quarta-feira, 30 de junho de 2021

 


Ação e Reação

 

André Luiz

 

Parte 8

 

Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos oito primeiros livros da Série, damos prosseguimento ao estudo da nona obra: Ação e Reação, publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete “Ação e Reação".

Eis as questões de hoje:

 

57. Como, nesse retorno à vida corpórea, seria a situação de Antônio Olímpio?

Sendo ele o autor da criminosa trama que vitimou os dois irmãos, do grupo de reencarnantes seria o companheiro menos favorecido na Lei, pelas agravantes que lhe marcavam o problema individual. Com o Espírito ainda sombreado de angústia e arrependimento, ressurgirá no berço da família que ele prejudicou, movimentando-se num horizonte mental muito restrito, uma vez que, instintivamente, a sua maior preocupação será devolver aos irmãos espoliados a existência física, o dinheiro e as terras que deles furtou. (Ação e Reação, cap. 10, pp. 142 e 143.)

58. A música erudita faz bem aos desencarnados?

Sim. A Pastoral de Beethoven, que Silas e seus amigos ouviram na casa do filho do irmão Paulino, valeu para eles como abençoada oração, visto que os lances da magnífica sinfonia como que os elevaram a círculos harmoniosos de ignota beleza e possuíam a faculdade de lavar-lhes, miraculosamente, os refolhos do ser. Seus pensamentos vibravam em sintonia mais pura e seus corações pareciam mais fraternos. Dirigiram-se então, a pedido de Leonel, até o lago. A noite ia alta e o luar coroava o campo de prateadas fulgurações. Leonel passou, então, a relatar o que André e seus amigos já sabiam, detendo-se em copioso pranto, ao referir-se à morte da cunhada, sobre quem atirara as farpas da sua ira. (Obra citada, cap. 10, pp. 144 a 147.)

59. Como foi o encontro de Alzira com seus algozes Clarindo e Leonel?

O encontro foi comovente e levou os três às lágrimas. A nobre mulher disse-lhes que, para o êxito de todos, seria necessário que o esquecimento de seus pesares nascesse, puro, do amor que deviam uns aos outros... "Esqueçamos ressentimentos – propôs Alzira – e Deus nos suprirá de recursos para que venhamos a solver nossos débitos... Ergam-se, filhos queridos...” Dito isso, Alzira não pôde continuar, pois copioso pranto orvalhava-lhe a face, ao tempo em que emergiam de seu tórax chispas flamejantes em sucessivas ondas de safirino esplendor. Quanto a Clarindo e Leonel, eles levantaram-se e, à maneira de duas crianças atraídas pela ternura materna, a enlaçaram em comovedores soluços. (Obra citada, cap. 10, pp. 148 e 149.)

60. Que destino aguarda os que retornam ao mundo espiritual?

Segundo os ensinamentos espíritas, nós criamos o destino ou renovamo-lo, todos os dias, com nossos atos e os nossos pensamentos. "No vaso da carne – disse Druso – a planta da existência se desenvolve, floresce e frutifica. A morte fisiológica realiza a grande ceifa. Em nosso mundo, temos, desse modo, a seleção natural dos frutos. Os raros que se mostram aprimorados são conduzidos à lavoura da Luz Divina, nos planos celestiais, para mais ampla ascensão ao grande futuro; todavia, a massa esmagadora dos que chegam deteriorados ou imperfeitos estaciona nos celeiros de sombra das regiões inferiores em que nos achamos, à espera de novo plantio nas leiras do mundo.” E o instrutor completou: “É que cada criatura transpõe os umbrais do túmulo com as imagens que em si mesma plasmou, utilizando os recursos do sentimento, da ideia e da ação que a vida lhe empresta, irradiando as forças que acumulou no espaço e no tempo terrestres".  (Obra citada, cap. 11, pp. 151 a 153.)

61. Havia no Templo da Mansão algum símbolo religioso da Terra?

Sim. O Templo assemelhava-se a uma grande capela. De face voltada para o exterior, via-se ali uma cruz de radiante material argênteo sobre alva e simples mesa, encostada ao centro do fundo. Mas essa cruz era o único símbolo religioso existente no recinto. (Obra citada, cap. 11, pp. 153 a 155.)

62. No Templo da Mansão uma mulher orava a Maria de Nazaré. Tais rogativas chegam realmente ao seu destino?

Sim. Segundo Silas, petições semelhantes a essa elevam-se a planos superiores e aí são acolhidas pelos emissários de Maria de Nazaré, a fim de serem examinadas e atendidas, conforme o critério da verdadeira sabedoria.  (Obra citada, cap. 11, pp. 157 e 158.)

63. Noutra prece, uma mulher rogava a proteção de Santa Teresinha de Lisieux. A oração chegaria até ela?

“Como não?”, disse Silas.  "Depois da morte do corpo – acentuou o Assistente –, as criaturas efetivamente santificadas encontram as mais altas quotas de serviço, na expansão da luz ou da caridade, do conhecimento ou da virtude, de que se fizeram a fonte viva de inspiração, quando no aprendizado humano. O céu beatífico e estanque existe apenas na mente ociosa daqueles que pretendem progresso sem trabalho e paz sem esforço. Tudo é criação, beleza, aprimoramento, alegria e luz incessantes na obra de Deus, a expressar-se, divina e infinita, através daqueles que se elevam para o Infinito Amor. Assim pois, o coração que deixe na Terra uma sementeira de fé e abnegação passa a nutrir, do plano espiritual, a lavoura das ideias e dos exemplos que legou aos irmãos de luta evolutiva, lavoura essa que se expande naqueles que lhe continuam o ministério sagrado, crescendo, assim, em trabalho e influência para o bem, no setor de ação iluminativa e santificante que o Senhor lhe confia." (Obra citada, cap. 11, pp. 159 e 160.)

64. Como o Dr. Bezerra de Menezes pode atender tantas pessoas ao mesmo tempo?

O fato é assim explicado por Silas: "Com mais de cinquenta anos consecutivos de serviço à Causa Espírita, depois de desencarnado, Adolfo Bezerra de Menezes fez jus à formação de extensa equipe de colaboradores que lhe servem à bandeira de caridade. Centenas de Espíritos estudiosos e benevolentes obedecem-lhe às diretrizes na lavoura do bem, na qual opera ele em nome do Cristo". Hilário observou que, desse modo, era fácil compreendê-lo agindo em tantos lugares ao mesmo tempo. "Perfeitamente", concordou Silas. "Como acontece na radiofonia, em que uma estação emissora está para os postos de recepção, assim qual uma só cabeça pensante para milhões de braços, um grande missionário da luz, em ação no bem, pode refletir-se em dezenas ou centenas de companheiros que lhe acatam a orientação no trabalho ajustado aos desígnios do Senhor. Bezerra de Menezes, invocado carinhosamente, em tantas instituições e lares espíritas, ajuda em todos eles, pessoalmente ou por intermédio das entidades que o representam com extrema fidelidade." (Obra citada, cap. 11, pp. 160 a 163.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 7 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/06/blog-post_23.html

 

 

 

 

 

 

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