Temas da Vida e da Morte
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 3
Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Temas da
Vida e da Morte”.
Eis as questões de hoje:
17. De onde procedem as aptidões que a pessoa revela no curso
da existência corpórea?
Elas procedem
geralmente das experiências passadas, em que o Espírito armazenou valores que
lhe pesam na economia evolutiva como poderosos plasmadores da personalidade e
da inclinação para uma como para outra área do conhecimento, para a vivência da
virtude ou do vício. (Temas da Vida e da Morte - Tendências, aptidões e reminiscências,
pp. 42 e 43.)
18. Como devemos proceder com relação às más tendências que
trazemos do passado?
Devemos,
evidentemente, corrigi-las, tanto quanto devemos cultivar as aptidões
superiores. As tendências devem ser disciplinadas, corrigidas a qualquer
esforço, para que sejam superadas. As tendências doentias, heranças pessoais
dos gravames anteriores, devem ser canalizadas para as realizações positivas,
como experiência inicial que se automatizará, dando margem às paixões elevadas,
aquelas que promovem o indivíduo à sua condição de conquistador da razão a
caminho da intuição, ao tempo em que se liberta do atavismo primário das
imantações do reino animal. (Obra citada - Tendências, aptidões e
reminiscências, pp. 43 e 44.)
19. Que causas influem na vida das pessoas?
São de duas classes
as causas que influem na vida das pessoas: as próximas, ligadas a esta
reencarnação, na qual nos movimentamos, e as remotas, que procedem das ações
pretéritas. Estas últimas estabeleceram já os impositivos de reparação a que o
indivíduo não pode fugir, amenizando-os ou vencendo-os através de atuais ações
do amor, que promovem quem as vitaliza e aquele a quem são dedicadas. As
primeiras, porém, as da presente existência, vão gerando novos compromissos
que, se forem negativos, podem ser atenuados de imediato por meio de atitudes
opostas, e, se positivos, ampliados na sua aplicação. O tabagismo, o
alcoolismo, a toxicomania, a sexolatria, a glutoneria, entre outros fatores
dissolventes e destrutivos, são de livre opção atual, não incursos no processo
educativo de ninguém. Aquele que se vincula a qualquer deles padecer-lhe-á,
inexoravelmente, o efeito prejudicial, não se podendo queixar ou aguardar solução
de emergência. (Obra citada - Comportamento e vida, pp. 46 e 47.)
20. Podemos afirmar que nosso comportamento é responsável
pela vida que temos ou que teremos?
De modo geral, sim.
São muitos os agentes dos infortúnios que o homem aceita no seu comportamento,
afetando-lhe a vida. Entretanto, através de outras atitudes e conduta, ele pode
preservá-la, prolongá-la, dar-lhe beleza, propiciando-lhe harmonia e
felicidade. O comportamento do Espírito, no corpo ou fora dele, é responsável
por sua vida, contribuindo de maneira eficaz na sua programática e interferindo
na conduta do grupo em que se movimenta e onde atua, bem como dos descendentes
que se lhe vinculam. As ações corretas prolongam a existência do corpo e
promovem o equilíbrio da mente, enquanto as atribuladas e agressivas produzem o
inverso. (Obra citada - Comportamento e vida, pp. 47 a 49.)
21. Pais e filhos podem ser comparsas dos mesmos
delitos?
Evidentemente. Pais
e filhos crucificados nas traves invisíveis das enfermidades físicas, psíquicas
ou morais são geralmente comparsas dos mesmos delitos, novamente reunidos para
a renovação dos propósitos, através do ressarcimento dos débitos que ficaram após
a morte anterior e que não foram saldados. As leis da vida reúnem os incursos
nos mesmos códigos da Justiça e os trazem aos sítios onde delinquiram, de modo
que, reunidos outra vez, recomponham a paisagem moral danificada, soerguendo os
que ficaram vitimados por sua tirania ou insensibilidade. Assim é que as
inteligências que se compraziam na luxúria e na tirania retornam nas patologias
da idiotia, assim como os suicidas que esfacelaram o crânio, esmigalhando o
cérebro, volvem nas expressões da excepcionalidade, do mongolismo, da
hidrocefalia, vinculados àqueles que, de alguma forma, se fizeram comparsas da
delinquência a que se entregaram. (Obra citada - Destino e responsabilidade,
pp. 52 a 54.)
22. Que causas podem dar origem ao medo?
Originário no
Espírito enfermo, o medo pode ser examinado como decorrência de três causas
fundamentais:
a) conflitos
herdados da existência passada, quando os atos reprováveis e criminosos
desencadearam sentimentos de culpa e arrependimento que não se consubstanciaram
em ações reparadoras;
b) sofrimentos
vigorosos que foram vivenciados no além-túmulo, quando as vítimas que
ressurgiram da morte açodaram as consciências culpadas, levando-as a martírios
inomináveis, ou quando se arrojaram contra quem as infelicitou, em cobranças
implacáveis;
c) desequilíbrio da
educação na infância atual, com o desrespeito dos genitores e familiares pela
personalidade em formação, criando fantasmas e fomentando o temor, em virtude
da indiferença pessoal no trato doméstico ou da agressividade adotada. (Obra
citada - Medo e responsabilidade, pp. 57 e 58.)
23. O medo pode levar uma pessoa ao suicídio?
Sim. O medo está
presente na raiz de muitos males e pode ser tão cruel que, diante de enfermidades
irreversíveis e problemas graves de alto porte, é capaz de induzir sua vítima à
morte pelo suicídio, numa forma extravagante de expressar o medo de morrer sob
sofrimento demorado, gerando desse modo mais rudes aflições a se estenderem por
tempo indeterminado. (Obra citada - Medo e responsabilidade, pp. 58 e 59.)
24. Como podemos combater o medo?
O medo se combate
orando e agindo. O hábito de desincumbir-se das tarefas nobres cria
condicionamentos positivos que se vão incorporando ao modus operandi até
fazer-se automatismo na área das realizações. O medo recua na razão direta em
que a disposição de atuar se faz mais forte, da mesma maneira que o inverso é
verdadeiro. A consciência da responsabilidade é o antídoto para o medo, do que
se deduz que o desejo de agir, para recuperar-se, comanda a vontade e
desarticula as engrenagens maléficas que o desequilíbrio fomentou. O medo deve,
pois, ser combatido com todos os valiosos recursos ao nosso alcance, desde a
oração à ação feliz. (Obra citada - Medo e responsabilidade, pp. 59 e 60.)
Observação:
Para acessar a Parte 2 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/09/temas-da-vida-e-da-morte-manoel_20.html
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