segunda-feira, 20 de setembro de 2021

 



Temas da Vida e da Morte

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 2

 

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL  e, em seguida, no verbete " Temas da Vida e da Morte”.

Eis as questões de hoje:

 

9. Preparar-se para dormir é importante?

Sim. Um programa bem organizado para antes de dormir constituirá emulação para que o Espírito, no ato do desprendimento, possa dirigir-se a regiões felizes e contactar Entidades nobres, conquistando os tesouros da paz, da aprendizagem, da ação relevante, enquanto o corpo repousa. (Temas da Vida e da Morte - Vida, Sono e Sonho, pp. 27 e 28.)

10. Podemos dizer que os sonhos são o retrato emocional de nossa vida moral e espiritual?

Sim. Se alguém diz como e o que sonha, é fácil explicar-lhe como vive nas suas horas diárias. Dorme-se, portanto, como se vive, sendo-lhe os sonhos o retrato emocional de sua vida moral e espiritual. O capítulo do sono natural na vida do homem é de muita importância e, por isso, requer mais acurado estudo e meditação, a fim de ser aproveitado integralmente em favor do êxito na vilegiatura carnal. Como um terço da vida física é dedicado ao sono, imenso patrimônio logrará quem converta esse tempo ou parte dele no investimento do progresso, em favor da libertação que lhe credenciará, para uma existência plena, um futuro ditoso.  (Obra citada - Vida, Sono e Sonho, pp. 28 e 29.)

11. Quando disciplinadas, as emoções têm uma finalidade superior no campo da vida?

Sim. Quando, porém, não se submetem à disciplina, exigem carga dupla de energia na qual se sustentam, culminando por destruir sua fonte geradora. Um exemplo disso é a busca irrefreável do prazer, que se torna dependência viciosa. Inicialmente ela fomenta gozos que depois, invariavelmente, se convertem em dores. Entre as mais desgastantes, assume preponderância a ansiedade, que parece imprescindível à vida, qual ocorre com o sal para o paladar de inúmeros alimentos. Pessoas há que não passam sem os condicionamentos das emoções, vivificando a ansiedade que as consome em flamas de angústia. Mal terminam de lograr a meta perseguida, e já se encontram, sôfregas, em batalhas por novas conquistas, transferindo-se de uma realização para novo desejo, com verdadeira volúpia incontrolada. (Obra citada – Pensamento e emoções, pp. 31 e 32.)

12. Cabe ao pensamento educar as emoções?

Sim. Ao pensamento disciplinado cabe a árdua tarefa de educar as emoções, gerando fatores de saúde, que contribuem para a harmonia interior, dando margem ao surgimento de fenômenos de paz e confiança. O pensamento é, pois, o agente que as pode conduzir com a proficiência desejada, orientando-as com equilíbrio, para que o rendimento seja positivo, capitalizando valores que merecem armazenados no processo iluminativo para a execução das tarefas nobres. Esse esforço propicia autoconfiança, harmonia íntima, gerando bem-estar pessoal, que extrapola a área da individualidade e se irradia beneficiando em derredor. Ninguém pode bloquear as emoções ou viver sem elas. Pretender ignorá-las ou esmagá-las é empreendimento inócuo, senão negativo. Toda emoção ou desejo recalcado reaparece com maior vigor, em momentos imprevistos. Substituir os interesses negativos e viciosos, por outros de caráter mais gratificante quão duradouro, é o primeiro passo, nessa luta de renovação moral e educação emocional. Tendo em vista que o pensamento atua no fluido que a tudo envolve, pelo seu teor vibratório produz natural sintonia com as diversas faixas nas quais se movimentam os Espíritos, na esfera física ou na Erraticidade, estabelecendo vínculos que se estreitam em razão da intensidade mantida. (Obra citada – Pensamento e emoções, pp. 32 e 33.)

13. O perispírito desempenha algum papel no processo da fecundação? 

Sim. Dotado de expressiva capacidade plasmadora, o perispírito registra todas as ações do Espírito através dos mecanismos sutis da mente que sobre ele age, estabelecendo os futuros parâmetros de comportamento, que serão fixados por automatismos vibratórios nas reencarnações porvindouras. Constituído por campos de força muito especiais, o perispírito irradia vibrações específicas portadoras de carga própria, que facultam a perfeita sintonia com energias semelhantes, estabelecendo áreas de afinidade e repulsão de acordo com as ondas emitidas. Desse modo, quando o Espírito é encaminhado, por ocasião da reencarnação, aos futuros genitores, no momento da fecundação o gameta masculino vitorioso esteve impulsionado pela energia do perispírito do reencarnante, que naquele espermatozoide encontrou os fatores genéticos de que necessitava para a programática a que se deve submeter. A partir desse momento, os códigos genéticos da hereditariedade, em consonância com o conteúdo vibratório dos registos perispirituais, vão organizando o corpo que o Espírito habitará. (Obra citada - Pensamento e perispírito, pp. 35 e 36.)

14. É verdade que cada Espírito é herdeiro ou legatário de si mesmo? 

Sim. Sem ignorarmos a hereditariedade nos processos da reencarnação, o seu totalitarismo, conforme entendem diversos estudiosos da Embriogenia, não tem razão de ser. Cada Espírito é legatário de si mesmo. Seus atos e sua vida anterior são os plasmadores de sua nova existência corporal, impondo os processos de reabilitação, quando em dívida, ou de felicidade, se em crédito, sob os critérios da Divina Justiça. Claro que caracteres físicos, fisionômicos e até alguns comportamentais resultam das heranças genéticas e da convivência em família, mas jamais os de natureza psicológica que afetam o destino, ou de ordem fisiológica no mapa da evolução. As alienações, os conflitos e os traumas, as doenças congênitas, as deformidades físicas e degenerativas, assim como as condições morais, sociais e econômicas, são capítulos dos mecanismos espirituais, nunca heranças familiares, qual se a vida estivesse sob injunções do absurdo e da inconsequência. (Obra citada - Pensamento e perispírito, pp. 36 e 37.)

15. É absurdo pensar que o filho tenha de pagar pelos pais? 

Claro. A aparente hereditariedade compulsória, assim como a injunção moral atuante em determinado indivíduo, fazendo recordar algum ancestral, explica-se em razão de ser aquele mesmo Espírito, ora renascido no clã, que voltou para dar prosseguimento a realizações que ficaram incompletas ou refazer as que foram perniciosas. Se o filho tivesse de pagar pelos erros dos pais ou de seus avós, isso constituiria uma terrível e arbitrária imposição da Justiça, que, mesmo na Terra, tem código penalógico mais equilibrado. (Obra citada - Pensamento e perispírito, pp. 37 a 39.)

16. Existe a hereditariedade psicológica?

Não existe. Embora seja inegável que os caracteres são transmissíveis e que os filhos e os descendentes em geral herdam de pais e ancestrais as parecenças físicas, a morfologia, as posturas e outros sinais de identificação, não se dá o mesmo nas áreas psíquica, psicológica e emocional. Pais geniais e antepassados doutos não geram, necessariamente, filhos sábios, tanto quanto artistas e guerreiros não procriam símiles. (Obra citada - Tendências, aptidões e reminiscências, pp. 41 e 42.)

 

 

Observação:

Para acessar a 1ª parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/09/temas-da-vida-e-da-morte-manoel.html

 

 

 

 

 

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