Loucura e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 2
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988. Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
9. Que Espíritos eram utilizados pelo grupo na assistência
direta aos casos de obsessão e vampirismo?
A explicação foi
dada por Anita, entidade que fora mãe adotiva do médium Antenor: “Utilizamo-nos
de Espíritos ainda vinculados às vibrações materiais, que, apesar de pouco
conhecimento, anelam por servir e crescer na direção do bem. A sua presença ao
lado dos encarnados evita ou dificulta que os comensais psíquicos habituais –
exceto nos casos de obsessão – retornem à ação deletéria ou prossigam no
intercurso da perturbação. Como é compreensível, diversos obsessores e
Espíritos perversos respeitam algumas práticas e rituais, como consequência da
ignorância das leis universais, cedendo espaço à ação renovadora das suas
vítimas”. (Loucura e Obsessão, cap.
2, pp. 31 e 32; e cap. 3, pág. 33.)
10. Uma família pode tornar-se imune à ação maléfica urdida
no plano espiritual?
Pode. A explicação
sobre o assunto foi dada pela mentora à mulher que solicitara ajuda para
afastar da esposa o homem casado a quem dizia amar. A mentora disse-lhe
inicialmente que aquilo que ela denominava amor era tão somente paixão
selvagem, capricho, que decorria da conquista malograda e que logo perderia o
valor depois da posse breve. As ações geram reações semelhantes e sempre
produzem choque de retorno. Quanto ao mal que ela pretendia contra o referido
casal, ele não o atingiria, porquanto suas vítimas em potencial eram pessoas
ligadas ao bem e possuíam o hábito salutar da prece, que as resguardava das
perturbações nefastas. E disse mais a mentora, referindo-se às mesmas pessoas:
“São cumpridoras dos deveres que abraçam, vibrando, emocionalmente, em faixa
superior que as protege das agressões selvagens que você lhes desfere através
dos petardos venenosos do ódio. Nenhum trabalho maléfico afetará a estrutura
doméstica dessas criaturas, porque a sombra não afugenta a luz, nem o crime se
apresenta com cidadania legal diante da honradez. Somente lobos caem em
armadilhas para lobos, afirma o refrão popular”. (Obra citada, cap. 3, pp. 35 a
37.)
11. Que disse o Dr. Bezerra de Menezes sobre a água
magnetizada, conhecida também no meio espírita como água fluidificada?
Disse ele: “A água,
em face da sua constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bioenergia
que lhe é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos
compatíveis com o fluido de que se faz portadora”. Segundo Bezerra de Menezes,
é crença ancestral que os banhos teriam o efeito de retirar energias deletérias
que os poros eliminam; assim, quando a água recebesse a infusão de ervas
aromáticas e medicinais, propiciaria bem-estar, revitalizaria o campo
vibratório do indivíduo. Sabe-se, no entanto, que mais importante do que
quaisquer práticas e ritualismos externos, a ação interior, mental,
comportamental responde pela realidade psíquica do homem e opera a sua legítima
recuperação. “No que tange às beberagens, algumas destituídas dos cuidados que
requer qualquer produto para ser ingerido, não podemos ignorar o valor da
fitoterapia, de resultados excelentes em inúmeros problemas de saúde”,
acrescentou o mentor. (Obra citada, cap. 3, pp. 40 e 41.)
12. A frigidez no campo da sexualidade pode estar ligada a
algum evento ocorrido no passado?
Em medicina,
frigidez significa ausência de desejo e/ou prazer sexual, que pode ter ligação,
sim, com eventos ocorridos em existências anteriores. Foi o que aconteceu com
uma jovem senhora que se queixou de distúrbio sexual, defluente da frigidez que
a atormentava e estava a destruir-lhe o lar. Ela amava o esposo, que estava a
perder, em razão do desconforto que experimentava por ocasião do conúbio
sexual. Segundo a mentora espiritual, o distúrbio se originava de comportamento
infeliz que mantivera em existência anterior, quando se deixara seduzir pelo
noivo e fora levada a um aborto criminoso. Após outros deslizes morais,
recolhera-se à vida religiosa, na qual, por mágoa do mundo, passara a ter uma
conduta de castidade, detestando o sexo e submetendo-se a rudes cilícios entre
pensamentos de ódio e revolta que lhe perturbaram a função genésica. Cabia-lhe,
pois, reeducar a mente, receber assistência fluidoterápica, orar e renovar-se,
a fim de, com o auxílio do tempo, recompor a situação. (Obra citada, cap. 3,
pp. 41 a 43.)
13. Por que existem dor e sofrimento na vida de tantas
pessoas?
A dor e o sofrimento
resultam dos acidentes comportamentais, quando o homem exorbita do
livre-arbítrio e faz-se verdugo de si mesmo, visto que, agindo erradamente,
impõe-se a ele a necessidade da reparação e da reconquista do tempo malbaratado
no erro. (Obra citada, cap. 4, pp. 46 a 48.)
14. Como entender a esquizofrenia?
Segundo Dr. Bezerra
de Menezes (Espírito), a esquizofrenia é enfermidade muito complexa, nos
estudos da saúde mental. As pesquisas psiquiátricas, psicanalíticas e
neurológicas têm projetado grande luz às terapêuticas de melhores resultados
nas vítimas dessa terrível alienação. No entanto, há ainda muito campo a
desbravar, em razão de suas origens profundas se encontrarem ínsitas no
Espírito que delinque. A consciência individual, representando, de algum modo,
a Cósmica, não se poupa, quando se descobre em delito, após a liberação da
forma física, engendrando mecanismos de autorreparação ou que lhe são impostos
pelos sofrimentos advindos da estância do além-túmulo. (Obra citada, cap. 4,
pp. 48 e 49.)
15. É verdade que a esquizofrenia é imposta ao paciente antes
da concepção fetal?
Sim. Segundo a
escola bleuleriana, o esquizofrênico não tem destruída a afetividade, nem os
sentimentos, conforme se pensava antes. O que acontece é que eles sofrem
dificuldade para serem exteriorizados, em razão dos conflitos conscienciais
profundos que são resíduos das culpas passadas. Como o Espírito se sente
devedor, não se esforça pela recuperação, ou teme-a, para não enfrentar os
desafetos, o que lhe parece uma maneira pior de sofrer do que aquela em que se
encontra. “Nesses casos – diz Dr. Bezerra – pode-se dizer, como afirmava o
ilustre mestre suíço, que a esquizofrenia se encontra no paciente, de forma
latente, pois que, acentuamos, é-lhe imposta desde antes da concepção fetal.” (Obra
citada, cap. 4, pp. 50 e 51.)
16. Por que não devemos esperar resultados imediatos na
edificação do bem?
A razão é simples:
nem sempre os resultados da ação no bem se verificam imediatamente, uma vez que
dependem de diversos fatores. Segundo Dr. Bezerra de Menezes, não é importante
que os resultados de qualquer cometimento espiritual sejam manifestos enquanto
se está no corpo, de acordo com o desejo imediatista das criaturas humanas,
cuja visão da realidade é unilateral e limitada. “Estamos construindo para a
eternidade e o nosso compromisso de realização não tem limite de tempo, nem se
subordina a espaços de interesses afetivos, pessoais.” De acordo com Dr.
Bezerra, estamos lançando os alicerces do mundo novo de amanhã, sem pressa, mas
sem receio ou negligência. “O presente é nossa oportunidade para agir, enquanto
o amanhã é de Deus”, completou o amorável benfeitor. (Obra citada, cap. 4, pp.
52 a 54.)
Observação:
Para acessar a 1ª parte deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/11/blog-post_15.html
Como
consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog,
clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo. |
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