Sexo e Destino
André Luiz
Parte 12
Damos sequência ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira. Esta é a décima obra do mesmo autor, integrante da Série Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.
Eis as questões de hoje:
89. Marina e
Gilberto acabaram casando-se?
Sim. O casamento dos jovens ocorreu no último dia do ano que
se seguiu à desencarnação de Marita. A ventura do novo casal chegou até aos
companheiros do "Almas Irmãs", onde pequena equipe de amigos se
reuniu em prece pela segurança dos nubentes. Beatriz, mãe de Gilberto,
participou do encontro, mas Marita não se fez presente. Félix explicou, então,
que ela, prestes a regressar para as lides terrenas, demandava cautelas
especiais. (Sexo e Destino, 2ª parte,
capítulo XI, pp. 304 e 305.)
90. Cláudio
contou a Gilberto o encontro que teve durante o sono corpóreo com o Espírito de
Marita?
Não. Embora Cláudio, ao voltar ao estado de vigília,
guardasse na memória todos os detalhes da ocorrência, ele nada disse a
Gilberto, em atendimento a um pedido feito por André Luiz, visto que a verdade
da vida não deve brilhar para a maioria dos homens, senão por intermédio de
sonhos vagos, para não lhes confundir o raciocínio. Cláudio guardava, no
entanto, em seu íntimo a certeza de que Marita logo retornaria ao mundo,
reencarnada, e isso lhe iluminava o pensamento e aquecia-lhe o coração. (Obra
citada, 2ª parte, capítulo XI, pp. 308 e 309.)
91. Por que a
falência dos negócios de Nemésio Torres tornou-se iminente?
Dois foram os motivos principais: o afastamento de Gilberto,
expulso da empresa pelo próprio pai, e a longa viagem que Nemésio fez à Europa.
Quando voltou do exterior, o empresário vira-se defrontado por notícias
desagradáveis. Os subordinados de Nemésio não se mostraram à altura da
autoridade dele recebida e amigos da firma haviam retirado, à pressa, capitais
importantes, desistindo dos depósitos com que lhe garantiam a segurança. Em
crise, a imobiliária onerara-se com dois vultosos empréstimos, para cujo
resgate entregara Nemésio dois terços dos próprios bens. A falência, portanto,
parecia próxima, o que de fato acabou acontecendo. (Obra citada, 2ª parte,
capítulo XII, pp. 312 e 313.)
92. A situação
dos negócios abalou Nemésio?
Sim. As cartas que ele enviava regularmente fazendo ameaças
a Marina demonstraram claramente que ele se afundava cada vez num estado de
desespero e de perturbação mental que, em pouco tempo, chegaria à demência.
(Obra citada, 2ª parte, capítulo XII, pp. 316 e 317.)
93. Quem dirigia
o automóvel que atropelou Cláudio e o levou à morte?
O condutor do veículo era Nemésio. O automóvel, atravessando
o sinal, precipitou-se a toda velocidade sobre Cláudio e Marina, em tremenda
impulsão. Cláudio, rápido, dispôs simplesmente de um segundo para arredar a
filha e foi arremessado a distância, depois de sofrer o impacto da máquina à altura
do tronco. Nemésio, com a fisionomia de um louco, passara, desnorteando guardas
e populares que, debalde, se dispunham a segui-lo. (Obra citada, 2ª parte,
capítulo XII, pp. 318 e 319.)
94. Qual o nome
da entidade espiritual que nesse momento difícil, a caminho do hospital,
aconchegava Cláudio ao seu colo?
A entidade, que naqueles instantes se desfazia em pranto
copioso, chamava-se Percília. Dizendo ser mãe de Cláudio, a nobre entidade informava
não chorar de dor por ver-lhe o corpo caído, mas de alegria por abraçar-lhe o
Espírito levantado: "Choro, irmãos, ao reconhecer que eu, mulher
prostituída no mundo, hoje em serviço de minha regeneração depois de provas
árduas, posso aproximar-me do filho que Deus me confiou, a fim de pedir-lhe
perdão pelos maus exemplos que lhe dei..." (Obra citada, 2ª parte,
capítulo XII, pp. 321 a 323.)
95. Antes de
expirar, Cláudio fez um pedido a Marina. Que pedido foi esse?
Dirigindo-se a Marina e Gilberto, ele pediu que dessem o
nome de Marita à filha que estava prestes a nascer. Eis suas palavras: "Um
espírita não aposta... Mas... se eu tiver vantagem... na teima... peço uma
coisa. Peço... para que a menina... tenha o nome de Marita... prometam..."
Nesse momento, a palidez e o cansaço se agravaram. Cláudio pôde apenas
solicitar a Salomão uma prece, um passe. O amigo orou, trêmulo, e
administrou-lhe o benefício. Logo depois, Cláudio recordou o adeus de Marita e
teve a impressão de que alguém lhe tocava os dedos. Era Percília, que o acariciava.
Alongou, então, a destra na direção de Marina, fixando nela o derradeiro olhar.
Guiada por Félix, Marina estendeu-lhe a mão, que o moribundo apertou,
fortemente, entrando em coma, que perdurou ainda por quatro horas. De manhã,
assistido pelos filhos e por Salomão, Cláudio foi finalmente afastado por Félix
do corpo fatigado e envolvido pelos braços de Percília, iniciando-se a
caminhada de retorno à pátria espiritual. (Obra citada, 2ª parte, capítulo XII,
pp. 324 e 325.)
96. Que
ocorrência levou Nemésio a tornar-se hemiplégico?
Foi Amaro, o fiel amigo espiritual que velara por dona
Beatriz, quem resumiu para André, em breves palavras, a tragédia em que se
envolvera Nemésio. Cedendo à paixão que lhe empolgava os sentidos e excitado
pelos obsessores, Nemésio decidira exterminar Marina e suicidar-se em seguida.
Ao praticar o crime, verificou, porém, que atropelara Cláudio e não a filha,
entrando em desespero, e esse desespero lhe cresceu tanto no espírito que o
corpo doente não resistiu. Sobreveio o derrame. Avisado por amigos, Amaro o
encontrou, semiparalítico e sem fala, no automóvel, longe do local em que se
desenrolara o delito. Ele parecia prestes a desencarnar, mas Félix aparecera de
improviso e requisitara o apoio de todos os órgãos espirituais de assistência,
situados nas imediações, acumulando fatores de intervenção em favor dele. Félix
orou, suplicando aos Poderes Divinos não lhe permitissem a saída do plano
físico sem aproveitar o benefício da enfermidade. Félix advogara para ele as
vantagens da dor, que reputava santas, e o processo desencarnatório foi
imediatamente sustado. Desde então, o velho Torres era aquilo que André via: um
farrapo de gente, largado à cama. (Obra citada, 2ª parte, capítulo XIII, pp. 330
a 332.)
Observação:
Para acessar a Parte 11 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/11/blog-post_03.html
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