)

67. O encontro com a mãe desencarnada produziu algum efeito em Evelina?

Sim. Evelina despertou muito feliz, pois guardava lembrança nítida do encontro. "Sonhei com Mãezinha!”, disse ela. “Via-a tão nítida, como se ainda estivesse conosco. Afirmou que necessitamos de amor e recomendou seja eu para Zulmira a filha que ela não tem!... Ah! que felicidade!... Mamãe ouviu minhas preces!" Ao ouvir tais palavras, a mãe (Odila) começou a chorar entre o reconhecimento e o regozijo. Clara abraçou-a e disse-lhe: "Chora, minha filha! Chora de júbilo! Em verdade, quando o amor sublime penetra em nosso coração, a luz do Senhor passa a reger os passos de nossa vida". (Obra citada, pp. 158 e 159.)

68. Odila conseguiu reencontrar seu filho Júlio?

Sim. Com a mudança de pensamento e atitude, ela adquiriu o merecimento indispensável para recuperar o filhinho, cujo futuro poderia, a partir de então, orientar. Seria a primeira vez, depois da morte física, que ela iria ao Lar da Bênção, onde o filho se encontrava. (Obra citada, cap. XXVI, pp. 160 e 161.)

69. Por que doía ainda a garganta de Júlio?

Doía porque ele tinha a glote extensamente ferida. Como Odila disse não compreender aquela úlcera tão grande no filho, Clara pediu a Clarêncio que elucidasse o caso, e o Ministro ponderou, cauteloso: "Sim, nossa irmã, como é natural, encontrará pela frente variados problemas ligados ao caminho de elevação que lhe é próprio. Achamo-nos todos infinitamente longe do Céu que fantasiávamos na Terra e cada qual de nós detém consigo deficiências que será preciso superar. O passado reflete-se no presente". E, sorrindo, acrescentou: "Nosso destino é assim como o rio. Por mais diferenciado se encontre, à distância da nascente que lhe dá origem, está sempre ligado a ela pela corrente em ação contínua..." (Obra citada, cap. XXVI, pp. 162 a 164.)

70. Por que Odila não foi informada acerca do passado de Júlio?

Esta mesma dúvida intrigava André. Por que o Ministro não esclareceu Odila acerca do assunto? Clarêncio explicou: "À primeira vista, seria efetivamente esse o caminho a seguir, entretanto as recordações do pretérito não devem ser totalmente despertadas, para que ansiedades inúteis não nos dilacerem o presente. A verdade para a alma é como o pão para o corpo que não pode exorbitar da quota necessária a cada dia. Toda precipitação gera desastres". (Obra citada, cap. XXVI, pp. 164 e 165.)

71. A reencarnação seria necessária para a cura de Júlio?

Sim. O menino, embora desencarnado, prosseguia apresentando na fenda glótica a mesma ferida. Os cuidados, os recursos medicamentosos e os passes magnéticos não surtiam qualquer efeito. Visitando com Blandina inúmeras crianças infelizes, portadoras de problemas talvez mais dolorosos, Odila não supunha a existência de tantas enfermidades depois da morte. Tentando obter a ajuda de amigos, para esclarecer-se convenientemente, todos lhe repetiam que os compromissos morais adquiridos conscientemente na carne somente na carne deveriam ser resolvidos, e que, por isso mesmo, a reencarnação para Júlio era o único caminho. O corpo físico funcionaria como abafador da moléstia da alma, sanando-a, pouco a pouco. (Obra citada, cap. XXVII, pp. 166 a 168.)

72. É importante estender além da família o nosso raio de trabalho e de amor?

Evidentemente. O renascimento de Júlio serve de exemplo quanto a isso. Era preciso, no caso dele, ajustar providências para a boa execução da tarefa reencarnatória. De quem, todavia, seria possível obter ajuda? Clarêncio explicou: "Nesses casos, a plantação de simpatia é fator decisivo na obtenção dos recursos de que necessitamos... Quem cultiva a amizade somente na família consanguínea, dificilmente encontra meios para desempenhar certas missões fora dela. Quanto mais extenso o nosso raio de trabalho e de amor, mais ampla se faz a colaboração alheia em nosso benefício". (Obra citada, cap. XXVII, pp. 168 e 169.)

 

 

Observação: Para acessar a Parte 8 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/12/entre-terra-eo-ceu-andre-luiz-parte-8.html

 

 

 

 

 

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