Ação e Reação
André Luiz
Parte 9
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos oito primeiros livros da Série, damos
prosseguimento ao estudo da nona obra: Ação
e Reação, publicada em 1957 pela
Federação Espírita Brasileira.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete “Ação e Reação".
Eis as questões de hoje:
65. Entrar no
Templo da Mansão nem todos podiam. Por quê?
Segundo o Assistente Silas, apenas ingressam no recinto
mencionado quantos lhe podem suportar a claridade com o respeito devido. Quase
todos os irmãos que se congregavam na praça ao lado traziam mutilações que a
perversidade lhes impôs ou eram portadores de sentimentos tigrinos que petições
comoventes mal encobrem. Com semelhantes disposições, não resistiam ao impacto
da claridade dominante no Templo, dosada em fotônios específicos a se
caracterizarem por determinado teor eletromagnético. Eis aí o motivo por que
nem todos podiam nele ingressar. (Ação e
Reação, cap. 12, pp. 164 e 165.)
66. Era bem
grande o número de mulheres em trabalho de oração e assistência naquele
recinto. Qual a explicação desse fato?
O fato, que impressionara Hilário, mereceu de Silas o
seguinte comentário: "Raras esposas e raras mães demandam as regiões
felizes sem os doces afetos que acalentam no seio... O imenso amor feminino é
uma das forças mais respeitáveis na Criação divina". É por isso que grande
número delas ali se encontrava. (Obra citada, cap. 12, pp. 166 e 167.)
67. De que
maneira Silas evitou que Marina se suicidasse?
Não podendo tomar-lhe o copo da mão, Silas disse-lhe, em voz
segura: "Como podes pensar na sombra da morte, sem a luz da oração?"
A infeliz não lhe ouviu a pergunta, mas a frase invadiu-lhe a cabeça qual
rajada violenta; seus olhos ganharam novo brilho e o copo tremeu-lhe nas mãos,
então indecisas. Silas estendeu-lhe os braços, envolvendo-a em fluidos
anestesiantes de carinho e bondade. Dominada de novos pensamentos, Marina
recolocou o recipiente no lugar de antes e, sob a vigorosa influência do
Assistente, levantou-se automaticamente, estirando-se no leito, em prece:
"Deus meu, Pai de Infinita Bondade, compadece-te de mim e perdoa-me o
fracasso! Não suporto mais... Sem minha presença, meu marido viverá mais
tranquilo no leprosário e minha desventurada filhinha encontrará corações
caridosos que lhe dispensem amor... Não tenho mais recursos... Estou
doente..." Silas administrou-lhe passes magnéticos de prostração e,
induzindo-a a ligeiro movimento do braço, fez que ela mesma, num impulso
irrefletido, batesse com força no copo, derramando o líquido letal.
Reconhecendo no próprio gesto impensado a manifestação de uma força estranha a
entravar-lhe a possibilidade da morte deliberada, ela passou a orar em
silêncio, com evidentes sinais de temor e remorso, atitude mental essa que lhe
acentuou a passividade e da qual se valeu Silas para conduzi-la ao sono provocado.
(Obra citada, cap. 12, pp. 168 e 169.)
68. Que
provações se abateram sobre Marina?
Por haver contribuído diretamente para o suicídio da irmã,
Marina recebeu-a como filha, mas esta, em face do trauma perispirítico por ela
mesma causado, nasceu surda-muda e mentalmente retardada. Alguns anos mais
tarde, Jorge (marido de Marina) foi internado em um leprosário, onde estava em
tratamento, e desde então, com o marido doente e a filhinha infeliz, Marina
vinha padecendo o abatimento em que o grupo de socorristas a encontrou,
martelada pela tentação do suicídio. (Obra citada, cap. 12, pp. 170 e 171.)
69. Como a mãe
de Marina, já desencarnada, definiu a dor?
A dor, disse ela à filha, é a nossa “custódia celestial”.
Que seria de nós, se o sofrimento não nos ajudasse a sentir e raciocinar para o
bem? Após dizer essas palavras, a mãe pediu-lhe: “Regozija-te no combate que
nos acrisola e salva para a obra de Deus... Não convertas o amor em inferno
para ti mesma e nem creias consigas aliviar o esposo e a filhinha com a ilusão
da fuga impensada. Lembra-te de que o Senhor transforma o veneno de nossos
erros em remédio salutar, para o resgate de nossas culpas... A enfermidade de
Jorge e a provação de nossa Nilda constituem não somente o caminho abençoado de
elevação para eles mesmos, mas igualmente para teu espírito que se lhes associa
à experiência na trama da redenção!... Aprende a sofrer com humildade para que a
tua dor não seja simplesmente orgulho ferido..." (Obra citada, cap. 12, pp. 172 e 173.)
70. O encontro
com sua mãe produziu algum efeito em Marina?
Sim. Quando Luísa, sua mãe, se calou, Marina, então,
ajoelhada e lacrimosa, beijou-lhe as mãos, clamando: "Mãe querida,
perdoa-me! perdoa-me!..." A mãe ergueu-a e, conduzindo-a até à criança
enferma, implorou-lhe, humilde: "Filha querida, não procures a porta falsa
da deserção... Vive para tua filhinha, como permite o Senhor possa eu continuar
vivendo por ti!..." Marina rojou-se sobre a menina triste, mas, atraída
pelo próprio corpo, acordou em pranto copioso, bradando, inconsciente:
"Minha filha!... minha filha!..." A jovem ressurgia do episódio
transformada. Estava afastado o perigo do suicídio. (Obra citada, cap. 12, pp.
173 e 174.)
71. Quais foram
os primeiros cuidados que Silas tomou no atendimento a Poliana?
Como era noite e, por isso, não seria fácil trazer ali algum
companheiro encarnado, Silas aplicou passes à glote de Poliana e, logo após,
administrou recursos fluídicos à água contida em um pote acessível à sofrida
mulher. Com os passes o Assistente ativara a sede da doente, impelindo-a a
servir-se da água, convertida então em líquido medicamentoso. Logo depois,
Poliana abandonou o leito e buscou o pote humilde. Após beber ligeiros goles,
asserenou as próprias ânsias, qual se houvera sorvido valiosa poção calmante.
Suas preocupações obcecantes cederam lugar à bonança de espírito. Silas acariciou-lhe
então a fronte, transmitindo-lhe forças revigorantes. (Obra citada, cap. 13,
pp. 177 e 178.)
72. Alguém
atendeu ao pedido de ajuda feito mentalmente por Silas?
Sim. Ele rogou a ajuda dos Benfeitores espirituais e a ajuda
veio, quase em seguida ao término da oração. Os Benfeitores desencarnados
chegaram e o saudaram regozijantes. Em minutos, energias imponderáveis da
Natureza, associadas aos fluidos de plantas medicinais, foram trazidas à
enferma, que as inalou a longos sorvos. Em breve tempo, Poliana,
surpreendentemente refeita, estava pronta a retomar o envoltório carnal para a
necessária restauração. (Obra citada, cap. 13, pp. 179 e 180.)
Observação:
Para acessar a Parte 8 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/06/blog-post_30.html
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