quarta-feira, 7 de julho de 2021

 


Ação e Reação

 

André Luiz

 

Parte 9

 

Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos oito primeiros livros da Série, damos prosseguimento ao estudo da nona obra: Ação e Reação, publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete “Ação e Reação".

Eis as questões de hoje:

 

65. Entrar no Templo da Mansão nem todos podiam. Por quê?

Segundo o Assistente Silas, apenas ingressam no recinto mencionado quantos lhe podem suportar a claridade com o respeito devido. Quase todos os irmãos que se congregavam na praça ao lado traziam mutilações que a perversidade lhes impôs ou eram portadores de sentimentos tigrinos que petições comoventes mal encobrem. Com semelhantes disposições, não resistiam ao impacto da claridade dominante no Templo, dosada em fotônios específicos a se caracterizarem por determinado teor eletromagnético. Eis aí o motivo por que nem todos podiam nele ingressar. (Ação e Reação, cap. 12, pp. 164 e 165.)

66. Era bem grande o número de mulheres em trabalho de oração e assistência naquele recinto. Qual a explicação desse fato?

O fato, que impressionara Hilário, mereceu de Silas o seguinte comentário: "Raras esposas e raras mães demandam as regiões felizes sem os doces afetos que acalentam no seio... O imenso amor feminino é uma das forças mais respeitáveis na Criação divina". É por isso que grande número delas ali se encontrava. (Obra citada, cap. 12, pp. 166 e 167.)

67. De que maneira Silas evitou que Marina se suicidasse?

Não podendo tomar-lhe o copo da mão, Silas disse-lhe, em voz segura: "Como podes pensar na sombra da morte, sem a luz da oração?" A infeliz não lhe ouviu a pergunta, mas a frase invadiu-lhe a cabeça qual rajada violenta; seus olhos ganharam novo brilho e o copo tremeu-lhe nas mãos, então indecisas. Silas estendeu-lhe os braços, envolvendo-a em fluidos anestesiantes de carinho e bondade. Dominada de novos pensamentos, Marina recolocou o recipiente no lugar de antes e, sob a vigorosa influência do Assistente, levantou-se automaticamente, estirando-se no leito, em prece: "Deus meu, Pai de Infinita Bondade, compadece-te de mim e perdoa-me o fracasso! Não suporto mais... Sem minha presença, meu marido viverá mais tranquilo no leprosário e minha desventurada filhinha encontrará corações caridosos que lhe dispensem amor... Não tenho mais recursos... Estou doente..." Silas administrou-lhe passes magnéticos de prostração e, induzindo-a a ligeiro movimento do braço, fez que ela mesma, num impulso irrefletido, batesse com força no copo, derramando o líquido letal. Reconhecendo no próprio gesto impensado a manifestação de uma força estranha a entravar-lhe a possibilidade da morte deliberada, ela passou a orar em silêncio, com evidentes sinais de temor e remorso, atitude mental essa que lhe acentuou a passividade e da qual se valeu Silas para conduzi-la ao sono provocado. (Obra citada, cap. 12, pp. 168 e 169.)

68. Que provações se abateram sobre Marina?

Por haver contribuído diretamente para o suicídio da irmã, Marina recebeu-a como filha, mas esta, em face do trauma perispirítico por ela mesma causado, nasceu surda-muda e mentalmente retardada. Alguns anos mais tarde, Jorge (marido de Marina) foi internado em um leprosário, onde estava em tratamento, e desde então, com o marido doente e a filhinha infeliz, Marina vinha padecendo o abatimento em que o grupo de socorristas a encontrou, martelada pela tentação do suicídio. (Obra citada, cap. 12, pp. 170 e 171.)

69. Como a mãe de Marina, já desencarnada, definiu a dor?

A dor, disse ela à filha, é a nossa “custódia celestial”. Que seria de nós, se o sofrimento não nos ajudasse a sentir e raciocinar para o bem? Após dizer essas palavras, a mãe pediu-lhe: “Regozija-te no combate que nos acrisola e salva para a obra de Deus... Não convertas o amor em inferno para ti mesma e nem creias consigas aliviar o esposo e a filhinha com a ilusão da fuga impensada. Lembra-te de que o Senhor transforma o veneno de nossos erros em remédio salutar, para o resgate de nossas culpas... A enfermidade de Jorge e a provação de nossa Nilda constituem não somente o caminho abençoado de elevação para eles mesmos, mas igualmente para teu espírito que se lhes associa à experiência na trama da redenção!... Aprende a sofrer com humildade para que a tua dor não seja simplesmente orgulho ferido..."  (Obra citada, cap. 12, pp. 172 e 173.)

70. O encontro com sua mãe produziu algum efeito em Marina?

Sim. Quando Luísa, sua mãe, se calou, Marina, então, ajoelhada e lacrimosa, beijou-lhe as mãos, clamando: "Mãe querida, perdoa-me! perdoa-me!..." A mãe ergueu-a e, conduzindo-a até à criança enferma, implorou-lhe, humilde: "Filha querida, não procures a porta falsa da deserção... Vive para tua filhinha, como permite o Senhor possa eu continuar vivendo por ti!..." Marina rojou-se sobre a menina triste, mas, atraída pelo próprio corpo, acordou em pranto copioso, bradando, inconsciente: "Minha filha!... minha filha!..." A jovem ressurgia do episódio transformada. Estava afastado o perigo do suicídio. (Obra citada, cap. 12, pp. 173 e 174.)

71. Quais foram os primeiros cuidados que Silas tomou no atendimento a Poliana?

Como era noite e, por isso, não seria fácil trazer ali algum companheiro encarnado, Silas aplicou passes à glote de Poliana e, logo após, administrou recursos fluídicos à água contida em um pote acessível à sofrida mulher. Com os passes o Assistente ativara a sede da doente, impelindo-a a servir-se da água, convertida então em líquido medicamentoso. Logo depois, Poliana abandonou o leito e buscou o pote humilde. Após beber ligeiros goles, asserenou as próprias ânsias, qual se houvera sorvido valiosa poção calmante. Suas preocupações obcecantes cederam lugar à bonança de espírito. Silas acariciou-lhe então a fronte, transmitindo-lhe forças revigorantes. (Obra citada, cap. 13, pp. 177 e 178.)

72. Alguém atendeu ao pedido de ajuda feito mentalmente por Silas?

Sim. Ele rogou a ajuda dos Benfeitores espirituais e a ajuda veio, quase em seguida ao término da oração. Os Benfeitores desencarnados chegaram e o saudaram regozijantes. Em minutos, energias imponderáveis da Natureza, associadas aos fluidos de plantas medicinais, foram trazidas à enferma, que as inalou a longos sorvos. Em breve tempo, Poliana, surpreendentemente refeita, estava pronta a retomar o envoltório carnal para a necessária restauração. (Obra citada, cap. 13, pp. 179 e 180.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 8 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/06/blog-post_30.html

 

  

 

 

 

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