Entre a Terra e
o Céu
André Luiz
Parte 8
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o
estudo de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série
Nosso Lar.
Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, damos
sequência nesta data ao estudo da sétima obra: Entre a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido
Xavier e publicada originalmente em 1954.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o
presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".
Eis as questões de hoje:
57. Como conceituar a cólera e quais os seus efeitos?
O ensinamento veio da Irmã Clara, que foi incisiva ao dizer
que a cólera não aproveita a ninguém, não passa de perigoso curto-circuito de
nossas forças mentais, por defeito na instalação de nosso mundo emotivo,
arremessando raios destruidores ao redor de nossos passos. Em tais ocasiões, se
não encontramos, junto de nós, alguém com o material isolante da oração ou da
paciência, o súbito desequilíbrio de nossas energias estabelece os mais altos
prejuízos à nossa vida, porque os pensamentos desvairados, em se
interiorizando, provocam a temporária cegueira de nossa mente, arrojando-a em
sensações de remoto pretérito, nas quais como que descemos, quase sem perceber,
a infelizes experiências da animalidade inferior. E Clara aduziu: "A
cólera, segundo reconhecemos, não pode e nem deve comparecer em nossas
observações, relativas à voz. A criatura enfurecida é um dínamo em descontrole,
cujo contacto pode gerar as mais estranhas perturbações". (Entre a Terra e o Céu, cap. XXII, pp.
137 e 138.)
58. Segundo Irmã
Clara, a cólera deve ser sempre evitada. E a indignação?
Após dizer que a cólera, pelas perturbações que gera, nem
deve ser cogitada por aquele que fala às pessoas, Clara foi interpelada por um
de seus alunos: "E se substituíssemos o termo cólera pelo termo
indignação?" Ela pensou alguns instantes e respondeu: "Efetivamente,
não poderíamos completar os nossos apontamentos, sem analisar a indignação como
estado d’alma, por vezes necessário. Naturalmente é imprescindível fugir aos
excessos. Contrariar-se alguém a propósito de bagatelas e a todos os instantes
do dia será baratear os dons da vida, desperdiçando-os, de modo inconsequente,
sem o mínimo proveito para si mesmo ou para os outros”. (Obra citada, cap.
XXII, págs. 138 e 139.)
59. Em que
situação a indignação é aceitável?
Aludindo ao tema, Clara disse que a serenidade, em qualquer
situação, será sempre a melhor conselheira, mas, às vezes, a indignação é
necessária para marcar nossa repulsa contra os atos deliberados de rebelião
ante as Leis do Senhor, sem que essa elevada tensão de espírito se arroje à
violência ou perca a dignidade de que fomos investidos. Nosso exemplo é um
fulcro de atração, motivo por que precisamos muita cautela com a palavra, nos
momentos de tensão alta de nosso mundo emotivo, para que nossa voz não se
desmande em gritos selvagens ou em considerações cruéis que não passam de
choques mortíferos que infligimos aos outros. (Obra citada, cap. XXII, págs.
139 e 140.)
60. Que efeitos
pode gerar o ciúme que não conseguimos erradicar de nossa vida?
O ensinamento também neste caso veio de Irmã Clara, que
assim se dirigiu a Odila, a falecida esposa de Amaro: "Odila, o ciúme que
não destruímos, enquanto dispomos da oportunidade de trabalhar no corpo denso,
transforma-se em aflitiva fogueira a calcinar-nos o coração, depois da morte”.
(Obra citada, cap. XXIII, pp. 143 e 144.)
61. Que
argumentos Clara utilizou para despertar Odila e mudar o rumo de suas ideias?
Os argumentos foram vários, mas dois se revelaram decisivos.
O primeiro: Clara lembrou-lhe que nossos filhos pertencem a Deus; assim, se a
morte colheu a criança que ela tanto amava, separando-a dos braços paternais, é
que a Vontade Divina determinou o afastamento. O segundo: Por que não clarear o
próprio caminho, a fim de reencontrar o filho e embalá-lo, de novo, em seus
braços, em vez de se consagrar inutilmente à vingança que a cegava? (Obra
citada, cap. XXIII, págs. 144 a 146.)
62. Odila
transformou-se realmente?
Sim. Transcorrida uma semana, Clara informou ao grupo que
Odila havia sofrido enorme transformação. Submetida à assistência magnética, a
fim de sondar o passado, ela reconhecera a necessidade de cooperar com o marido
para alcançarem ambos a vitória real nos planos do espírito. Suspirava, assim,
por reencontrar o filhinho, dispondo-se a tudo fazer para ser útil ao esposo e
à Evelina. Quanto à Zulmira, combateria a repulsa espontânea que nutria por
ela, prometendo auxiliá-la como irmã, reajustando-se devidamente para
fortalecê-la e ampará-la. (Obra citada, cap. XXIV, págs. 147 e 148.)
63. Inspirada
por Clara, como Odila definiu o lar?
Ela disse que o lar não é apenas o domicílio dos corpos. “É
o ninho das almas, em cujo doce aconchego desenvolvemos as asas que nos
transportarão aos cumes da glória eterna." (Obra citada, cap. XXIV, págs.
149 a 151.)
64. Em que
condições Amaro acordou no dia seguinte ao seu encontro com Odila?
Ele acordou em excelentes disposições. Sem recordar as
particularidades da excursão, conservava no cérebro a certeza de que estivera
com Odila em algum lugar e a vira reanimada e feliz. Estava tão feliz que
sentiu até vontade de rir e cantar... No banheiro, cantarolou baixinho uma
canção que lhe recordava o primeiro casamento, e tornou sorridente ao quarto de
dormir. (Obra citada, cap. XXIV, pp. 151 a 153.)
Observação: Para
acessar a Parte 7 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/11/entre-terra-eo-ceu-andre-luiz-parte-7.html
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