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segunda-feira, 2 de maio de 2022

 



Trilhas da Libertação

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 10

 

Prosseguimos neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995. 

Este estudo é publicado neste blog às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

73. A mediunidade responsável jamais subirá aos palcos sem consequências funestas? 

Sim. Foi Allan Kardec quem o disse. A mediunidade responsável jamais subirá aos palcos sem consequências funestas para aquele que se deixa arrastar pelo sensacionalismo e pela audácia. Sem a presença dos Espíritos não ocorre o fenômeno mediúnico e, como os nobres não se submetem a tal ridículo, não faltam os levianos e maus que se comprazem com essas excêntricas demonstrações espetaculosas, normalmente resultando, em face do mau uso, em suspensão ou perda da faculdade. (Trilhas da Libertação. Socorros de Emergência, pp. 204 e 205.)

74. É verdade que o dr. Grass, o médico espiritual que trabalhava com o médium Davi, foi diversas vezes substituído por um mistificador desencarnado?

Sim. O padrão vibratório do psiquismo de Davi se tornara tão instável e inferior, que ele por diversas vezes deu acesso à comunicação de hábil mistificador, que se passava pelo dr. Grass, ludibriando os aficionados desatentos e fascinados que transitavam na mesma faixa moral e psíquica. É por isso que logo depois começaram os insucessos, principalmente através de aplicação de antibióticos, quando terminadas as cirurgias, que passaram a provocar dores nos pacientes. É que o desgaste das energias genésicas de Davi nas noitadas de prazer, encharcando o perispírito de vibrações perniciosas, produzia a neutralização do conteúdo anestésico dos seus fluidos, diluindo igualmente, mais tarde, a ação bactericida, mesmo quando outros benfeitores espirituais tentavam intervir para manter a assepsia ou retirar a dor. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 205 a 207.)

75. Deseja conhecer alguém? Qual método, com esse objetivo, é sugerido pelo Soberano das Trevas?

O método sugerido alcançava grande êxito no tocante ao médium Davi, que, em razão da mudança de comportamento, passou a ter grande aptidão para fazer inimigos. Sempre de mau humor, exteriorizando cansaço e azedume, somente se sentia estimulado e jovial quando sua corte o cercava de bajulação e jovens mulheres, adredemente contratadas, apresentavam-se para as orgias nos hotéis e bordéis da moda. Podia-se, na decadência do médium imprevidente, encontrar algumas das regras propostas pelo Soberano das Trevas. “Deseja conhecer alguém? – dissera ele em certa ocasião – conceda-lhe liberdade, poder, fortuna! Depois retirem-lhe tudo, caso ele não tombe na primeira fase.” (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 205 a 207.)

76. Quais são as características essenciais ao bom servidor que atua no campo da mediunidade?

No exercício da mediunidade iluminada pelo Espiritismo, a renúncia aos destaques e às glórias humanas, a humildade natural, espontânea, a ação no bem, a gratuidade dos seus serviços, a honradez e seriedade moral constituem características essenciais ao bom servidor. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 208 a 210.)

77. Em que sentido é importante para o médium o exercício correto da mediunidade?

Em todos os sentidos. A vivência dinâmica dos postulados espíritas e o exercício correto da mediunidade constituem recursos preciosos para o trânsito seguro e lúcido entre as esferas física e espiritual. Disso lhe advém a necessária segurança para realização da tarefa que assumiu. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 210 a 212.)

78. Por que a situação moral do médium Davi havia chegado àquele ponto que os próprios mentores espirituais consideravam deplorável?

Por falta de vigilância e vitimado pelas imperfeições que não corrigiu, ele passou a sintonizar com entidades inferiores que tinham por objetivo levá-lo à ruína moral. Tornou-se, então, a partir desse momento, desequilibrado e incorreto, havendo derrapado nos crimes da simonia e da usurpação de valores que, legitimamente, não lhe pertenciam, mas que no final terá de deixar, qual acontece com tudo que seja material. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 214 a 216.)

79. Que objetivo com relação ao médium Davi tinha seu inimigo desencarnado?

O objetivo era levá-lo à morte, mas não a uma morte simples, uma morte qualquer. Davi seria levado a provocar, ele mesmo, a cena de sangue, a fim de que fosse culpado da própria morte. “Calar-lhe-emos a arrogância, arrojando-o ao chão e o aguardaremos...”, informou o perseguidor, sob os aplausos de alguns companheiros que haviam sido também levados à reunião na Casa Espírita. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 216 a 218.)

80. Na reunião realizada na Casa Espírita, o dr. Hermann também se manifestou com relação ao médium Davi?

Sim. Por meio do médium Leonardo, o dr. Hermann, dirigindo-se a Davi e admoestando-o com severidade, recordou-lhe os desmandos passados e o compromisso assumido para resgatá-los mediante a ação da caridade. Tão profundas foram as suas palavras e tão grave a situação, que o médico concluiu a comunicação entre lágrimas de ternura e preocupação com o destino do médium desatento, que acompanhou todas as cenas com alguma indiferença. É que o entorpecimento moral a que se entregara asfixiava-lhe o Espírito, em face da ilusão do mundo material. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 216 a 218.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 9 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui:  https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/04/blog-post_25.html

 

 

  

 

 

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