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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

 



Loucura e Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 2

 

Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988. Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

9. Que Espíritos eram utilizados pelo grupo na assistência direta aos casos de obsessão e vampirismo?

A explicação foi dada por Anita, entidade que fora mãe adotiva do médium Antenor: “Utilizamo-nos de Espíritos ainda vinculados às vibrações materiais, que, apesar de pouco conhecimento, anelam por servir e crescer na direção do bem. A sua presença ao lado dos encarnados evita ou dificulta que os comensais psíquicos habituais – exceto nos casos de obsessão – retornem à ação deletéria ou prossigam no intercurso da perturbação. Como é compreensível, diversos obsessores e Espíritos perversos respeitam algumas práticas e rituais, como consequência da ignorância das leis universais, cedendo espaço à ação renovadora das suas vítimas”. (Loucura e Obsessão, cap. 2, pp. 31 e 32; e cap. 3, pág. 33.)

10. Uma família pode tornar-se imune à ação maléfica urdida no plano espiritual?

Pode. A explicação sobre o assunto foi dada pela mentora à mulher que solicitara ajuda para afastar da esposa o homem casado a quem dizia amar. A mentora disse-lhe inicialmente que aquilo que ela denominava amor era tão somente paixão selvagem, capricho, que decorria da conquista malograda e que logo perderia o valor depois da posse breve. As ações geram reações semelhantes e sempre produzem choque de retorno. Quanto ao mal que ela pretendia contra o referido casal, ele não o atingiria, porquanto suas vítimas em potencial eram pessoas ligadas ao bem e possuíam o hábito salutar da prece, que as resguardava das perturbações nefastas. E disse mais a mentora, referindo-se às mesmas pessoas: “São cumpridoras dos deveres que abraçam, vibrando, emocionalmente, em faixa superior que as protege das agressões selvagens que você lhes desfere através dos petardos venenosos do ódio. Nenhum trabalho maléfico afetará a estrutura doméstica dessas criaturas, porque a sombra não afugenta a luz, nem o crime se apresenta com cidadania legal diante da honradez. Somente lobos caem em armadilhas para lobos, afirma o refrão popular”. (Obra citada, cap. 3, pp. 35 a 37.)

11. Que disse o Dr. Bezerra de Menezes sobre a água magnetizada, conhecida também no meio espírita como água fluidificada?

Disse ele: “A água, em face da sua constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bioenergia que lhe é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz portadora”. Segundo Bezerra de Menezes, é crença ancestral que os banhos teriam o efeito de retirar energias deletérias que os poros eliminam; assim, quando a água recebesse a infusão de ervas aromáticas e medicinais, propiciaria bem-estar, revitalizaria o campo vibratório do indivíduo. Sabe-se, no entanto, que mais importante do que quaisquer práticas e ritualismos externos, a ação interior, mental, comportamental responde pela realidade psíquica do homem e opera a sua legítima recuperação. “No que tange às beberagens, algumas destituídas dos cuidados que requer qualquer produto para ser ingerido, não podemos ignorar o valor da fitoterapia, de resultados excelentes em inúmeros problemas de saúde”, acrescentou o mentor. (Obra citada, cap. 3, pp. 40 e 41.)

12. A frigidez no campo da sexualidade pode estar ligada a algum evento ocorrido no passado?

Em medicina, frigidez significa ausência de desejo e/ou prazer sexual, que pode ter ligação, sim, com eventos ocorridos em existências anteriores. Foi o que aconteceu com uma jovem senhora que se queixou de distúrbio sexual, defluente da frigidez que a atormentava e estava a destruir-lhe o lar. Ela amava o esposo, que estava a perder, em razão do desconforto que experimentava por ocasião do conúbio sexual. Segundo a mentora espiritual, o distúrbio se originava de comportamento infeliz que mantivera em existência anterior, quando se deixara seduzir pelo noivo e fora levada a um aborto criminoso. Após outros deslizes morais, recolhera-se à vida religiosa, na qual, por mágoa do mundo, passara a ter uma conduta de castidade, detestando o sexo e submetendo-se a rudes cilícios entre pensamentos de ódio e revolta que lhe perturbaram a função genésica. Cabia-lhe, pois, reeducar a mente, receber assistência fluidoterápica, orar e renovar-se, a fim de, com o auxílio do tempo, recompor a situação. (Obra citada, cap. 3, pp. 41 a 43.)

13. Por que existem dor e sofrimento na vida de tantas pessoas?

A dor e o sofrimento resultam dos acidentes comportamentais, quando o homem exorbita do livre-arbítrio e faz-se verdugo de si mesmo, visto que, agindo erradamente, impõe-se a ele a necessidade da reparação e da reconquista do tempo malbaratado no erro. (Obra citada, cap. 4, pp. 46 a 48.)

14. Como entender a esquizofrenia? 

Segundo Dr. Bezerra de Menezes (Espírito), a esquizofrenia é enfermidade muito complexa, nos estudos da saúde mental. As pesquisas psiquiátricas, psicanalíticas e neurológicas têm projetado grande luz às terapêuticas de melhores resultados nas vítimas dessa terrível alienação. No entanto, há ainda muito campo a desbravar, em razão de suas origens profundas se encontrarem ínsitas no Espírito que delinque. A consciência individual, representando, de algum modo, a Cósmica, não se poupa, quando se descobre em delito, após a liberação da forma física, engendrando mecanismos de autorreparação ou que lhe são impostos pelos sofrimentos advindos da estância do além-túmulo. (Obra citada, cap. 4, pp. 48 e 49.)

15. É verdade que a esquizofrenia é imposta ao paciente antes da concepção fetal?

Sim. Segundo a escola bleuleriana, o esquizofrênico não tem destruída a afetividade, nem os sentimentos, conforme se pensava antes. O que acontece é que eles sofrem dificuldade para serem exteriorizados, em razão dos conflitos conscienciais profundos que são resíduos das culpas passadas. Como o Espírito se sente devedor, não se esforça pela recuperação, ou teme-a, para não enfrentar os desafetos, o que lhe parece uma maneira pior de sofrer do que aquela em que se encontra. “Nesses casos – diz Dr. Bezerra – pode-se dizer, como afirmava o ilustre mestre suíço, que a esquizofrenia se encontra no paciente, de forma latente, pois que, acentuamos, é-lhe imposta desde antes da concepção fetal.” (Obra citada, cap. 4, pp. 50 e 51.)

16. Por que não devemos esperar resultados imediatos na edificação do bem?

A razão é simples: nem sempre os resultados da ação no bem se verificam imediatamente, uma vez que dependem de diversos fatores. Segundo Dr. Bezerra de Menezes, não é importante que os resultados de qualquer cometimento espiritual sejam manifestos enquanto se está no corpo, de acordo com o desejo imediatista das criaturas humanas, cuja visão da realidade é unilateral e limitada. “Estamos construindo para a eternidade e o nosso compromisso de realização não tem limite de tempo, nem se subordina a espaços de interesses afetivos, pessoais.” De acordo com Dr. Bezerra, estamos lançando os alicerces do mundo novo de amanhã, sem pressa, mas sem receio ou negligência. “O presente é nossa oportunidade para agir, enquanto o amanhã é de Deus”, completou o amorável benfeitor. (Obra citada, cap. 4, pp. 52 a 54.)

 

 

Observação:

Para acessar a 1ª parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/11/blog-post_15.html

 

  

 

 

 

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